O DESENVOLVIMENTO DO URBANISMO EM ROMA
Por: Luana2799 • 26/6/2017 • Trabalho acadêmico • 800 Palavras (4 Páginas) • 459 Visualizações
O DESENVOLVIMENTO DO URBANISMO EM ROMA
(Miriam Letícia Sander Harbs e Luana Ledra¹)
(MUMFORD,LEWIS. A cidade na história suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, p. 236-244, 1998 4ª ed.)
Roma se destacou por seus exércitos, sua política, seus espetáculos estrondosos usando gladiadores e animais, sua enorme conquista de território e bens, mas não devemos esquecer da sua contribuição para o urbanismo, que vai muito além de ruas pavimentadas, é sobre este tópico que falaremos a seguir.
A Cloaca Máxima é um dos primeiros feitos a ser destacado, se tratava de um enorme esgoto, aonde os dejetos eram despejados, melhorando o saneamento de uma parte da população. Porém, vale ressaltar que apenas o primeiro andar das edificações possuíam ligação com a fossa gigante, os demais andares tinham que transportar seus dejetos em baldes até o pavimento térreo. As insuales, grandes cortiços (moradia das massas), também não possuíam ligação com o sistema de esgoto, tendo a população que depositar seus materiais fecais em buracos que se encontravam perto a edificação.
Outra inovação muito significativa foram os aquedutos, eles conduziam água potável à cidade por meio de canais feitos de pedra, isso permitia a abundância de água nos edifícios públicos, como as termas e fontes para banho. O banho privado era um luxo dos ricos e o encanamento de água, assim como o de esgoto, também só chegava ao primeiro andar das residências.
As residências se dividiam em dois modelos, a dos patrícios, com conforto e possibilidade de vida digna, e a do proletariado, que vivia em cortiços. Essas residências da população mais pobre se tratavam de edifícios divididos em muitas células, aonde as famílias moravam em um cômodo que não que possuía infraestrutura, não era adaptado para a culinária e não possuía banheiro.
Devido a esses muitos fatores, falta de higiene, superpopulação, infraestrutura e cuidados com a população menos rica, que se deu a proliferação de doenças, como o tifo, que dizimou milhares. A situação se tornou tão precária que as covas ficavam abertas para receber mais mortos a cada dia, causando uma verdadeira epidemia.
Segundo a tradição, era Roma constituída pela união de várias tribos estrangeiras nas colinas próximas, sob a liderança dos próprios romanos. O símbolo dessa união, como recorda Lavedan, foi fundação de um mercado comum (o fórum), com um lugar de assembleia ou de comitium, que era usado também nos tempos primordiais para disputas atléticas e gladiatórias.
O fórum se desenvolveu em Roma não somente como uma praça aberta. Era antes todo um recinto, complexo no traçado, no qual santuários e templos, os prédios da justiça e das casas do conselho, e espaços abertos circundados por majestosas colunatas. Denominado como coração da Roma Antiga, praças monumentais edificadas por imperadores romanos. Era o ponto de encontro para a importância social, e também na realidade uma combinação de ágora e acrópole, características novas em seu protótipo helenístico.
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