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Livro arquitetura, industrialização e desenvolvimento

Por:   •  31/10/2016  •  Resenha  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  846 Visualizações

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1.CONCEITUAÇÃO PRELIMINAR

A industrialização da construção é acompanhada por um notável trabalho de pesquisa, com o objetivo de encontrar soluções novas e adequadas para problemas estruturais e metodológicos da construção. A maioria desses trabalhos são estrangeiros e acabam resultando da análise de experiências e individualidades, tanto sociais como técnicas, de cada país.

Aponta-se que essa discussão em geral, é demasiadamente técnica e rasa, ao tratar de materiais e processos, problemas e sistemas existentes, sem ter uma real profundidade do problema. Como por exemplo, sobre sistemas de alumínio ou concreto. Os livros e congressos que abordam esses assuntos, incluem diferentes soluções e propostas sob a mesma denominação de industrialização da construção. Isto acabou gerando conflito de termos e finalidade dos métodos e soluções restritas aos problemas particulares da obra, ou gerais como em um verdadeiro sistema industrial: pré-fabricação e industrialização de construção.

Nota-se que no Brasil a literatura técnica é menor, e ainda não pode ser sistematizada de forma abrangente. Arquitetos, engenheiros, construtores e industriais, têm colocado a questão do esclarecimento dos sistemas industriais e pré-fabricados.

Descreve-se a pré-fabricação dos elementos de uma construção, como uma fase de industrialização, e que ao contrário desta, não está associada aos conceitos de organização e produção em série. O elemento é apenas pré-fabricado, e não uma produção industrial.

Por sua vez, a industrialização se associa à organização e produção em série. A mecanização dos meios de produção acompanha a história da industrialização, e pode ser dividida em grandes fases nesta evolução.

A primeira fase corresponde ao nascimento das máquinas genéricas, as quais reproduziam as mesmas funções artesanais anteriormente executadas, porém, com uma energia não mais muscular ou natural, cabendo ao operário, a função de comandá-la. São máquinas capazes de realizar múltiplas ações produtivas.

Na segunda fase, ocorre uma objetivação das funções das máquinas. O trabalho manual é dividido em atividades unitárias mais simples, enquanto seu operador realiza um trabalho repetitivo, limitando seu raciocínio, que deve ser realizado no menor tempo possível, para melhores resultados econômicos e qualitativos. A partir disto, verifica-se que o trabalho se torna sistemático, acompanhado automaticamente da qualidade, que anteriormente dependia do trabalho empírico, que dependia da capacidade pessoal do trabalhador.

O início do século XIX é marcado pelo surgimento das primeiras fabricas de produção em massa, tais como a usina de Portsmouth (1808), oficinas Hartford em Colt (1848), e Arkwright (1775). Um ponto interessante a se apontar sobre a primeira, é que ela empregou na produção 10 operários não especializados, que executavam um trabalho para o qual havia antes 110 trabalhadores especializados, o que mostra justamente a transformação do sistema empírico para o sistemático.

A vontade de repetição, introduziu o princípio da produção em série. Não necessariamente no quesito quantidade, mas no de uma unidade artesanal. Começou-se a pensar além da produção até se chegar na linha de montagem, que engloba a produção, transporte do material, e do produto acabado.

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