Fichamento o Que é Sociologia
Por: rdeolive • 5/11/2016 • Trabalho acadêmico • 2.818 Palavras (12 Páginas) • 500 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
RENATA DE OLIVEIRA ARAUJO
CONHECENDO A SOCIOLOGIA
NATAL, SETEMBRO 2011[pic 1]
RENATA DE OLIVEIRA ARAUJO
CONHECENDO A SOCIOLOGIA
[pic 2]
NATAL, SETEMBRO 2011[pic 3]
SUMÁRIO
1. Sobre o autor e sobre a obra[pic 4]
2. O conceito
3. O início
3.1 Os efeitos da Revolução Industrial
3.2 Os Iluministas
4. Formação: a união de vários pensamentos
5. O desenvolvimento
6. Conclusão
7. Referências
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1. Sobre o autor e sobre a obra
Carlos Benedito Martins é sociólogo e exerce funções de docência e de pesquisa no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB) atuando nas áreas de Sociologia da Educação e Teoria Sociológica. É graduado e mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e doutor em sociologia pela Universidade de Paris.
Na sua obra O que é sociologia, o autor divide a sociologia em três momentos: o surgimento, a formação e o desenvolvimento e ao longo do texto o autor procura apresentar a dimensão política da sociologia, a natureza e as consequências de seu envolvimento nos embates entre os grupos e as classes sociais e refletir em que medida os conceitos e as teorias produzidos pelos sociólogos contribuem para manter ou a alterar a as relações de poder existentes.
2. O conceito
Segundo o Carlos Benedito Martins, a definição de sociologia é notavelmente contraditória; para uns, constitui-se de uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros, a expressão teórica dos movimentos revolucionários. Como tentativa de compreender avaliações tão distintas em relação a esta ciência, o autor define a sociologia como: “Conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidos para explicar a vida social” (MARTINS, 1982, p. 8).
3. O início
3.1 Os efeitos da Revolução Industrial
A sociologia é entendida como uma das manifestações do pensamento moderno, abrangendo uma nova área do saber científico: o mundo social. O seu surgimento ocorre em determinado contexto histórico específico – como obra de vários pensadores que tentavam compreender a sociedade em curso – que coincide com o momento da desagregação da sociedade feudal e consolidação da sociedade capitalista.
Segundo o autor, a Revolução Industrial significou mais do que apenas a introdução da máquina a vapor; representeou o triunfo da indústria capitalista e a concentração das máquinas e das terras nas mãos de um empresário, transformando grandes massas humanas em simples trabalhadores despossuídos. Como conseqüência do aumento da industrialização, surgiram problemas como: elevação dos índices de prostituição, alcoolismo, infanticídio, criminalidade, violência, surtos de epidemia, etc. Em resposta à essa situação degradante, a classe operária, com consciência de seus interesses, começava a organizar sua crítica e, dessa forma, os que se ocupavam das questões sociais não eram homens da ciência que tratavam exclusivamente disso, mas pessoas que se envolviam profundamente com os problemas de sua sociedade. Por fim, essas transformações colocavam a sociedade num plano de análise e ela passava a se configurar como um problema ou objeto a ser investigado. Consequentemente, boa parte de seus temas de reflexão foi retirada das novas situações observadas (por exemplo a própria situação da classe trabalhadora).
3.2 Os Iluministas
Os iluministas posicionavam-se de maneira revolucionária e atacaram os fundamentos da sociedade feudal, os privilégios da classe dominante e as restrições que esta impunha aos interesses econômicos e políticos da burguesia. A intensidade da crítica às instituições feudais levada a cabo pelos iluministas era um indício da forte luta que a burguesia tratava no plano político das classes que sustentava a dominação feudal.
Na França, o conflito entre as novas forças sociais ascendentes chocava-se com uma política monarquia absolutista, que assegurava consideráveis privilégios a aproximadamente quinhentas mil pessoas, isso num país que possuía no final do século XVIII uma população de vinte e três milhões de indivíduos (MARTINS, 1982, p. 23).
A investida da burguesia rumo ao poder resultou em uma liquidação do velho regime. Segundo Carlos Benedito Martins, o objetivo da Revolução Francesa não era apenas mudar a estrutura do Estado, mas abolir radicalmente suas instituições tradicionais, seus costumes e hábitos arraigados. A revolução também desferiu também golpes contra a igreja.
Pensadores sociais da época, como Augusto Comte (1798 – 1857), Saint-Simon (1760 – 1825), Le Play (1806 – 1882) e outros concentraram suas reflexões sobre a natureza e as conseqüências da revolução: “anarquia, perturbação, crise e desordem”. Nesse contexto, uma das vertentes da sociologia mostra-se como uma ferramenta para racionalizar a nova ordem e restabelecer a paz. Para Saint-Simon, a filosofia do século anterior fora revolucionária; a do século XIX deveria ser reorganizadora. Dessa forma, os primeiros sociólogos irão voltar a valorizar determinadas instituições que, segundo eles, desempenham papéis fundamentais na integração e na coesão da vida social.
Após a leitura do capítulo, percebe-se então que o surgimento da sociologia se deu com a decadência do sistema feudal e a consolidação do capitalismo, de certa maneira, como uma resposta intelectual às novas situações colocadas pela Revolução Industrial. Percebe-se, então, que é a formação da sociedade capitalista que impulsiona a reflexão sobre a sociedade, suas transformações, crises e antagonismos.
Com a Revolução Francesa, a sociologia ganhou uma consistência maior, visto que se alterou a organização da vida na época, criando-se novas concepções, não só no campo social, mas também nos campos financeiro, político e cultural.
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