Fichamento Argan

Argan (1999 - pág. 81 a 132)

Brunelleschi

A Vida

Este capítulo fala que Filippo Brunelleschi foi um artista inovador, com uma personalidade histórica jamais vista, que abriu horizontes novos ao conhecimento humano. Ele surge como um grande inventor, que mostra a arte uma nova dimensão: a perspectiva. Nascido em Florença, em 1377, filho de Brunellesco Di Lippo, notário, e Giuliana Di Giovanni Degli Spini. Não quis seguir a profissão paterna e foi trabalhar como ourives.

Seus primeiros desenhos usando regras perspectivas foram do Batistério e da praça de Signoria, e desde então (últimos anos do século XIV) nota-se que Brunelleschi já refletia sobre a relação entre forma artística e visão ou conhecimento da realidade. Seus primeiros trabalhos de arquitetura, também já com um caráter técnico, foram na Vila de Petraia, no Escritório dos Oficiais do Monte, no Palácio dos Priores. Sabe-se também que antes de iniciar seu trabalho na Cúpula de Santa Maria del Fiore, Filippo visitou Roma, e isso explica a formação de seu estilo arquitetônico. Em 1419, na Itália, o projeto de Filippo Brunelleschi foi o vencedor do concurso de arquitetura para a construção da cúpula da Catedral de Florença, Santa Maria del Fiore, criando para esse projeto um novo sistema de andaimes. Filippo morreu antes do fim da construção da Cúpula e foi enterrado em Santa Maria del Fiore.

A Teoria da Perspectiva

Esse capítulo explica como Brunelleschi descobriu a perspectiva, através da pintura da pintura do Batistério e da praça em dois pequenos retábulos. O primeiro dos dois retábulos tinha que ser olhado pelo reflexo de um espelho colocado paralelamente a frente das pinturas, através de um furo feito nele. No lugar do céu havia uma superfície de prata que refletia o céu verdadeiro. Baseado nisso Leon Batista Alberti criou uma teoria da perspectiva e dedicou a Filippo e outros artistas como Donatello, Ghiberti, Lucca della Robbia e Masaccio.  O experimento do espelho permitia ao espectador observar a pintura do mesmo ponto de vista em que o pintor observa, e permite também enxergar defeitos de pinturas mal feitas, sem simetria, ou com modificações no ponto de fuga, causando até deformidades nas mesmas.

As Esculturas

Nesse capítulo Argan fala um pouco sobre o estilo das esculturas de Filippo e seu modo de fazer, e as compara com a de Ghiberti, que era um de seus concorrentes no concurso de 1402 em que tiveram que fazer esculturas de Abraão e de um anjo, e o que destacava nas esculturas de Brunelleschi era a força e a rapidez dos gestos, já Ghiberti desfez e resfez o todo e as partes muitas vezes, demorando muito para terminar, enquanto Filippo fez de uma vez só e agilmente.

A Cúpula de Santa Maria Del Fiori

Esse capítulo relata como foi todo o processo de construção da cúpula desde o concurso para o modelo da cúpula, do qual Brunelleschi participa mas como escultor, e após isso toma novos rumos e se volta mais para o lado da arquitetura, que se inicia com projetos em Florença, porém ele tende mais ao lado técnico do que a novos projetos. Filippo cria seu modelo da cúpula em alvenaria, com a ajuda de Donatello e Nanni di Banco. A vocação arquitetônica de Brunelleschi se aprimorou com o projeto da cúpula, criando um estilo novo, fugindo do tradicional. Durante a construção da cúpula as ideias de Filippo e Ghiberti se opõe diversas vezes, pois Ghiberti acredita que os mestres de obras podem participar do projeto, já Filippo discorda. Logo depois, surge outro problema, era impossível conseguir mão de obra para os cimbres que sustentariam a cúpula durante a construção. Entao, Brunelleschi estudou uma solução e encontrou a saída nos modelos romanos de construção com tijolos chamado de espinha de peixe.

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