MORFOLOGIA UR BANA E DESENHO DA CIDADE
Por: pisdaydreaming • 19/9/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 1.521 Palavras (7 Páginas) • 298 Visualizações
4 RESUMO DE MORFOLOGIA UR BANA E DESENHO DA CIDADE, JOSÉ LAMAS adapta à forma, ou a mesma função pod e coexistir e processar-se em formas diferentes, “FUNCTION FOLLOWS FOR M”. Por exemplo, qualquer equipamento, como os cinemas ou os teatros, deve antes do mais, funcionar, ou se ja, centram-se no fu ncio nament o do programa. A estética funcionalista estende-se ao desenho de interiores, à decoração, ao desenho industrial, à moda e ao vestiário, o bom funcionamento torna-se por si só um item de qualidade. A organização funcionalista das cid ades anulou as consi derações morfológicas. O zonamento e a atribuição de uma função exclusiva a cada parcela d o territó rio tornaram-se métodos universais d o urbanismo, produzindo cidades monótonas e pouco estimulantes, sem lugar p ara a surpresa, a complexidade e a emoção. O funcionalismo foi, sem dúvida, uma teoria urbanística e arquitectónica, mas foi , antes do mais, uma estraté gia de representação dese nhada e construída, traduziu-se mais pela imagem estética, gráfica e espacial do que por uma correlação exacta da forma com a função. Por outro lado uma mesma função pode existir convenientemente em formas distintas, a reutilização de antigos edifícios tem permitido obter excelentes resultados no grau de utilização, significado estético e quantidade ambiental. A co ncepção da forma não se esgo ta na correspo ndência a uma ou mais funções, tem também moti vações mais complexas e profundas. A forma arquitectónica é a maneira como as partes ou estratos se encontram dispostos no objecto e também o poder de explicitar e evidenciar esta disposição. É unicamente através da figura que podemos descobrir o sentido do fenómeno e reconstruir a totalidade, a pluralidade dos seus elementos construtivos e d as suas proposiçõe s. O que caracteriza a obra arquit ectural é de natureza eminentemente figurativa. Entende-se p or aspectos figurativos, os aspectos da forma que são comunicáveis atr avés dos sentidos. E “figura”, ao poder de co municação estética da forma, ou seja, ao mod o como se organizam as difere ntes partes que constituem a forma, com objectivos de comunicação. Os valores estéticos só são comunicáveis através dos sentidos e que, apesar das características da forma não se resumirem aos aspectos sensoriais, est es são determinados na sua co mpreensão. - Sistema de orientação: respeita o esquilíbrio vertical e também as cimas de cima/baixo, esquerda/direita, etc., que permitem ao homem orientar-se na cidade. É como um “sexto sentido”, que numa cidade dependerá fundamentalmente do s sistemas de referência: marcas ou mon umentos, zonas ou b airros, etc. - Sistema visual : É através da visão que se constrói a parte mais importante da imagem da ci dade, no entanto , o sistema d e observação do espaço urbano, pressupõe o movimento e a apreensão do espaço em sequência visual. - Si stema táctil: Aqui se incluem todas as percepções té rmicas e de fricção com a atmosfera: o vento , as correntes de ar, o calor, o frio, que també m são importante s na vivência, compreensão e caracterização da cidade. - Sistema olfacti vo: Este sistema pertence essexncialmente à experi ência da cidade, embora seja um factor de menor controlo e incidência no desenho da forma urbana, tal como tem sido analisad a. PRODUÇÃO E FORMA DA CIDADE E PRODUÇÃO FO RMA DO TE RRIT Ó RIO A expressão território designa a extensão da superfície terrestre na qual vive um grupo humano, ou melhor, o espaço construido pelo homem, em oposição ao que poderíamos desig nar por espaço natural, e que não terá sido humanizado. A for ma humana não pode ser desligada do seu suporte geográfico, ou seja, o território preexistente constitui sempre um ele mento determinante na criação arquit ectónica. A paisagem humanizada e a paisagem natural adquiriram q ualidades figurativas, foram carregadas co m atributos de beleza, capazes de pro vocar a emoção estética, permite então considerar que as operações sobre a paisagem são também do domínio arquitectónico-urbanístico.
5 RESUMO DE MORFOLOGIA UR BANA E DESENHO DA CIDADE, JOSÉ LAMAS DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOL OGIA URBA NA A compreensão e concepção das fo rmas urbanas ou do território colo ca-se a diferentes níveis, diferenciados pelas unidades de leitura e de concepção. Dimensã o sect orial: É a mais pequena unidade, ou porção de espaço urbano, com forma própria. Uma infinidade de elementos que organizados entre si, definem a forma urbana (edifícios, o traçado, estrutura verde, mobiliário urbano). Dime nsã o ur bana: Pressupõe uma estrutura de ruas, praças ou formas de escalas inferiores. Os elementos morfológicos têm de ser identificados com as formas a escalas diferentes e a análise da forma nece ssita do movimento e dos vários percursos (traçados e praças, quarteirõ es e monumentos, jardins e áre as verdes). Dimensão territorial: A forma estrutura-se atravé s da articulação de diferentes formas à dimensão urbana. A forma das cidades define-se pela distribuição dos seus elementos primários ou estruturantes (bairros, grande infra-estruturas viárias e grandes zonas verdes). Tricart define três escalas principais na paisag em urbana: escala da rua, escala do b airro e a escala da cidad e inteira. Estas categori as estabelecidas permitem sistematizar o co nhecimento do espaço urbano. O desenho urbano – por nece ssidades da estrutura mental e operativa humana organiza a forma pe la adição e composição dos elementos morfológi cos, ou formas de escalas inferiores. Esta classificação pretende clari ficar a leitura do território, articulando-a com os diferentes níveis de produção do espaço. OS ELEMENTOS MO RFOLÓ GIC OS DO ESP AÇO URB AN O Solo: É a partir do território existente e da sua topografia que se desenha ou constrói a cidade. O pavimento é um elemento de grande importância no espaço urbano, contudo de uma grande fragilidade e sujeito a inúmeras mudanças. Os edifícios: É através dos ed ifícios que se consti tui o esp aço urbano e se organizam os diferentes espaços identificáveis e com
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