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Narrativa Contemporânea Sobre a História da Arte do Renascimento ao Barroco

Por:   •  8/10/2022  •  Dissertação  •  1.345 Palavras (6 Páginas)  •  153 Visualizações

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Narrativa contemporânea sobre a História da Arte do Renascimento ao Barroco.

 

 

 

 

Hildon Carlos Freitas Rocha Filho  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Laranjeiras, SE

2022

1 - Como o Renascimento permitiu o desenvolvimento artístico associado à ciência moderna?

Falar sobre renascimento é falar sobre um tema absolutamente fascinante, eventualmente seja o tema que mais possua bibliografia na história da arte ocidental, muitos autores escreveram sobre ele e muitos ainda continuam pesquisando. Desse modo, dada a riqueza dessa discussão que diz respeito a como o Renascimento permitiu o desenvolvimento artístico associado à ciência moderna, é importante entender o que acontece nesse período e porque ele é tão emblemático, é no Renascimento que desponta o moderno conceito de arte e o moderno conceito de artista. Muitas vezes pensar sobre ele é pensar num movimento italiano, mas ele não foi apenas um movimento italiano porque ele aconteceu de formas diferentes em várias regiões da Europa. Teve, sim, um foco vasto na Itália, de modo especial na região da Toscana. O Renascimento em grande parte é resultado de uma tragedia que aconteceu na Europa que foi a peste negra que deixou um sentimento naqueles sobreviventes que é o de festejar, que é necessário viver intensamente, que é necessário viver coisas novas.  

Refletir sobre Renascimento é entender o que as pessoas daquela época passaram para necessitar de uma mudança, pois nessa altura do campeonato o sistema feudal não funcionava mais como antes e entrou em crise as pessoas, visto isso as pessoas não queriam mais viver confinadas em pequenos espaços, que eram os feudos, para essa mudança foi necessário apropriar-se dos conceitos racionais e humanistas típicos do classicismo da Grécia e da Roma antiga, essas ideias mudaram o foco das ações sociais, pois antes a vida das pessoas era pautada nas normas da igreja católica e com o Renascimento isso mudou, passando a ser prioridade as vontades do homem nas escolhas que os indivíduos fazem para si mesmos, entretanto isso não quer dizer que a religião perdeu a importância ela apenas deixou de ser o eixo que norteava o modo de viver. Nesse contexto, o Renascimento pode ser reconhecido por sete características que são elas: o antropocentrismo, o hedonismo, o racionalismo, o naturalismo, o classicismo, o individualismo e o otimismo. Dando nos dois primeiros conceitos, o primeiro fala sobre o homem ser o centro, ou seja, o homem ser o protagonista da sua vida e o hedonismo em que se baseia na crença do apego as coisas materiais e sensoriais, totalmente diferente da crença teocêntrica da Idade Média. Consequentemente, baseado nesses conceitos, o homem passa a ser o centro de todas as intenções sendo o principal assunto a ser explorado pelas ciências e pelas artes, os intelectuais observavam e faziam experimentos para entender sobre esse universo que é o ser humano, entendendo a relação entre o homem e seu meio.

Trazendo o movimento artístico para a cena, é necessário falar sobre alguns dos exímios artistas que surgiram nesse período como o Leonardo da Vinci, Michelangelo, Botticelli e Giotto, que utilizou bastante as ideias de Ceninno Cennini baseadas no Il libro dell’arte,  que são só alguns dos inúmeros artistas que se pode destacar, entre os escritores Dante e Camões são exemplos. Pode dividir esses artistas em três períodos o Trecento (séc. XIV), Quattrocento (séc. XV) e o Cinquencento (séc. XVI), em geral todos esses períodos tem características parecidas como a pratica do Mecenato, que é a pratica de nobres mercadores de incentivar a cena artística das principais cidades italianas durante o renascentismo, mas no cinquencento as grandes navegações afetaram a economia italiana tanto que o Renascimento se espalhou para vários países da Europa.    

Já se falou que o Renascimento foi um período de mudança, de ruptura em relação a cultura medieval, mudanças significativas na pintura, na escultura, na arquitetura que resgata valores antigos nas artes que se perderam no mundo medieval, onde o medo pela idolatria fazia com que as obras não se aproximassem tanto da representação perfeita que é o que busca o renascimento. O artista renascentista tinha facilidade em se comunicar com o sentimento das pessoas, existia um apego as ideias de tridimensionalidade, de perspectiva, apego a anatomia que está se pesquisando do corpo, pois conhecendo a anatomia humana fica mais fácil para o artista recriar corpos parecidos com o real, a inserção da matemática facilitou também pois com ela veio soluções mais exatas usando cálculos de proporções, como por exemplo a proporção

Aurea. Ressalva-se o “medo” que ainda existia da igreja, o que fazia que muitas obras fossem ligadas a ela, até porque o artista necessitava dos Mecenas, que era o financiamento das obras de arte, desse modo ele não podia contrariar os anseios da sociedade. Cita-se obras como “Santíssima Trindade” de El Greco onde se aproximava do religioso, “O Nascimento de Vênus” de Botticelli que se aproximava dos ideais romanos, emblemática “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci e “A Criação de Adão” de Michelangelo onde fica evidente o uso de proporções matemáticas, uso de anatomia e a temática cristã não fugindo da temática da razão.

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