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Bairro Da Liberdade.

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Por:   •  13/4/2013  •  1.485 Palavras (6 Páginas)  •  1.131 Visualizações

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Bairro da Liberdade.

Conhecido como “A São Paulo japonesa” o bairro oriental já foi palco de grandes lutas na história da cidade, o nome Liberdade vem dos tempos da abolição dos escravos. Antes área era conhecida como Campo da Forca,no centro do bairro fica a Igreja da Santa Cruz que é mais conhecida como a Igreja dos Enforcados por volta de 1770 existiu um dos primeiros cemitérios da capital onde eram enterrados os escravos

A história e a lenda se misturam na história do bairro um episódio ficou muito conhecido no bairro que foi o do soldado Francisco José de Chagas que ocorreu no final do século 19. Em 1821 o soldado Francisco José de Chagas foi condenado à morte por ser considerado líder de uma rebelião contra os atrasos nos salários, isso faz parte da história, agora a lenda diz que sua execução foi em praça pública por enforcamento porem a corda se rompeu por três vezes e o soldado acabou sendo morto a pauladas e o povo que estava presente na praça viu em tal fato um milagre e gritaram "Liberdade". Chaguinhas como era conhecido o soldado foi enterrado no Cemitério dos Escravos que ficava entre a rua dos Estudantes e a rua Almeida Júnior a capela desse cemitério é a Igreja dos Aflitos que ainda existe até hoje. Capela dos Aflitos (Herman Graeser/Sphan, 1939)tirada do site http://www.sobrenatural.org

Um acontecimento que contribuiu para o crescimento do bairro foi a abertura de uma nova estrada em 1864,essa nova estrada foi aberta por José Vergueiro (filho do senador Vergueiro) e essa foi chamada Estrada do Vergueiro e também ficou conhecida como Estrada Nova para Santos no trecho que ia do largo da Liberdade até sua bifurcação como ramo que seguia para Santo Amaro. O bairro da Liberdade localizado no antigo "Caminho do carro que vai para Santo Amaro" teve outro nome no inicio da ocupação do Brasil pelos portugueses O Largo da Forca. O Campo da Forca tinha sido instalado no outeiro do Tabatinguera,seu nome foi alterado em 1858 e aprovado pela Câmara Municipal passando a se chamar Largo da Liberdade.

Em 18 de junho de 1908 chega ao porto de Santos o navio Kasato-Maru, trazendo os primeiros 782 imigrantes japoneses para o Brasil, deixaram o porto de Kobe em 28 de abril para "fazer a América" que na época significava plantar café no interior de São Paulo, porem muitos não se acostumaram a vida quase escrava que levavam nas fazendas e voltaram para a capital nos anos seguintes chegaram mais de 30 navios cheios de japoneses e a Liberdade foi abrigando vários deles. Cada um que não se dava bem no interior tinha proteção entre os moradores até conseguir se acertar na capital o desenvolvimento foi inevitável e o bairro ao longo do tempo recebeu características orientais e assim vieram outros povos asiáticos como chineses e coreanos.

Entre a av. Liberdade, a Rua Vergueiro, a av. Brigadeiro Luis Antonio e a Rua Domingos de Moraes acolheram parte da população oriental que mora na cidade instalaram ali muitos restaurantes, lojas de produtos típicos, associações e entidades culturais. Na Rua Tomas de Lima, existi o Museu da Associação Okinawa do Brasil, feito em homenagem aos primeiros japoneses que chegaram ao Brasil em 1908,e está aberto para visitação de segunda a sexta em horário comercial. Há um Centro de Estudos Nipo-Brasileiro situado na Rua São Joaquim, 381que foi fundada após a Segunda Guerra Mundial e desenvolve estudos sobre a imigração japonesa no Brasil e possui uma biblioteca aberta ao público.

Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas um dos motivos para procurarem essa rua é que quase todas tinha porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram muito baratos nesses quartos moravam apenas grupos de pessoas para aqueles imigrantes, aquele cantinho da cidade significava esperança por dias melhores e por ser um bairro central de lá podiam se locomover facilmente para os locais de trabalho. Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do Pinhal, Conselheiro Furtado, Tomás de Lima (Hoje Mituto Mizumoto), onde em 1914 foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo, e dos Estudantes.

Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a comunidade nipo brasileira. Em 1965 foi fundada a Associação de Confraternização dos Lojistas do Bairro da Liberdade, percursora da Associação Cultural e Assistencial da Liberdade ACAL, sob a presidência de Yoshikazu Tanaka, para defender os interesses do bairro perante as autoridades municipais e estaduais. Com a crescente criminalidade do bairro, promovem encontro com os responsáveis pela Secretaria de Segurança Pública, Polícias Civil e Militar. Na década de 60, as atividades e os interesses dos japoneses em São Paulo foram conduzidas pela Associação Cultural Japonesa (hoje Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa) e pela Associação dos Lojistas, pois eram as duas entidades mais representativas da comunidade.

A vida não era fácil para os imigrantes japoneses que viviam em São Paulo mas havia trabalho, comida e moradia,nos anos 20 e 30 eles já estavam acostumados com à vida que tinham na cidade. Havia jogos de beisebol nos fins de semana, as crianças podiam estudar em escolas de ensino do idioma japonês podiam saborear comida japonesa nas pensões e ler publicações em japonês.Em julho de 1941 o governo ordenou a suspensão da publicação dos jornais em língua japonesa por causa do início da segunda guerra, em 1942 o governo de Getúlio Vargas rompeu relações diplomáticas com o Japão, fechando

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