Memorial Justificativo: Centro Cultural 45 (Serra)
Por: Estéfany Castro • 30/9/2016 • Trabalho acadêmico • 691 Palavras (3 Páginas) • 2.036 Visualizações
Segundo o IBGE (2000) o município da Serra é o maior da Grande Vitória, com 551,00 Km², destacando-se pela beleza natural, dotada de um relevo característico que faz jus ao nome, além de rios, lagoas e praias. É ocupada por grandes indústrias nacionais, responsáveis pelo aumento populacional entre 1970 e 2000, subindo de 17 mil para 330 mil de habitantes. Em contraste com o caráter industrial, a cultura serrana é caracterizada por um folclore rico, as congadas, o maculelê e a festa tradicional de São Benedito da Serra Sede.
Apesar da herança e tradição cultural, o município que, segundo o IBGE (2013), é o mais populoso da Grande Vitória (com 467 mil habitantes), conta com pelo menos 15 grupos teatrais e ainda não possui um teatro.
Somada à necessidade de um local para exposição e desenvolvimento da arte teatral, o programa de necessidades do primeiro Centro Cultural da Serra incluiu cinemas, biblioteca, restaurante, área de alimentação, lojas e salas de atividades, além do átrio, estacionamento, bicicletário, cozinha e banheiros.
Implantado em um terreno cercado de grande atividade comercial e enorme fluxo de pessoas, incorpora a via lateral do shopping, que atualmente funciona como estacionamento, com a proposta de transformação em um corredor coberto e iluminado para pedestres, no nível da calçada, com muros verdes nas laterais e bicicletário público.
Por esse corredor se chega à praça do Centro Cultural, onde o transeunte pode permanecer e descansar, seja no talude que dá acesso ao estacionamento ou à sombra das árvores, no frescor proporcionado pelo vento nordeste e pelos chafarizes. Estes, de forma quadrada, são intercalados por um piso permeável de cimento branco e mármore moído, deck de madeira e grama, dispostos numa malha a 45º, em todo o terreno da praça.
O acesso dos carros ocorre pela rampa situada a sul da praça, cercada por um guarda-corpo de vidro. Já os ônibus estacionam no térreo, a sudoeste da praça, em vagas de 90º.
A forma do edifício foi inspirada na letra “S” de Serra, evoluindo para um desenho ortogonal diferenciado, destacando-se a caixa cênica, a leste, com seus 15 metros de altura. A organização da planta posicionou centralizado o Teatro, considerado o ambiente de maior interesse, em torno do qual acontecem as atividades de comércio, alimentação e as salas de atividades. A sul e sudeste concentra-se outro pólo de atividades, contando com salas de cinema gratuito, cafeteria e banheiros. A fachada sudeste comunica-se visualmente com a praça por um amplo pano de vidro e permite a transição interior x exterior, ampliando o espaço de vivência da cafeteria para a praça.
O projeto prevê mais 2 entradas, a norte é a principal, sendo o visitante recebido num amplo átrio que corta os 3 pavimentos acima no chão, com acesso direto ao Teatro e bilheteria e onde estão situados os elevadores de maior carga e a escada em U, próximos aos banheiros. A oeste outra entrada recebe os transeuntes do corredor de pedestres ou do estacionamento.
Por meio de escadas ou elevadores chega-se ao 1º pavimento, que abriga uma galeria permanente de 728m² e quatro galerias temporárias, cujas paredes podem ser removidas, ampliando como for necessário.
O 2º pavimento recebe o visitante a sudeste num hall de entrada
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