SEMINÁRIO ARQUITETURA URBANISMO PAISAGISMO CONTEMPORÂNEO: ANALISES
Por: Well Silva • 7/11/2018 • Trabalho acadêmico • 3.644 Palavras (15 Páginas) • 736 Visualizações
ALUNO
SEMINARIO ARQUITETUA URBANISMO PAISAGISMO CONTEMP: ANALISES
Trabalho para obtenção da Nota da NP2 em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Aluno:
Professor
Assis - SP 2018
FUNDAMENTAÇÃO DO TRABALHO:
ARQUITETURA ESCOLAR
A educação no Brasil é um tema recorrente em produções acadêmicas. O país luta hoje para elevar o grau de escolaridade de toda a população, diminuir os abismos sociais e proporcionar uma melhor educação a todos. A arquitetura tem papel fundamental por ser palco para os desenvolvimentos das atividades educacionais. Segundo Kowaltowski (2011) os elementos arquitetônicos dos ambientes de ensino estão diretamente ligados com o desempenho acadêmico e, consequentemente, com a aprendizagem.
Realizar um projeto para abrigar uma escola é um papel desafiador, pois o arquiteto tem que respeitar o projeto político pedagógico de ensino previamente estabelecido pelos responsáveis e criar um projeto que se adeque ao mesmo. Kowaltowski explica que o arquiteto ao definir espaços, pode acabar influenciando a definição do conceito de ensino na escola.
Por essa razão, cabe ao arquiteto o conhecimento dos aspectos pedagógicos, uma vez que eles refletem o tipo de atividade que as escolas vão desenvolver e, consequentemente, são elementos essenciais à definição do programa de necessidades de cada edificação escolar. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 12)
Devido a isso, outro ponto que deve ser ressaltado é a qualidade funcional e existência de espaços adequados. A falta de ambientes e equipamentos que são primordiais para o desenvolvimento das atividades acaba por retardar ou congelar o conhecimento dos alunos, os impedindo de progredir e desenvolver suas ideias de maneira completa.
Ainda segundo a autora Doris Kowaltowski importância de se atentar para questões de conforto ambiental é primordial para o melhor aproveitado e bem-estar dos ocupantes.
A arquitetura escolar e a satisfação do usuário em relação à qualidade do ambiente estão diretamente ligadas ao conforto ambiental, que inclui os aspectos térmico, visual, acústico e funcional proporcionados pelos espaços externos e internos. […] A importância do conforto ambiental em
relação à produtividade no trabalho ou na aprendizagem depende, em primeiro lugar, do projeto do edifício e de seus ajustes às atividades do usuário. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 111).
A aprendizagem pode também ser relacionada a fatores como condições internas e qualidade do ar, temperatura e umidade, ventilação e iluminação, cores das paredes e acústica das salas de aula. Alterações nesses aspectos podem causar diversas mazelas, tanto físicas quanto psicológicas, comprometendo o processo de aprendizado.
Situações de desconforto causadas seja por temperaturas extremas, falta de ventilação adequada, umidade excessiva combinada com temperaturas elevadas ou por radiação térmica de superfícies muito aquecidas podem ser prejudiciais e causar sonolência, alteração nos batimentos cardíacos, aumento da sudação. Psicologicamente, provoca apatia e desinteresse pelo trabalho. Essas situações são extremamente desfavoráveis num ambiente escolar. (KOWALTOWSKI, 2011, Pag 141)
A abordagem acima é preocupante em todos os ambientes, seja ele escolar ou não, mas ao trazermos para a realidade universitária, se torna um pouco mais grave. A universidade tem papel transformador na nossa sociedade, é nela que são formados os profissionais que atuam para transformar e desenvolver o país.
ANÁLISES DE REFERÊNCIAS SEDE DO SEBRAE
Imagem 1 – Fachada sede Centro Paula Souza – SP
FICHA TÉCNICA[pic 2]
Projeto: 2008
Obra: 2010
Arquitetura, Comunicação Visual, Ambientação e Mobiliário: Luciano Margotto, Álvaro Puntoni, João Sodré e Jonathan Davies
Área do terreno: 10.000 m²
Área construída: 24.151 m²
Fonte: Foto Nelson kon
Arquitetura
O partido adotado no projeto responde a um só tempo às condicionantes urbanísticas de Brasília – incluindo as características topográficas do terreno – e ao caráter da arquitetura que se pretende para a nova sede do Sebrae Nacional. O que se propõe não é um edifício, mas um conjunto arquitetônico com ênfase na espacialidade interna, objetivando a integração dos usuários assim como da paisagem construída e natural; máxima flexibilidade para a organização dos escritórios; e preocupação em se obter ótimo desempenho ambiental e econômico.
O pátio
Todo o conjunto se desenvolve a partir de uma espacialidade interior.
Desenvolvido em planta, o vazio adquire grande presença no interior do conjunto, na forma de pátio, no qual se localizam as atividades mais públicas. Ao redor desta praça interna, no térreo inferior, encontra-se o espaço de formação e treinamento, salas multiuso, auditório, biblioteca e cafeteria, enquanto, no térreo superior, estão os principais acessos do conjunto, com varandas abertas à cidade e ao lago.
A topografia e o sentido espacial: o térreo multiplicado
São dois os térreos. Optou-se por abrir um plano construído abaixo do
nível da soleira, integrando-o verticalmente ao nível dos acessos, como térreos multiplicados, iluminados e ventilados pelo espaço livre que os circunscreve, o que lhes concede expressão arquitetônica. O chão do edifício, público, é construído, portanto, distinto do terreno natural que o circunda, destinado às áreas verdes permeáveis.
Imagem 2 – sede Sebrae[pic 3]
Fonte: Foto Nelson kon
A distribuição do programa
O arranjo do programa está diretamente ligado à disposição das peças edificadas no terreno. Na base do conjunto (térreo inferior e térreo superior), encontram-se as funções coletivas, as atividades que, por vezes, recebem colaboradores ou público externo. Esses espaços estão organizados e articulados pela Praça de Estar, marcada ainda pela presença do auditório. As funções administrativas e o corpo diretivo concentram-se nos pavimentos superiores. Nos pavimentos inferiores, localizam-se a garagem e as atividades administrativas relacionadas a serviços e manutenção predial.
...