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HISTÓRICO DO BAIRRO DA LUZ

Por:   •  2/9/2017  •  Monografia  •  2.852 Palavras (12 Páginas)  •  261 Visualizações

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SUMÁRIO

2. HISTÓRICO DO BAIRRO DA LUZ

O lugar conhecido atualmente como Bairro da Luz, foi ocupado durante muito tempo por fazendas, criadores de gados. Um vasto campo pantanoso que em época de chuva eram inundados pelos rios Tamanduateí e Tietê. Seu nome era Campo do Guaré ou Caminho do Guarepe, um termo indígena “matas em terras molhadas”.

A região começou a se desenvolver após a implantação das estações de trens e muitos armazéns que ligavam o café que vinham do interior a serem exportados no porto de Santos, um grande giro econômico, trazendo urbanização para a região. Construção da Estação da Luz, com materiais importados da Europa, restauração do Jardim da Luz formando um ponto de encontro da elite. A Rua Mauá, atrás da estação, a partir dos anos 80 começaram a surgir hotéis luxuosos, destinados aos viajantes do interior paulista. Prédios culturais, como Liceu de Arte Moderna, Pinacoteca, Museu de Belas Artes.

Entretanto em 1929 a Implosão da Bolsa de New York, provocou uma crise mundial que afetou o comércio de café, nossa maior importação, além disso, as empresas se deslocaram para outras regiões da cidade, como Avenida Paulista, além dos antigos problemas de inundações, tornando-se um bairro desvalorizado, abandonado pela elite. O declínio das ferrovias e a valorização do transporte rodoviário contribuíram também para a popularização da área. A estação da Luz passou a integrar o sistema metropolitano de transporte de passageiros das regiões mais periféricas e, nos anos 1960, a Praça Júlio Prestes ganhou a estação rodoviária, que lá permaneceu até 1982, quando foi transferida para a Marginal Tietê.

Atualmente a região é caracterizada por um centro de comércio, como a Santa Ifigênia, venda de eletrônicos, Rua das Noivas localizada na Rua São Caetano, Centro da Moda na José Paulino, não somente comércios mas também de patrimônios brasileiros e diversos equipamentos culturais.

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   Estação da Luz vista a partir do Parque da Luz em fotografia de 1906. Crédito: Guilherme Gaensly.

3.  VILAS

3.1 VILA MARIA ZÉLIA


São Paulo, com toda sua expansão territorial, uma das principais referencias, é a Vila Maria Zélia, ela é a representante única de modelo que não se reproduziu. Inaugurada em 1917, a Vila, começou a ser construída em 1912, pelo Jorge Street industrial e medico, para dar abrigo aos 2500 funcionários que trabalhavam na filial do Belenzinho da poderosa tecelagem Cia Nacional de Tecidos da Juta, cuja sede estava localizada nas imediações da Rua Gabriel Piza, em Santana. Era um sucesso a Matriz, com funcionários trabalhando em tempo integral e a fábrica produzindo a todo vapor, inclusive em capacidade máxima, o que levou o empresário a ampliar suas instalações, optando por uma região como o Belenzinho que já recebia muitas indústrias à época e que poderia rapidamente dar abrigo  uma nova instalação industrial.
Pela projeção, vila operária, Jorge Street, sempre preocupado com o bem estar de seus funcionários, procurou na Europa um arquiteto que pudesse colocar na prática a sua ideia de instalações dignas. Ao bem estar da comunidade, oferecendo creche, escola, jardim de infância, ambulatórios médico e dentário, farmácia, armazém, açougue, salão de festa e um teatro que não chegou a ser concluído.
Trazendo todo o trabalho, de Paul Pedraurrieux foi acompanhado de perto por Jorge Street que não queria que nada saísse do plano original. A determinação foi feita com tudo planejado, sem alterações. Motivo de ser tão conhecida, Maria Zélia Street era filha de Jorge Street, nascida em março de 1899, ela faleceu em 12 de setembro de 1915, quando a vila ainda estava sendo construída. Ao perder a filha tão jovem o empresário decidiu colocar o nome dela na vila como forma de homenagem. Ela está sepultada no túmulo da família localizado no Cemitério da Consolação. Mas nem todos sabem quem é a Maria Zélia que é agraciada com o nome do local.
Alguns anos, sem o tombamento, fez que permitisse que muitos dos moradores descaracterizassem suas residências. E ainda hoje, é possível encontrar algumas casas em obras, até construções bastante próximas as originais, mas que trocaram a pintura típica da época a por cores berrantes ou por texturas. Nota que se, no local há poucas com suas originalidades, houve muitas mudanças, no formato das residências, como portas, fachadas e até mesmo com imóveis que antes eram todos térreos e hoje chegam a possuir, em alguns casos, três andares.
Sensações, na Vila retrata de uma nostalgia e tristeza, pela à situação de abandono de alguns prédios remeta-se imediatamente ao INSS, é visível que muitos dos moradores jamais tiveram qualquer respeito à arquitetura original do local.
  No ano de 1969, as casas foram vendidas pelo sistema financeiro da habitação a seus moradores em 1970, deixou de ser uma vila particular para se transformar em logradouro público.
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3.2 VILA ITORORÓ

