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O Brasil do Século 18

Por:   •  22/8/2018  •  Resenha  •  1.053 Palavras (5 Páginas)  •  243 Visualizações

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CONTEXTO HISTORICO

O brasil do  século 18, por causa da mineração aurífera, ficou conhecido como o “Século do Ouro”. Foi um período de grandes mudanças econômicas e sociais, produzindo na colônia uma nova realidade histórica decorrente da mineração. VILA RICA , Atual Ouro Preto era uma das principais areas do ciclo do ouro. Chegava a enviar 800 toneladas de ouro para portugual. Isso sem contar o a circulação ilegal, e o que permanecia nos ornamentos das igrejas. O ouro suscitou paixão, cobiça, ganância e esperança, sendo o elemento catalisador de tudo o que observamos hoje ao visitarmos as Cidades Históricas das Minas Gerais, dos imponentes palácios e casarões, às dezenas de igrejas ricamente decoradas, pertencentes a dezenas de irmandades que competiam entre si pelo maior, o mais luxuoso e o mais imponente templo, visando conquistar corações e mentes da população.

A população urbana de Minas Gerais, cada vez mais numerosa e capitalizada, passou também a dispor de uma grande variedade de serviços urbanos. As pessoas ligadas a essas atividades formavam uma classe média urbana. DIVIDIDA entre os pólos extremos da riqueza (senhores de escravos) e da pobreza (escravos).

A vida dos escravos também mudou. As chances de alforria na mineração eram maiores que no engenho de açúcar. Os escravos podiam ser premiados por descobertas nas minas. Era uma forma de estimular o trabalho, permitindo a muitos a compra de sua alforria.

Os escravos que chegavam ao Brasil não tinham total liberdade para terem contato com a sua cultura e as suas religiões. Porém essas manifestações culturais DOS NEGROS eram vistas com receio por muitos e para que isso fosse evitado foi onde a igreja cria as irmandades de ordem terceira, PARA QUE DEIXAREM os escravos “criarem seus reis, cantar e bailar por algumas horas honestamente em alguns dias do ano“.

A igreja tinha um papel extremamente importante na formação da sociedade colonial e a sua atuação aparecia em cada detalhe da vida cotidiana.

A IMPORTANCIA DAS IGREJAS E IRMANDADES

A Irmandade do Rosário apresentava-se, portanto, como forma de recuperação da rede social dos escravos africanos que havia se rompido com o tráfico. Mesmo frente à instabilidade de suas vidas, pois poderiam ser vendidos a qualquer momento para qualquer lugar. Os africanos, mediante os rituais católicos, mantiveram seus valores culturais mais profundos, conseguindo, assim, mesmo que minimamente, suportar a vida no cativeiro. As irmandades do Rosário “foram as primeiras associações leigas a surgir nas Minas  e as mais precoces a deixar o recinto das igrejas paroquiais para constituir templo próprio”.  Essas características devem-se ao grande contingente de escravos presentes na área mineradora, principalmente na primeira metade do século XVIII.

O aspecto festivo do catolicismo barroco, com suas danças e procissões, agradava aos homens de cor, pois essas se aproximavam de suas práticas religiosas. Também nesse sentido a Irmandade do Rosário foi representativa para africanos. A festa da padroeira e a Folia de Reis são exemplos do espaço social constituído por escravos e forros, possibilitados pela confraria. Porém o critério que mais regulava a entrada de membros nas confrarias não eram social, econômico ou ocupacional, mas sim, étnico-racial.

Identificamos, no interior da capela, devoções a santos negros, representados em altares laterais, como o de Santa Efigênia, São Benedito e Santo Elesbão. Dessa forma, a Igreja se identificava ainda mais com aqueles fiéis e de certa maneira, adequava-os à cultura dominante. Por outro lado, muito se tem dito sobre o hibridismo cultural possibilitado pela Igreja Católica e as formas como os africanos se utilizaram do Barroco, que possibilitava excessos (como danças e festas) e a infiltração de suas composições e práticas ancestrais. Nesse contexto, as irmandades de cativos e forros irão desempenhar um papel preponderante para a manutenção da ordem vigente.

A IGREJA como instituições capazes de “assimilar” e controlar um contingente demográfico bem maior que o da população branca, em grande parte associada aos interesses econômicos vigentes. para a organização social, viabilizando ações de ajuda mútua, com vistas a amparar seus membros e suas famílias, em caso de doença, prisão ou morte. Além disso, serão responsáveis pela preservação e manutenção da identidade cultural, com mecanismos e graus de intensidade distintos, a depender da norma de filiação à irmandade. Em muitas delas, a aceitação dependia da origem étnica, Mina, Angola, Moçambique. Em outras havia mais flexibilidade, permitindo a associação de escravos, independentemente da nação, de forros, mulatos e brancos.

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