História da Arquitetura e do Urbanismo Contemporâneo
Por: Tainá Couto • 23/11/2018 • Artigo • 2.898 Palavras (12 Páginas) • 230 Visualizações
Centro Universitário Ruy Barbosa – Wyden
História da Arquitetura e do Urbanismo Contemporâneo
Arquitetura e Urbanismo Moderno
Lucas Vitório
Milena Bertoldo
Tainá Couto
Victória Henndy
Salvador / Ba
2018
APRESENTAÇÃO
O objetivo desse artigo é discutir a importância da arquitetura e do urbanismo moderno para a nossa realidade atual, trazendo aspectos inseridos na nossa cultura, na arquitetura, na vida cotidiana e a compreensão da produção construtiva arquitetônica na atualidade.
O estudo teórico foi realizado através de uma metodologia bibliográfica, em busca de dados reais e referências que acrescentassem o conhecimento atual do tema ao presente artigo.
A arquitetura e o urbanismo moderno são considerados uma das heranças mais importantes das manifestações construtivas e plásticas que evidenciaram o período moderno de grande renovação, pois se marcou como um dos momentos de renúncia aos estilos considerados tradicionais, desenvolvendo uma nova essência de unificar a arte com a funcionalidade e a técnica, para assim, atender as necessidades sociais.
No Brasil, esse movimento se iniciou através do evento chamado Semana de Arte Moderna que aconteceu no ano de 1922, na qual, teve como objetivo apresentar tendências inovadoras existentes em outros países e fazer com que a sociedade pensasse em características arquitetônica e urbanística que valorizasse a vida cotidiana.
Houve certa influência da Escola de Bauhaus, que foi uma escola precursora no que diz respeito à arquitetura, design e artes plásticas, na qual, trouxe elementos da funcionalidade racional dos objetos, ou seja, a simplificação das formas promovendo a interação entre o homem e o ambiente.
Além da influência de Bauhaus, a arquitetura e urbanismo moderno tiveram características inseridas da Revolução Industrial e de alguns autores da arquitetura como: Le Corbusier, Frank Lloyd Wright, Mies van der Rohe, Oscar Niemeyer, Lucio Costa e entre outros. O Arts and Crafts também foi um movimento moderno que se evidenciou pela sua forma de mostrar a arquitetura pelas características orgânicas e pela valorização do trabalho artesanal e com isso fez com que a arquitetura e o urbanismo moderno rejeitassem os estilos passados.
DESENVOLVIMENTO
A arquitetura moderna se embasou nos ideais da Idade Moderna e se fortaleceu com as facilidades vindas de um novo meio de produção pós Revolução Industrial, surgiu no início do século XX, como forma de protesto, provocando rupturas sociais e psicológicas decorrentes da Segunda Guerra Mundial, uma mudança drástica na forma de viver das pessoas, mudança política, econômica, criando novas formas de produção, novos padrões de comportamento, industrialização e urbanização, desenvolvimento dos sistemas de transporte, tecnologia, ciência e também a comunicação de massa.
Nas civilizações do passado, as classes inferiores mostraram-se capazes de produzir uma cultura própria; é certo que não de maneira autônima, senão apropriando-se, em geral, dos modelos e experiências da classe dominante e de seus mediadores culturais[1].
As mudanças que ocorreram nessa fase refletem até hoje, mundialmente, tanto no âmbito comportamental com também na arquitetura, nas formas construtivas das cidades, no seu desenvolvimento. O estilo moderno privilegia tudo que é simples, onde o “menos é mais”, frase de Mies Van Der Rohe, traduz seu estilo, onde a prioridade era a praticidade e funcionalidade permitindo maior integração entre os ambientes, tal característica é visível principalmente nas formas básicas e na matéria prima utilizada, como o concreto aparente, o aço e o vidro, que foram os materiais mais utilizados na arquitetura moderna, pós Revolução Industrial, que mudou a maneira de produzir e revolucionou a qualidade dos materiais de construção através de novas tecnologias, um período marcado também pela valorização das funções sociais, onde os arquitetos Mies Van Der Roh, Le Corbusier, Frank Lloyd Wright.
Com efeito, a história do Movimento Moderno foi tratada, sobretudo à luz de uma espécie de star-system um tanto semelhante àquele que se afirmou nos anos 20-30 no mundo do cinema, com seus autores e diretores. Le Corbusier, Gropius, Mies van der Rohe, Wright foram considerados inventores dos sistemas compositivos absolutamente originais, revolucionistas ligados a uma tradição única: a do Movimento Moderno[2].
É visto que historicamente, a arquitetura e o urbanismo moderno pretendiam quebrar com padrões históricos do passado para se tornar um Estilo Internacional, no qual, resolveu contradizer ideais construtivos vanguardistas que provocaram uma ruptura nas manifestações artísticas e culturais durante o modernismo.
Nessa época a produção arquitetônica sofreu várias influências de escolas e tendências que consolidava uma identidade desse movimento, que ocasionou características que contrariasse os estilos arquitetônicos anteriores. “A primeira e mais clara característica é a rejeição por parte dos modernos do repertório formal do passado e a aversão deles à ideia de estilo.” [3]
A trajetória histórica da arquitetura e do urbanismo sofreu grande impacto da Revolução Industrial que veio trazendo um grande aperfeiçoamento tecnológico e diversas intervenções no contexto urbanístico, assim, ocasionando o conceito de “cidades-jardins”.
A estética fez parte do contexto de definição da arte como estudo de conceitos de interpretação do seu papel na vida cotidiana da sociedade, trazendo “visões de mundo que, ainda que presas às formas e conceitos do passado, de alguma forma propunham novos caminhos para a estética do futuro” [4]. E a partir disso que surgiram a influências de escolas e movimentos como: A Bauhaus e o Arts and Crafts, que trouxeram paradigmas fundamentais para o movimento modernista.
A BAUHAUS
“A Bauhaus, ou como é conhecida, Staatliches Hauhaus (casa estatal de construção), é uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha” [5]. A escola lutava pela expressão da arte, na qual, as pessoas poderiam ter total liberdade para transparecer sua personalidade perante a sociedade.
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