A Vila Itororó, se retrata de um  conjunto remanescente de casas construídas nos anos 1920 trazendo as casas de alugueis, na grande São Paulo. Suas origens, poe a se confudir se com a história das artes cênicas da cidade: O Teatro São José. Este foi um imponente teatro de nossa cidade, que ficava se, onde hoje está atualmente o edifício do Shopping Light .
Após o trágico ocorrido, apenas as paredes e decorações externas como colunas gregas, esculturas e vitrais que foram todas arrematadas pelo comerciante português Francisco de Castro, que transportou todo o material da demolição do teatro para seu terreno de 4500 metros quadrados na região da Bela Vista.
A Vila,  leva este nome em homenagem à uma nascente do Riacho do Itororó, que ficava onde hoje se encontra a avenida 23 de maio, e que abastecia a piscina da vila, a primeira particular de São Paulo.
Passa atualmente por um processo de restauração e renovação, com a colaboração da 
Prefeitura, tendo se um processo, mais  firme . O local reúne um palacete e mais de 20 casas construídas na década de 1920. 
O projeto de revitalização da 
Vila Itororó teve início em 2014 e deverá ser concluído em 2018. Os primeiros edifícios do complexo, entretanto, serão restaurados de modo concomitante às atividades e devem ser reabertos já a partir desse ano atual de 2016. 
Será inaugurado uma nova geração de equipamentos culturais, concebidos, desenvolvidos e geridos de maneira compartilhada, em diálogo com as demandas da população local, seguindo um processo participativo inédito e inovador. O processo de renovação em curso não pretende regressar a um passado distante ou se desvincular dos recentes acontecimentos, mas está sendo desenvolvido com a intenção de trabalhar no presente a história do conjunto arquitetônico tombado pelos órgãos de patrimônio histórico municipal e estadual. 
Nos últimos anos a Vila foi desapropriada para ser transformada em um projeto cultural
. Esse espaço é um manifesto que mostra que existem alternativas aos modelos vigentes de centros culturais; que o patrimônio é vivo e pode ser ativado, independente do seu estado de preservação; e que se deve repensar os usos futuros da Vila a partir das experimentações e dos debates públicos que hoje acontecem nela. 
Logo na entrada é possível há avistar , dois leões de estilo assírio-babilônico e a belíssima e exótica estátua de bronze da Deusa da Prosperidade.
Serão restauradas as casas, a piscina, o ruamento e o palacete que compõem a vila. Após as obras, esses espaços poderão ser ocupados com atividades como residências artísticas, pesquisas e laboratórios de economia criativa, por exemplo. O projeto de ocupação será construído de maneira participativa, inclusive com a comunidade do entorno e com antigos moradores dos imóveis. O objetivo deste diálogo é a reincorporação da vila no cotidiano do bairro.
Se encontra mais de, sete mil metros quadrados se transformará em um complexo cultural formado pelo galpão, onde hoje funciona o canteiro de obras, por 10 casas restauradas e pela piscina. Estão planejados ainda um bicicletário, uma horta e uma cozinha abertas ao público. Assim finalizando as obras, e terá acesso pelas quatros vias do quarteirão, integrado pelas
ruas Pedroso, Maestro Cadin, Monsenhor Passalacqua e Martiniano de Carvalho.

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