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Estudo de Referencia Escola e Centro Cultural

Por:   •  25/11/2019  •  Artigo  •  2.299 Palavras (10 Páginas)  •  240 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO – UFERSA

DEPARTAMENTO DE

Lara Freitas Dias

Raquel da Costa Lima

ESTUDO DE MODULAÇÃO

Pau dos Ferros

2019

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        SOBRE AS OBRAS        3

2.1        Marquise modular Casa Cor 2015        3

2.2        Casa M16 – NEBR Arquitetura        4

2.3        CONCEITO – FORMA NATURAL        5

2.4        VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA MODULAÇÃO        7

3        COMPARATIVO ENTRE PROJETOS        8

4        CONSIDERAÇÕES FINAIS        9

        REFERÊNCIAS        10


  1.  INTRODUÇÃO

Após a passagem histórica do paleolítico para o neolítico e a subsequente fixação de agrupamentos populacionais devido a domesticação de animais e o cultivo da agricultura, surgiram as primeiras construções com a finalidade de abrigar as pessoas e assim, começou a pensar-se na forma estrutural destas e na sua consecutiva estabilidade. Com o passar do tempo, as técnicas construtivas e a tecnologia investida na obtenção de novidades em estruturas para projetos foi evoluindo de acordo com a necessidade das novas experiências. Nesse ínterim, o presente trabalho trata de dois projetos arquitetônicos, um concebido a partir de uma forma natural e o outro utilizando modulação na sua concepção e construção, todos possíveis de serem empregados como mecanismos estruturais nos projetos.

        Outrossim, esta pesquisa tem como objetivo entender, a partir da análise dos projetos “Marquise Modular/CasaCor 2015” e “Casa M16/NEBR arquitetura”, suas diferentes formas estruturais e a técnicas empregadas nas suas idealizações, como também, comparar as obras e as levar como referência para projetos futuros. A metodologia empregada está relacionada com o estudo de artigos relacionados com as técnicas estruturais e sites que apresentam os projetos estudados.

Dando continuidade, este está organizado em três partes, a primeira é uma breve apresentação das obras e dos seus arquitetos responsáveis, discorre sobre o conceito empregado Marquise Modular com forma natural e as vantagens e as desvantagens da residência M16 ter utilizado modulação. A segunda apresenta comparativos entre os dois projetos com relação aos seus problemas, restrições e condicionantes. E, por fim, a terceira parte compreende as considerações finais que apresentarão os elementos que chamaram atenção e que serão utilizados de referência em futuros projetos.

  1.  SOBRE AS OBRAS

  1. Marquise modular Casa Cor 2015

O projeto de forma natural escolhido foi a Marquise Modular (figura 1), foi desenvolvido pelo escritório FGMF Arquitetos para a CasaCor São Paulo em 2015, por formar uma composição orgânica semelhante a uma colmeia e que, ao mesmo tempo, consegue utilizar-se da modulação. A equipe composta por Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Marcondes Ferraz, tem como principal característica de projeto:

(...) produzir arquitetura contemporânea, sem restrições ao programa, materiais, técnicas construtivas ou escalas de trabalho. Qualquer que seja o projeto, privilegiamos a interdependência entre o objeto construído, o meio que o contém e o seu usuário. (FGMF, 2012).

A marquise está localizada em um trecho do Jockey Clube de São Paulo, onde possui alguns elementos tombados pelo patrimônio histórico que não são passíveis de intervenção e, desse modo, tiveram que ser levados em consideração, como é o caso de alguns acessos, um edifício existente e as grandes árvores.

Figura 1: Marquise modular – FGMF Arquitetos

[pic 1]

Fonte: ArchDaily, 2015

  1. Casa M16 – NEBR Arquitetura

Edson Muniz, proprietário do escritório NEBR arquitetura, possui graduação em arquitetura e urbanismo pela Universidade Católica de Pernambuco (2010), é especialista com MBA em Tecnologia e Gestão da Construção de Edifícios pela Universidade de Pernambuco (2017) e é mestre em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2019).

A casa M16 (figura 2) está localizada em um condomínio na cidade de Carpina (PE) e está implantada em um terreno de esquina 30m x 15m. Dando continuidade, esta foi escolhida por apresentar como princípio básico a modulação tanto na sua construção como no seu processo de concepção. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, apenas após a determinação da malha para a realização do desenho que a planta baixa foi pensada em cima desta. Desde as janelas até os ladrilhos hidráulicos presentes nas fachadas respeitam o módulo feito na residência.

Ainda em conformidade com o escritório, a sequência de seus espaços abertos conseguiu integrar a residência a paisagem natural da zona da mata pernambucana, onde o projetista tentou adequar o projeto tanto aos materiais disponíveis para serem utilizados na região como a mão de obra. O seu sistema estrutural é feito em concreto armado, o qual é tradicional e bastante usado no território pernambucano.

Figura 2: Casa M16 – NEBR Arquitetura

[pic 2]

Fonte: ArchDaily, 2018.

  1.  CONCEITO – FORMA NATURAL

A proposta arquitetônica descrita pelo escritório era a de criar um espaço interligando os ambientes público e privado, interno e externo. Para isso foi adotado como partido uma marquise hexagonal modular de madeira laminada, que induz o transeunte até o acesso principal. Utilizaram-se também de 7 mil hastes metálicas que simulam uma topografia artificial ou paisagismo ladeando a circulação e criando ilusões ópticas. Contudo, dois problemas ainda precisavam ser solucionados, um é a necessidade de espaços fechados para bilheteria, por exemplo, e ou outro era o edifício tombado, pois não havia tempo nem dinheiro o suficiente para o restauro. Assim, foram alocados uma espécie de containers com aberturas e revestidos de telha metálica. O prédio foi envelopado com um projeto de restauro realizado a mão por um especialista na escala 1:1. A figura abaixo ilustra os elementos anteriormente citados como solução.

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