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Estação da Luz

Por:   •  28/3/2016  •  Monografia  •  2.698 Palavras (11 Páginas)  •  576 Visualizações

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COMPLEXO EDUCACIONAL FMU FIAM FAAM

Estação da Luz

Arquitetura Neoclássica

Elitânia Silva Duarte                           R.A.4792553

Michelle de Freitas Prado                 R.A. 4794446

Reinaldo Fernando Martins             R.A.4788030

Stefan Cecílio Reis                               R.A. 5810790

Stephanie Caroline Sales Silva          R.A. 4792540

São Paulo - 2014

Monografia desenvolvida para a disciplina de Historia e Teoria da Arquitetura e Urbanismo no Século XX, aulas ministradas pela docente Silveli Maria de Toledo Russo.

Sumário

Introdução        

Linha do tempo        

O Arquiteto da Luz        

Materiais e operários estrangeiros        

A Estação da Luz ressurge        

Os ricos detalhes da arquitetura Neoclássica (influencias Vitorianas)        

Fotos da visita técnica        

Fotos do entorno da estação        

Corte esquemático e perspectivas        

Antes e depois da Luz        

Considerações Finais        

Bibliografia        

Introdução

É difícil acreditar que São Paulo uma mega cidade com amis de 10.000.000 de habitantes onde até de avião é impossível adivinhar seus contornos, tenha sido um povoado de índios, padres e bandeirantes, lar dos barões do café, a cidade de barro que John Mawe viajante inglês descreveu:

“Aqui existem numerosas praças e cerca de treze lugares de devoção, principalmente dois conventos, três mosteiros e oito igrejas, muitas tais como toda a cidade construída de taipa, telhas curvas cobrem as casas, mas embora a região ofereça excelente argila e lenha em quantidade raramente cozinham tijolos.” 

(MAWE, John Viagens ao Interior do Brasil, 1808).

Mas São Paulo tomou novos rumos com os caminhos de ferro, durante séculos ela foi o coração de uma rede de pequenas vias quase trilhas percorridas por mercadores e viajantes que abasteciam as principais regiões do Brasil colônia.

Em meio a essas trilhas havia o caminho do Guaré, um córrego que tornava o lugar bonito e fértil, onde viviam animais soltos com donos e sem donos, e nos seus arredores foi criado um horto com características de Jardim Botânico, mas após a desapropriação de parte para a construção da primeira Estação da Luz o Então horto foi reduzido e ficando conhecido como Jardim Publico da Luz.

A Inglesa como era conhecida passou por muitos fatos importantes desde a sua fundação, se despediu de jovens que iam lutar na Segunda Guerra Mundial, passou por um grande incêndio e foi quase totalmente destruída, se reergueu e até hoje é um símbolo vivo de uma arquitetura neoclássica com forte inspiração vitoriana, um verdadeiro marco no coração da cidade de São Paulo.

Vejamos agora um pouco da história dessa centenária edificação que foi testemunha ocular da Ascenção e queda da elite cafeeira de São Paulo.

Linha do tempo

Em meados do século XIX a estrada que ligava São Paulo ao litoral ficou pequena para receber o fluxo de viajantes e de carga que a cada dia aumentava, o mundo queria o café que o Brasil produzia aos montes, o meio mais rápido de despejar os grãos nos navios era através dos trens.

Vencer a serra do mar era desafio antigo dos paulistas, desde 1836 o governo reservava privilégios à empresa que conseguisse construir uma estada de ferro que ligasse o mar ao planalto e que fosse além buscar os grãos quase que as sombras dos cafezais.

Atraída pelos lucros a primeira empresa interessada em construir a estrada desistiu ao ver os obstáculos que teriam que enfrentar.

Irineu Evangelista de Souza, que foi Barão de Mauá e depois visconde, dono de cafezais no interior e maior empresário do império conseguiu com banqueiros ingleses o dinheiro necessário para driblar a serra do mar. O capital negociado foi de 2.000.000,00 de libras e o direito de exploração da ferrovia por 90 anos, pelos ingleses.

Mais de 5.000 homens trabalharam para ligar a Luz a Santos, pregando dormentes em despenhadeiros, todo o processo durou mais de sete anos interruptos de trabalho.

A primeira estação da Luz foi construída em 1867 sob a tutela da São Paulo Railway, empresa inglesa responsável pela construção da linha férrea que ligava Santos a Jundiaí, a estação era uma edificação acanhada, mas teve seu funcionamento apenas durante três anos e já não dava conta do fluxo de carga e pessoas.[pic 2][pic 3]

[pic 4]

Em 1870 houve uma nova construção bem maior, e sua entrada localizada na Rua Mauá, essa fora uma ampliação da primeira estação, maior e mais aconchegante, segundo relatos da época.

[pic 5][pic 6][pic 7]

Em menos de 30 anos, a Luz voltou a ficar pequena, e em 1895 o arquiteto inglês Charles Henry Driver, projetou a nova Estação da Luz (a Inglesa como ficou conhecida), o projeto foi idealizado em estilo Neoclássico com fortes referencias Vitorianas.

A construção de deu entre os anos de 1895 a 1901 quando em 1º de Maio deste ano a Luz abriu. Uma enorme edificação formada por estrutura de ferro trabalhado, enormes telhas de vidro e zinco fazendo sua cobertura, cobertura essa que se apoia nas paredes de tijolos aparentes.[pic 8]

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