FICHAMENTO: O PATRIMÔNIO EM QUESTÃO: ANTOLOGIA PARA UM COMBATE
Por: Rafaela Eller • 22/5/2020 • Abstract • 1.279 Palavras (6 Páginas) • 247 Visualizações
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UCL – ARQUITETURA E URBANISMO
PATRIMONIO I – 2020/1
Profas. Tatiana Caniçali
FICHAMENTO
LIVRO: CHOAY, Françoise. O patrimônio em questão: antologia para um combate. 1. ed. Belo Horizonte: Editora Fino Traço, 2011.
ALUNO: Rafaela Cipriano Eller da Silva
DATA DA LEITURA: 22/03/2020
1. PRINCIPAIS ASSUNTOS ABORDADOS PELO AUTOR
* Necessidade de reconhecimento e valorização da arquitetura histórica nacional francesa;
* Crítica ao método empregado às restaurações.
2. RESUMO
No texto, “Guerra aos Demolidores” de Victor Hugo, critica-se o abandono e falta de apreço pelos monumentos nacionais franceses. Na França, no início do século XIX, houve um forte movimento em favor da destruição dos monumentos em prol dos proprietários de terras, onde já não era interessante gastar para renová-los ou mantê-los, era mais fácil demolir ou adaptar o uso (o autor cita duas capelas usadas como estábulos e uma terceira do conjunto que fora destruída). Há um forte apelo à falta de nacionalismo, onde prédios históricos franceses caem sem o mínimo esforço de mantê-los, “Enquanto são construídos com grandes despesas não sei quais edifícios bastardos que, com ridícula pretensão de serem gregos ou romanos”. Ao fim, quase que como um grito de socorro, há um clamor pela criação de uma lei ou qualquer medida protetiva em favor da história da antiga França, e a renovação da nacionalidade além do reconhecimento da história francesa e seu valor. Uma súplica para que não se gaste mais quantias exorbitantes em novas construções ante a renovação, preservação e apreciação dos monumentos já existentes.
Há a comparação da poesia com à arquitetura, em termos de contar a história, onde a duas são complementares, mas que de certa forma a arquitetura abrange também a poesia, de forma mais completa e robusta, onde já não é mais suficiente apenas cantar a história e os atos, mas sim descrever de forma material o que as mãos, que originaram aquela história, construíram. Onde “(...) se aproxima o dia em que nós reconheceremos ter aprendido mais da Grécia pelos fragmentos em ruínas de sua escultura do que pelos doces poetas e historiadores”.
“A maior glória de um edifício reside na sua idade e na força com a qual sua voz volta-se a nós[...]”, devemos construir nossas habitações de maneira com que elas durem e tornem-se capazes de expressar nosso caráter. Devemos construir para a eternidade e não pela necessidade momentânea, se desse pretexto surgissem todas as habitações, então aí teríamos a verdadeira arquitetura doméstica.
A arquitetura deve ser expressiva e regida de maneira rigorosa, a não se diferenciar em uma mesma nação, se não que por pequenos nuances, assim como ocorre com a linguística e seus dialetos regionais ou com a religião e suas pequenas diferenças ritualísticas. A arquitetura deve ser conhecida, assim como conhecemos a moeda e a língua, de maneira única. Isso deve não significar que ela é imutável, mas sim que representa toda uma nação: “É somente a partir de uma perfeita manipulação da língua e das regras da arquitetura que lhe correspondem que o nascimento de estilos novos pode ser inteligível”.
Por fim, indaga-se sobre a réplica de grandes monumentos históricos, réplica essa com “exatidão matemática” de seus ornamentos e detalhes. Questiona-se o pretexto de reconstrução dos monumentos e se esses teriam igual valor daqueles outrora construídos e qual valor seria empregado a estas construções espelhadas em construções históricas. Afirma-se que não teriam o mesmo valor, pois a beleza monumental não está em sua exatidão, mas sim na história agregada aquela construção, onde o responsável pela construção de uma réplica seria pobremente reconhecido e o responsável por uma restauração bem feita, teria seus proventos garantidos por 20 ou 30 anos por vir. Eis também o esforço de não se deixar levar pelos influentes e donos de terras, não cair na hipocrisia futurística ou na tentativa de adaptar as belas habitações que representam a verdadeira arquitetura doméstica aos grandes hotéis e “belas fachadas”. Existe a necessidade da criação de uma associação que vise a preservação da arte histórica, essa associação será movida pelo altruísmo daqueles que querem preservar a arte histórica e todo seu valor, e não pelo ganho pessoal.
3. CITAÇÕES DE TRECHOS SIGNIFICATIVOS
“Chegou o momento de não mais permitir a quem quer que seja que permaneça em silêncio. É necessário um grito universal chamando, enfim, a nova França ao socorro da antiga.” (CHOAY, 2011, p.111).
É necessário fazer parar o martelo que mutila a face do país. Uma lei seria o bastante; que a façam. Quaisquer que sejam os direitos da propriedade, a destruição de um edifício histórico e monumental não dever ser permitida (CHOAY,
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