A PAISAGEM SERTANEJA: APREENDENDO IMAGENS DO SEMIÁRIDO NORDESTINO À LUZ DAS SUAS REPRESENTAÇÕES: UMA SÍNTESE DO CAPITULO DOIS DA OBRA DE CÁSSIA MARIA PERNAMBUCO PEIXOTO DA SILVA
Por: Antonio Sidney Cardoso • 1/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.132 Palavras (5 Páginas) • 415 Visualizações
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
PAISAGEM SERTANEJA: APREENDENDO IMAGENS DO SEMIÁRIDO NORDESTINO À LUZ DAS SUAS REPRESENTAÇÕES: UMA SINTESE DO CAPITULO DOIS DA OBRA DE CÁSSIA MARIA PERNAMBUCO PEIXOTO DA SILVA
DAVI VASCONCELOS CALADO
(davi_calado02@hotmail.com)
O tema paisagem sertaneja são constantemente alvo de diversas pesquisas e estudos acadêmicos. A autora Cássia Maria, aborda de maneira sistemática e abrangente o tema em questão, na obra “paisagem sertaneja: apreendendo imagens do semiárido nordestino à luz das suas representações”. A tese demonstra a forma de análise de como as imagens estão inserida no cotidiano das pessoas, de forma que possa contribuir na construção em que se assemelham com o ambiente geográfico enquanto lugar, bem como a questão da representação da paisagem levando em consideração o homem-natureza e seu processo histórico. Uma análise a partir das manifestações culturais, em uma perspectiva de amostragem de um velho novo semiárido, ocasionado a partir da disseminação fantasmagórico, coerente a vitimização da seca e da miséria.
Vale salientar a importância ressaltada na obra a respeito da análise física do recorte espacial escolhido, que, leva em consideração o seu aspecto climático mais marcante, e talvez para a autora, como já foi apresentado, a seca será o ponto crucial para a análise da obra. O detalhamento fisiogeográfico está apresentado numa totalidade da interação cultural do espaço em debate. Deste modo, a obra deixa clara que é a partir da identificação física que se incorpora à análise em que o resultado da ação humana está inserida na paisagem. Criando um novo espaço de percepção no semiárido nordestino.
A autora debate, a importância da análise sobre a ocupação territorial do Semiárido nordestino, o modelo das atividades econômicas e sua influência na ocupação territorial, frente a um processo histórico e social. A importância de identificar como esse processo se deu no semiárido nordestino, levando em consideração as características e transformações das estruturas produtivas, que levaram a criação de gado, uma nova economia engendrada a partir da cariocinese dessa economia, ocasionando um fator crucial para o povoamento no interior do território.
A questão levantada a respeito da historicização da ocupação do Semiárido, é apresentada pela autora, quando se fala sobre o uso da palavra “sertão” e sua influência na literatura brasileira, sistematizada pelo regionalismo, respeito da literatura de caráter culto, em que a autora afirma a formação do povoamento dos sertões e a legitimidade da consolidação imaginaria do Brasil. Pois como bem citado a construção desse termo, vem da utilização dos português para a localização de áreas longínquas, representadas no território brasileiro como as áreas interioranas, espaços ábdito, possível de não ter acesso os que não detém do conhecimento territorial. É a partir desse contexto que a autora apresenta a sua concepção sobre a ocupação do semiárido nordestino, frente a uma discrepância da ocupação litorânea, que por sua vez teve a formação mais acelerada devido as vantagens locacionais, que cominou em um povoamento. Só durante meados do século XX, o território do semiárido nordestino ganha espaço de significação e de representação cultural.
A questão do uso da geografia foi brevemente explanada, porém sua fundamentação fornece uma base consistente para a afirmação que poderia ser bem mais explanada na segmentação elaborada por Castro a respeito do entendimento sobre o espaço, que é de grande arcabouço para o estudo da geografia, a relação de espaço vivido e compreendido pelo homem e suas manifestações. Entendimento esse que está sendo discutido tanto na academia quanto no senso comum. A análise levantada faz referência a uma possibilidade de uma perspectiva de análise e reflexão sobre o mundo, no entanto, o uso da geografia é de suma importância para o conhecimento antropogeográfico, levando em consideração o espaço físico como forma operacional.
O texto aborda em um determinado momento a questão da integração dos métodos imaginários e imaginação como tratamento do espaço geográfico, em que, uma parte está relacionada com a medição de existência real, no papel de entender a complexidade da realidade, e o outro com a geometria particular. Porém se analisado com cuidado nota-se que os dois são distintos, porém
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