ESTUDO DE CASO DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS SANTA IFIGÊNIA
Por: LUCAS DE OLIVEIRA RIBEIRO • 15/6/2020 • Trabalho acadêmico • 660 Palavras (3 Páginas) • 930 Visualizações
ESTUDO DE CASO Distribuidora de medicamentos Santa Ifigênia
A Santa Ifigênia começou suas atividades em 1982, distribuindo medicamentos para cerca de 60 laboratórios farmacêuticos, entre médios e grandes, na região oeste do estado de Santa Catarina. Seus dois proprietários são ex-colegas de empresa; ambos trabalhavam no setor comercial de um grande laboratório multinacional com interesses importantes no Brasil. Percebendo uma oportunidade de negócio, decidiram empreender na década de 80 e começaram a distribuir medicamentos para pequenas farmácias do interior. Desde lá, o negócio não parou de crescer e hoje a empresa tem um faturamento bastante considerável, em torno de R$ 6 milhões. A empresa iniciou-se num pequeno galpão, numa próspera cidade de Santa Catarina, mas rapidamente teve de se mudar para uma maior e hoje tem dois centros de distribuição próprios com 10.000 m2. Nos últimos anos, entretanto, os proprietários notaram que a necessidade de espaço de armazenagem cresceu mais que proporcionalmente ao faturamento e lucro.
[pic 1][pic 2]
Além disso, com a entrada dos medicamentos genéricos no mercado, a pressão competitiva sobre todos os elos da cadeia produtiva de medicamentos cresceu sobremaneira, tanto em termos da necessidade de redução de custos, como em termos da necessidade de aumentar os níveis de serviço com os quais se servem as farmácias (que, por sua vez, podem comprar livremente de uma grande gama de distribuidores, todos bastante agressivos no mercado), sob pena de se perderem vendas. Calcula-se (embora não haja dados precisos a esse respeito) que a empresa esteja perdendo vendas de cerca de 10% da demanda por indisponibilidade. Tentando remediar a situação, os sócios resolveram, pela primeira vez na história da empresa, contratar um executivo de fora dos quadros da empresa para a gerência de materiais. Contrataram um rapaz chamado Marcos Pereira, formado em Engenharia de Produção há quatro anos, com alguma experiência acumulada como supervisor de materiais de uma grande empresa de informática, para cuidar dos estoques de pós-venda. A tarefa à sua frente parecia bastante demandante. Deveria ter como meta a redução dos valores de estoque, além do aumento dos níveis de serviço. Eram em torno de 1.500 itens de estoque ativos. Marcos sabia que seria interessante rever as políticas de estoque vigentes, que ele não considerava totalmente adequadas. Os tamanhos de lote de compra vigentes eram de 150 caixas para o Bisovil e 600 caixas para o Liparase (nomes fictícios). Os sócios da distribuidora consideravam que, nas condições atuais de mercado, pelo menos uma disponibilidade dada por um nível de serviço de 98% seria adequada. Marcos resolveu, então, que deveria ir por partes. Inicialmente, selecionou dois itens, ambos com período de validade de mais de dois anos: o Bisovil e o Liparase. Resolveu, então, tentar rever as políticas de estoque, aplicando melhores técnicas para identificar preliminarmente o potencial de economia de custos com a política de estoques vigente.
O Bisovil tinha preço de venda de R$ 16,00 por caixa, representando uma margem de contribuição de 30%. O Liparase era vendido por R$ 8,40 a caixa, com margem de contribuição de 20%. Não foi muito fácil levantar os dados para isso, mas Marcos estimou, ao final de um estudo, que fazer um pedido de compra ao fornecedor, na Santa Ifigênia, custava em média R$ 26,00. Para entregar o Bisovil, o laboratório fornecedor levava uma semana e, para entregar o Liparase, o fornecedor levava duas semanas. Os custos de oportunidade de capital somados aos demais custos incorridos para manter um item em estoque por um ano (incluindo custos do armazém, seguro, roubo, estrago e dano, pessoal de manipulação etc.) estavam na casa dos 29%. A demanda semanal para ambos os medicamentos nas últimas 23 semanas encontra-se na Figura abaixo:
...