Fichamento da obra : A Construção do sentindo na Arquitetura
Por: Andrea Carvalho • 5/6/2017 • Artigo • 2.082 Palavras (9 Páginas) • 633 Visualizações
Fichamento da obra : A Construção do sentindo na Arquitetura
Fichamento apresentado ao Curso
de Arquitetira e Urbanismo, sob orientação
do prof. M. Rooseman de Oliveira Silva,
como um pré-requisito para avaliação
da disciplina de Desenho e Apreensão
do Espaço – NO2.
Aracaju – SE
2017
COELHO NETTO, J Teixeira. A construção do sentido na arquitetura. 1ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1979.
‘’É fácil prever, aqui, uma objeção: em suma, os grandes monumentos da história da arquitetura, os grandes nomes, estes têm uma linguagem específica, estes dominam um discurso: mas em volta de cada Norte-Dame de Paris, de cada palácio dos Doges há uma centena de habitações menos ou mais pobres que o cronista não registrou e de cuja linguagem não se fala porque simplesmente não existe . E neste caso se poderia dizer que também nos tempos modernos os arquitetos ‘’falam’’, pois Mendelsohn tem uma linguagem, Loos tem uma linguagem, etc.’’ ( p.8 )
A arquitetura e arquitetos, são únicos, a sua ‘’obra’’ é relativa ao meio, mas também as novas criações e novos conhecimentos. Nomes como Mendelsohn e Loos são exemplos de que por mais que se forme no mesmo curso, e mesma faculdade, não serão o mesmo profissional, pois cada um tem a sua linguagem e estilo. No entanto, a arquitetura vem perdendo seu sentido, pois estar se tornando cada vez mais, algo padrão, construções padronizadas, identidades igualadas e cidades deprimentes e insensata.
‘’Uma linguagem arquitetural não é portanto privilégio das grandes obras ou dos grandes nomes: na verdade mesmo, ela é ainda mais rica quando se manifesta nas obras que passam despercebidas, naquelas para as quais os guias turísticos não apontam porque estão se servindo delas e nem pensam nisso: na malha viária, no jogo dos espaços, das cores. E tampouco essa linguagem é privilégio dos "tempos passados". Se é verdade que a construção norte-americana de arquitetura e urbanística (que deixou boquiaberto o Le Corbuster de Quand les cathédrales étaient blanches, esse selvagem suíço prostrado diante do templo ilusionista de Nova York) é um real cancro extremamente árduo de se combater, tampouco é impossível propor uma verdadeira linguagem para as atuais "áglomerações". Na verdade, aquilo de que estas cidades carecem tremendamente é justamente de uma verdadeira linguagem que substitua o amontoado de frases e signos arquitetônicos sem sentido (porque tanto quem os propõe quanto quem os recebe e utiliza não 'Sabem o que significam, embora sintam seus efeitos) a contribuir unicamente para o caos total’’. ( p.10 )
A arte da arquitetura estar deixando de ter o seu valor, passando por despercebidas por muitos, pois a grande maioria estar tendo o conceito de beleza, apenas no que for grande e luxuoso, o pequeno e simples, não desperta mais o ‘’ar’’ de encanto, como antes. As grandes cidades, se tornaram frias e igualitárias, estar em uma rua ou outra já não faz mais tanta diferença, pois as construções será um ‘’aglomerado’’ de informações, de características desconhecidas, onde não se ver mais a identidade daquela população e sim o de um mundo totalmente dominado pelo o capitalismo.
‘’ Naturalmente se poderia dizer que até meados do. século x não se tinha nem mesmo com o que pensar o espaço a não ser em termos tradicionais de geometria, o que efetivamente é verdade, pois algumas disciplinas fundamentais para a abordagem do espaço só irão se firmar nas primeiras décadas de 1900 (como a psicanálise), enquanto outras só irão começar a. se estruturar bem mais tarde (como a proxêmica). Já é tempo, no entanto, de trazer a pesquisa do espaço em si para o primeiro plano dos estudos de arquitetura; este estudo não tem a pretensão, ainda que remota, de nem ao menos expor o problema em toda sua extensão (quanto mais resolvê-Io), mas pelo menos tratará de levantar aqueles elementos que são absolutamente indispensáveis para a prática do espaço.’’ ( p.12 )
Estudar novas formas, novas culturas e costumes, são adaptações para qualquer abito profissional, e na arquitetura não é diferente. Viver em uma sociedade diferente da que você estar habituado a viver, é primordial para o aprendizado, sentir o lugar de forma literal, as suas características ‘’pessoais’’. São formas de inspiração e de contribuir com o lugar de forma correta, sem prejudicar a sua referencia local, e sim agregando. Projetando algo na so por projetar mas que represente o lugar e sua sociedade que ali habita.
‘’ Este estudo propõe-se, assim, examinar as bases de uma linguagem da arquitetura. Os mais exigentes, como os semiólogos, poderão no entanto dizer que não é suficiente falar numa linguagem do espaço, sendo antes necessário provar que tal linguagem efetivamente existe e existe enquanto real linguagem - uma vez que proliferam os usos indevidos do termo e do conceito de linguagem. Não deixam de ter razão. Contudo, não me interessa demonstrar aqui que essa linguagem do espaço é de fato e rigorosamente uma linguagem, tal como a definem as teorias da linguagem, com suas articulações e unidades combináveis, mas sim considerar o espaço como uma forma genérica de expressão que efetivamente informa o homem (e COmo qual os homens se informam, de modo consdente ou não) e como detentor de sentidos passíveis de uma formalização necessária para a operação sobre esse mesmo espaço, para a prática arquitetura!.’’ ( p.15 )
O espaço é o homem e o homem é o espaço. Arquitetura deve descrever um homem assim como um homem descreve a arquitetura. Portanto, o espaço não deve ser somente preenchido, e sim complementado com algo que agrega a cultura e costumes locais e represente a sociedade habitacional do local.
‘’ Dê fato, se se passar em revista as diferentes e sucessivas definições da arquitetura, se verifica que são necessários mais de 2 000 anos, bem mais, para que se conceitue a arquitetura de, modo efetivamente adequado com seu objeto específico. Vitrúvio tece todo um discurso sobre arquitetura sem nem ao menos e delimitar de modo aceitável seu domínio: "ciência que deve ser acompanhada por grande diversidade de estudos e conhecimentos por meio dos quais ela avalia as outras
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