FICHAMENTO TEORIA, PRÁXIS, CONCEITO, MIMÉSIS
Por: Adriely Plakitquen • 15/10/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.193 Palavras (5 Páginas) • 363 Visualizações
“Para que teoria da arquitetura hoje? [...] pela demonstração da relevância da teoria
frente à tradicionalmente privilegiada atividade prática. Em todos esses matizes persiste, no entanto, a pergunta inicial: o para quê” (p. 02)
“Comecemos então perguntando, não para que a teoria existe, mas por que ainda separamos a competência teórica da prática. O que torna essa separação necessária ou mesmo desejável?” (p. 02)
“Todos concordamos que o projeto tanto quanto a historiografia, a crítica ou a especulação conceitual envolvem, ao mesmo tempo, operações criativas e reprodutivas, sínteses e análises arquitetônicas [...]” (p. 02)
“Dá-se uma importância cada vez maior ao chamado ‘conceito’ na gênese das formas arquitetônicas, e cada vez mais arquitetos de fato combinam a produção de textos com a produção edificada sem que nenhum desses elementos seja adendo do outro.” (p. 02)
“Um conceito é um conteúdo da consciência sintetizado em uma palavra, seja ela pensada, escrita, falada ou simbolizada.” (p. 03)
“Na cultura ocidental, pensar por meio de conceitos e com pretensão à verdade implica certas leis, expressas na lógica formal e decorrentes exatamente da universalidade e da abstração inerentes ao conceito.” (p. 03-04)
“[...] Um dos filósofos do século XX que mais se ocupou das limitações e violências envolvidas na razão conceitual foi Theodor Adorno.” (p. 04)
“O conhecimento consiste na subsunção em princípios. [...] A razão fornece apenas a idéia da unidade sistemática, os elementos formais de uma sólida conexão conceitual.” (p. 04)
“Adorno denomina o “não idêntico”. [...] O não idêntico é indício do Novo e do Outro, contraposto ao Mesmo. É aquilo que não cabe nos nossos esquemas prévios e que é sempre cerceado pelos raciocínios conceitualmente coerentes. [...]” (p. 05)
“[...] Ele não pretende eliminar ou contornar os conceitos, mas tirar-lhes a prioridade sobre seus objetos e centrar a filosofia no esforço de “pelo conceito, ultrapassar o próprio conceito [...]” (p. 05)
“Em primeiro lugar, é preciso ter em mente o fato de que os conceitos estão historicamente atrelados a determinadas formas de pensamento [...] Em segundo lugar [...] A lógica da teoria é, em princípio, a lógica conceitual. Em terceiro lugar, cabe pontuar que pertence ao âmbito conceitual aquela relação de causalidade implicada na pergunta pelo para quê de alguma atividade ou de algum produto humano.” (p. 05)
“A noção de mímesis e seus termos correlatos estão presentes na filosofia desde a Antigüidade e perpassam todo a história da reflexão sobre as artes com diferentes nuances.” (p. 05)
“Benjamin chamou de “mimética” a essência da linguagem, anterior ao conceito e não ligada ao vínculo convencional entre um signo e seu significado, mas a uma relação de similaridade entre a experiência e sua expressão.” (p. 05)
“a noção de mímesis engloba todo o espectro de relações não racionalizadas entre sujeito e natureza, para bem ou para mal.” (p. 06)
“o processo civilizatório consistiu na substituição paulatina desse comportamento por modos racionalizados de dominação da natureza externa e interna: num primeiro momento, pela manipulação organizada da mímesis nas práticas mágicas e, mais tarde, pela práxis racional a que chamamos trabalho.” (p. 06)
“A práxis artística, assim como todo o resto, passou por um processo de racionalização. A arte já não compreende a si mesma como magia; ela faz uso dos recursos técnicos mais avançados de que se possa dispor; ela parte de intenções subjetivas definidas.” (p. 07)
“o procedimento mimético não é um recurso adicional ou uma metodologia. A dialética de mímesis e racionalidade perpassa todo o processo de constituição de uma obra, marca essa obra em si mesma e na sua recepção, e define a própria situação da arte na sociedade moderna.” (p. 07)
“o pensamento que não consegue manter o sistema e a intuição sensível em consonância [...] entra em conflito com a práxis real”. A diferença entre os conceitos e as experiências concretas das quais eles são abstraídos, eis o que transparece na dissonância entre o método de projeto infalível e sua execução repleta de falhas.” (p. 08)
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