Livro Da Bauhaus Ao Nosso Caos - Resenha
Por: hbrito • 4/12/2016 • Resenha • 331 Palavras (2 Páginas) • 869 Visualizações
Livro Da Bauhaus Ao Nosso Caos - Resenha
Tom Wolfe apresenta um discurso crítico com relação à decadência da arquitetura com o passar do tempo, desde a origem da arquitetura moderna. Sua crítica se dá principalmente pela repetição plástica em edificações, além da falta de criatividade ocorrida desde a Bauhaus, fundada por Walter Gropius, na Alemanha. A Bauhaus foi uma escola de artes que tinha como objetivo unificar disciplinas como arquitetura, escultura, pintura e desenho industrial. Procurava linhas simplificadas, revolucionando o design moderno.
Por conta do contexto pós-guerra, Gropius procura negar a burguesia, por defender o lado operário. Torna-se acirrada, portanto, a luta para ser menos burguês. A funcionalidade se tornara precedência de qualquer outro aspecto em se tratando das edificações, inclusive dos mobiliários, e foram caracterizados pela falta de ornamentação, cor, originalidade, entrando no contexto da repetição. Em vigência de tentar reeducar a sociedade, era empregado o slogan “começar do zero”, com uma única tipologia arquitetônica. A nova arquitetura tinha, portanto, como prioridade os operários, as habitações do trabalhador.
Esse pensamento foi contribuído pelo movimento De Stijil, que surgiu em grande parte em resposta aos horrores da Primeira Guerra Mundial e pelo desejo de refazer a sociedade. Visualizando a arte como meio de redenção social e espiritual, os artistas desse movimento abraçaram uma visão utópica da arte e seu potencial transformador. Sua influência foi mais notável talvez dentro do campo da arquitetura, ajudando a dar origem ao International Style, dos anos 1920 e 1930.
Tom Wolfe critica a falha histórica da ambiguidade arquitetônica, que se torna desprovida de significados que não sejam genéricos. A repulsa ao movimento modernista é visível, uma vez que a criatividade da arquitetura foi se perdendo, repetindo-se a teoria dos ditos “sábios” do momento. A crítica é também a grandes nomes da arquitetura moderna, especificamente dos formados pelo viés da Bauhaus, como Corbusier e Mies Van der Rohe. O movimento, ao migrar para os EUA, encontra outro rumo e se enquadra, portanto, em uma apreciação de valores.
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