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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TEORIA DA ARQUITETURA III

Por:   •  13/12/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.379 Palavras (6 Páginas)  •  359 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

TEORIA DA ARQUITETURA III

Alunos: Geovana Torres, Leonardo Reina e Renata Pimentel.

Professora: Fabiola Zonno

Texto: Museus Minimalistas, Hal Foster

Sobre o autor:

Nascido em 1995, o premiado crítico e historiador da arte estadunidense Hal Foster atualmente leciona em Princeton onde se graduou, tornou-se Mestre pela Universidade de Columbia e PHD pela City University of New York. Durante sua trajetória profissional foi editor de publicações sobre artes como Art Forum Zohe, October e Art in America e foi diretor de estudos e crítico de curadoria do Whitney Museum, além de ser membro da American academy of arts and sciences.

Sobre o livro:

O livro está organizado em uma introdução e três seções que, por sua vez, estão divididas em três subseções cada uma, com exceção da última, acrescida de uma entrevista. De modo geral, as duas primeiras seções tratam de grandes projetos e grandes arquitetos, no sentido da fama e do valor que tais projetos adquiriram na arquitetura e na história cultural. Somam-se à estas análises as interferências e os entrecruzamento com a arte, justamente porque Foster identifica que para resistir à atrofia social e ao atordoamento da subjetividade causadas pelo espetáculo, a saída está nas “práticas que insistem na particularidade da experiência no aqui e agora”.

Para além disso, valores como civismo, transparência e leveza são percebidos em diferentes propostas de arquiteturas que tentam desdobrar a modernidade em estilos globais. E como eixo, Foster propõe pensar a imagética da arquitetura recente em termos de uma relação ora de complementação ora de oposição entre o pop e o fenomenológico. A arquitetura que tende ao pop tem a imaginabilidade como critério primordial, e por conseguinte a obsolescência; trata-se de construir imagens, mais do que lugares, trata-se de substituir o gênio moderno pelo ícone pop, de fazer uma arquitetura para a mídia. A partir dos tipos modernos de arquitetura pop designados por Venturi como “pato” e “galpão decorado”, a pós-modernidade de Frank Gehry inaugura o que Foster denomina de “pato decorado”, que combina “a vontade de monumentalidade da arquitetura moderna com a falsa iconicidade populista do projeto pós-moderno”. Ou seja, para o autor a arquitetura pós-moderna, com raras exceções é pop, e, mesmo que tenha uma variedade de estilos, a lógica do efeito é sempre a mesma. Esta fórmula demonstra que lugares, cidades, instituições e museus são percebidos como integrantes de um mundo globalizado através de seus ícones instantâneos.

Sobre o texto:

O texto Museus minimalistas trata de como os espaços expográficos procuraram se adequar as novas formas da arte que não se encaixavam mais ao espaço do cubo branco, especificamente tratando a questão da arte minimalista que são objetos de grande escala produzido a partir de materiais industriais. Usando a DIA Art Foundantion que transforma lofts e fabricas antigas e museus gerando uma relação de reciprocidade de articulação entre arte e arquitetura como mote argumentativo. Do minimalismo, estes novos espaços emprestam a estrutura literal, o conceito, e a ela agregam múltiplas configurações ampliando o efeito fenomênico. Desta forma a experiencia do observador é potencializada pela “aura do extinto” e pelo “fascínio ao antiquado” da antiga indústria se apresenta recuperada como a nova cultura e pela escala fenomenal da obra de arte que impacta o observador e devolvem um sentimento poderoso como resultado da intensidade fenomenológica. Disso resulta que, a arte minimalista se torna pictórica e com este argumento, Foster procura demonstrar como nas dialéticas minimalismo/pop e literal/fenomênico, o pop e o fenomênico estão privilegiados nesta sociedade afeita às tecnologias da imagem e da informação.

O autor inicia essa subseção contando sobre quando os arquitetos europeus foram para os EUA fugindo das guerras e eles procuraram na arquitetura produzida lá antecedentes da arquitetura modernista e encontraram os silos e nas daylight factories. Esses arquitetos viam os EUA como a terra da produção industrial, era uma “Atlântida de Concreto” com uma temporalidade paradoxal pois a produção arquitetônica dali não fora interrompida como na Europa que apesar de mais antiga estava se reconstruindo após as guerras. Nos exemplos da arquitetura americana destacados por esses arquitetos havia uma tensão entre o volume do edifício (silos) e a transparência de sua estrutura (daylight factories) essa tensão entre a materialização e a desmaterialização é recorrente na arquitetura do século XX. Desta forma de um lado temos as práticas minimalistas que articulam os corpos e os objetos trabalhando os espaços reais e as praticas pop que jogam com os signos.

Já no final da década de 1920 a clara leitura dos espaços era considerada critério essencial dos projetos modernistas, segundo Sigfried Gideon essa transparência baseava-se nas tecnologias de vidro, aço e concreto armado estabelecidas na Revolução industrial, mas que só passaram a integrar a sociedade quando houve uma mudança no modo de vida do homem moderno. No mesmo período Lazló Moholy-Nagy entendia a transparência como uma operação transformadora, ele estava menos preocupado com questões estruturais do que com questões fenomenológicas. Posteriormente Colin Rowe e Robert Slutzky desvalorizaram a transparência “literal” em que a estrutura e o espaço são revelados por meio do vidro e aberturas reais, em favor da transparência “fenomenal” em que a estrutura e o espaço se tornam indeterminadas. Atualmente a superfície passou a ser tão importante quanto a articulação do espaço, e a leitura de um edifício tão importante quanto a compreensão de sua estrutura, ou seja, a arquitetura pós-moderna tornou-se também uma superfície cenográfica de símbolos. A tensão entre o espaço literal e a experiencia fenomenológica é ativa e ambígua no minimalismo.

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