Fichamento : Abrir os olhos: as imagens à luz da escritura
Por: Leh96 • 31/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.393 Palavras (6 Páginas) • 574 Visualizações
PELLEJERO, Eduardo. Abrir os olhos: as imagens à luz da escritura. Revista Educação Pública, Cuiabá, v.24, n. 56, p. 365-377, maio/ago.2015.
F I C H A M E N T O
Citações
“A Filosofia nunca teve uma grande relação com as imagens.”(Pg.366)
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Platão naquela época não tinha uma relação muito boa com imagens, via a imagem como a forma mais baixa em que tínhamos em nossa consciência, e que não passava de fantasia, uma figura irreal.
“As imagens se proliferam aonde quer que olhemos, registradas, transmitidas e reproduzidas vertiginosamente, sem descanso.”(Pg.366) COMENTÁRIOS
As imagens ela está em tudo que vemos, e em todos os lugares que em estamos, na rua, em casa, elas vivem nos cercando, não tem como fugir dela.
“Hoje não consentem que duvidemos sem mais da realidade do que vemos e sentimos, da forma em que somos afetados.”(Pg.366) COMENTÁRIOS
Não precisamos duvidar da imagem, ela é clara, ela conversa, ela se expressa, ela esta presente.
“perante o regime imagético mais perverso, o problema não se encontra nas imagens, mas no exercício do nosso olhar.”(Pg.366) COMENTÁRIOS
O problema não esta na imagem, mas sim na visão que temos dela, vai do olhar de cada um, cada pessoa a interpreta de sua maneira, e é afetado de modo diferente.
“Cada imagem traduz um encontro com o mundo, dando a ver, a partir do já visto, o resultado dessa experiência, na qual o que afeta a sensibilidade é por sua vez, afetado pela imaginação ou pelo intelecto, pela memória ou pela razão e, em última instância, transfigurado no entrelaçamento do olho e da mão, no estranho sistema de trocas que o corpo coloca em jogo.”(Pg.366)
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Cada imagem causa uma sensação diferente por onde é que esteja.
“a verdade é que só se vê aquilo que se olha, que se considera de tal ou qual modo, se foca e se interpreta.”(Pg.367)
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Nós só vemos as coisas quando focamos e prestamos atenção, as vezes passamos no mesmo lugar todos os dias mais não enxergamos o que está a nossa volta, mas se parássemos para observar, poderíamos enxergar melhor.
“Uma imagem pode surpreender-nos, deixar-nos sem palavras, obrigar-nos, inclusive, a desviar o olhar.As imagens nem sempre provocam em nós um amor à primeira vista.”(Pg.367)
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As vezes as imagens não chamam nossa atenção, ao vê-la pela primeira vez, e temos o olhar de depreciação, mas se buscarmos conhecê-la, podemos a enxergar com outros olhos.
“Podemos reconhecer uma imagem, desconhecer uma imagem (ou desconhecer-nos perante ela), podemos ser seduzidos ou repelidos por uma imagem, chocados, inquietados, abraçados, consumidos por uma imagem.”(Pg.367)
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A imagem causa varias reações em nos ela pode nos emocionar, nos envolver, deixarmos chocados, relaxados, ela tem o poder de nos afetar de varias formas quando estamos em sua presença.
“Certamente podemos nos apoiar no saber disponível sobre as imagens, tomar emprestadas palavras para pensar e contar o que vemos: histórias e comentários, críticas e catálogos, tratados estéticos e livros de arte estão por aí para nos oferecer um verdadeiro leque de possibilidades conceituas e poéticas, um apoio difícil de avaliar (digo isso com toda a ambiguidade possível).Em todo o caso, quando realmente fazemos experiência de uma imagem, aquilo que vemos excede todas essas formas e categorias, exige de nós que as coloquemos entre parêntese, que desarmemos o nosso olhar.”(Pg.368)
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Apesar de termos varias maneiras de saber sobre a arte, quando estamos perante ela a profundidade e a sensação é diferente, e acabamos aprendendo coisas novas cada vez que estamos na presença de uma imagem.
“Inscritas em regimes de consumo, de informação ou de conhecimento, na maioria das oportunidades as imagens chegam a nós sobre-determinadas no seu funcionamento elementar, deixando pouco ou nenhum espaço para o olhar crítico e criativo.”(Pg.368)
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Em primeiro lugar, tem o ponto de vista do tempo, por exemplo uma rede social, as imagens são trocadas a todo momento e a quantidade de informações são muitas que acabamos não captando tudo, que isto é chamada de cegueira.
Em segundo lugar, o ponto de vista do desejo, através de dispositivo imagético, que é o meio de transmitir a imagem, tenta assemelhar ela com o nosso gosto pessoal, para que possa nos atrair, nos focar, para que desejamos o que está nos mostrando, isto é despaixão.
Em terceiro lugar, o ponto de vista do pensamento, quando vemos uma imagem já interpretamos ela de acordo com nossos conhecimentos e não de uma maneira inovadora e criativa, isto é mediocridade.
“Os conceitos e o vocabulário de que nos valemos para interrogar uma imagem, ou para traduzir a nossa experiência de uma imagem, não se encontram sobre-determinados pela iconografia, nem pela história da arte, nem pela semiologia, nem pela estética filosófica.”(Pg.370)
COMENTÁRIOS
A nossa experiência com a imagem, não vem através de historias ou estéticas filosóficas, mas sim através experiências que já tivemos, e da imaginação .
“Leituras críticas acompanham imagens desde o início dos tempos, mas nunca efetivamente copiam, substituem ou assimilam as imagens.”(Pg.371)
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A crítica sempre esteve ligada a imagem, em todos momentos como forma
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