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Renascimento, barroco e neoclassicismo

Por:   •  20/6/2017  •  Resenha  •  2.509 Palavras (11 Páginas)  •  3.005 Visualizações

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Disciplina: História Geral da Arte

Turma: AU1P30

Alunos (as): Juliana Sampaio – D411241

Prof(a): Mara Raquel Rodrigues de Paula

RENASCIMENTO, BARROCO E NEOCLASSICISMO

Brasília

2017

  1. RENASCIMENTO

A renascença pode ser descrita como uma revolução artística, política, econômica e cultural que teve seu início no século XIV e durou até o início do século XVII. Habitualmente, é retratada como a “Idade das Luzes” em contraponto com a “Idade das Trevas”, vista como um período obscuro onde a ciência, arte e filosofia mantiveram-se estagnadas. O próprio nome “Idade Média” é oriundo da crença de que o desenvolvimento artístico e filosófico deu-se apenas durante a idade antiga e foi retomado no renascimento, sendo o período entre um e outro considerado um tempo intermediário.

Tal caracterização equivocada é explicada por Gombrich (2013) que afirma que os italianos do século XIV, tinham a crença de que toda a produção artística e cultural havia sido realizada no período clássico, e que tinham sido destruídas durante as invasões dos germânicos, vândalos e godos ao Império Romano. Eles atribuíram a si mesmos o papel de reavivar a antiga glória de Roma e batizaram a arte característica do fim da idade média como gótica. Um termo pejorativo, que significava “arte dos godos”, um povo considerado bárbaro. O que é uma explicação simplista e inexata desde que os godos invadiram Roma setecentos antes do surgimento da arte gótica.

Deste modo, tendo como base os preceitos da arte clássica, diversos artistas italianos começaram o que se pode chamar de uma revolução artística. Em paralelo com o surgimento da arte moderna, o renascimento renegou toda a arte produzida no período anterior e os artistas passaram a buscar auxílio na ciência, no estudo da anatomia e na matemática que unido ao conceito de simetria da beleza clássica deu início a um novo estilo de arte.

De acordo com Miranda (2010), o líder deste movimento foi o arquiteto Filippo Brunelleschi, que também era pintor, escultor, matemático e geômetra. Através de estudos da arquitetura grega, ele resgatou o uso de colunas, cornijas, frontões e arcos e os dispôs em ordem matemática e simétrica, adequando-os ao gosto estético renascentista. Gombrich (2013) fala que sua influência perdurou até o início do século XX, ou seja, 500 anos depois. E mesmo que atualmente, não se utilize de modo tão aparente, suas técnicas ainda são visíveis nas medidas e proporções, e no formato das molduras de portas e janelas.

A pintura teve seus cânones estabelecidos já no final do período gótico. Miranda (2010) assevera que a tríplice composta por Simetria, Naturalismo e Proporção são consideradas as bases da beleza clássica. A perspectiva, o trabalho com luz e sombras, também conhecido por chiaroescuro e o realismo eram características típicas das obras renascentistas. O monge Fra angelico, possuía um estilo considerado por alguns historiadores como o intermediário entre o gótico e o renascentista.

Dentre os pioneiros do estilo renascentistas, está o pintor Masaccio (1401-1428), cujas obras foram as mais importantes para seu início. Suas pinturas buscavam a perfeita representação da realidade, e ele foi um dos primeiros a utilizar conceitos de luz e perspectiva.

Segundo Gombrich (2013), na busca pela perfeita retratação da realidade, o pintor Van Eyck, criou a tinta a óleo. Ao contrário da comumente usada, que era à base de ovo, a com base a óleo possui uma secagem mais lenta, permitindo que o artista pudesse realizar uma perfeita transição de cores e adicionar detalhes. Ao contrário dos outros artistas que buscavam o realismo através dos preceitos matemáticos da perspectiva, Van Eyck utilizava a adição paciente e exata de pequenos detalhes que ao se reunirem em um todo, transformava seus quadros em retratos extremamente realistas.

Já na escultura, o pioneiro da renascença foi Donatello. Enquanto a arte escultórica gótica se limitava a estátuas que pairavam nos frontões perto das entradas, Donatello trouxe uma nova abordagem e concepção, trazendo realismo e detalhes as suas esculturas. Uma de suas obras foi um revelo em bronze para uma pia batismal que contava a história de Salomé pedindo a cabeça de S. João. A diferença para o estilo gótico é flagrante no momento em que ele abre mão dos padrões suaves e agradáveis e representa o caos da situação de modo realista através de linhas ásperas e angulares também utilizados por Masaccio.

Dentre os escultores renascentistas um dos mais famosos foi Michelangelo Buonarotti, uma de suas criações mais célebres foi à estátua de “Davi”, onde ele retrata um realismo anatômico fascinante. Michelangelo, segundo Miranda (2010) é considerado um dos “três gênios da plasticidade renascentista” junto com Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio.

Da Vinci era a figura perfeita do humanismo moderno, sendo um pintor, matemático, escultor, arquiteto, botânico, desenhista e inventor, dedicou sua vida aos estudos de anatomia, perspectiva, proporção e ótica. Suas obras mais famosas são a Santa Ceia e Monalisa, nesta última ele utilizou a técnica do esfumaço para criar volume. Já Rafael, foi um pintor conhecido por criar cenários simples e sem excessos com o amplo uso da perspectiva e simetria. Sua obra mais famosa é a Escola de Atenas, cujos personagens principais encontram-se no centro da imagem, e os demais os ladeiam ou se sentam mais a frente, posicionados por meio de linhas de perspectiva.

De acordo com Janson & Janson (2009) com o renascimento chegando ao fim, em Roma, surgiu um movimento que se contrapunha ao modelo de arte clássica, chamado de Maneirismo. Caracterizado pelo enaltecimento aos detalhes e exagero. Teóricos afirmam que esta foi à transição entre o renascimento e o barroco.

Os artistas munidos das técnicas utilizadas no renascimento possuíam um aguçado senso religioso, desde que a Europa encontrava-se mergulhada no caos advindo da Reforma de Lutero. Dentro deles clima, seu estilo foi marcado por labirintos misteriosos e formas estranhas. Na arquitetura, eram valorizadas as igrejas erguidas num plano longitudinal, com espaços maiores, a cúpula principal em cima do transepto, naves escuras, coros com escadas em espiral, guirlandas de frutas e flores, formatos convexos possibilitando um jogo de luz e sombra e o interior suntuosamente adornado com afrescos e abóbadas.

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