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O EDIFÍCIO SEAGRAM

Por:   •  23/10/2017  •  Artigo  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  977 Visualizações

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EDIFÍCIO SEAGRAM

O Edifício Seagram é uma torre de escritórios construído no Park Avenue, Nova York, no ano de 1958. Projetada por Mies van der Rohe, em colaboração com Philip Johnson, o prédio apresenta um sinal de sua moral racionalista, um exercício de elegância arquitetônica que usa de vários elementos para criar uma das mais belas joias da arquitetura do século XX.

Símbolo do mundo industrial contemporâneo, esta obra é um belo exemplo do lema do arquiteto "Menos é mais", mostrando que uma construção simples pode ser tão surpreendente quanto um edifício com um design mais arrojado. Naquela época a arquitetura de arranha-céus com estruturas de aço já se consolidava na América do Norte e Manhatan estava passando por um grande processo de verticalização, substituindo o modelo tradicional de pesadas estruturas de tijolos que ocupavam os centros urbanos norte-americanos.

A composição do edifício se dá através de uma grande torre de vidro, de 38 andares e 157 metros de altura, com acesso pela praça frontal dotada de duas fontes, mais um volume posterior de menor altura e duas extensões laterais, com acessos independentes, que abrigam os restaurantes.

O diferencial nesta obra de Mies Van der Rohe ia além dos grandes painéis de vidro, mas o uso de diversas soluções estruturais inovadoras como as ligações parafusadas de alta resistência e a determinação que a estrutura de aço do edifício estivesse visível. No entanto, a legislação norte americana não admitia que o aço estrutural ficasse exposto, obrigando ao arquiteto que a estrutura em aço fosse revestida com material não combustível, como o concreto. Assim, Mies optou por aplicar um revestimento em tons de bronze sem função estrutural sobre o concreto para manter a aparência de estrutura metálica dos grandes pilares aparentes.

Outro diferencial do edifício está por conta do seu recuo frontal de 31 metros, algo que não existia em nenhum outro de sua época. Esse afastamento frontal era, na realidade, um grande pátio urbano de mármore com fontes d’água, e que para alguns era tido como um gasto desnecessário, pois se perdia muito do aproveitamento real do terreno. Porém, é isso que produz um ponto de vista singular ao prédio, promovendo o destaque da edificação e a contemplação de sua fachada.

Os perfis de aço das fachadas, como já visto, não são estruturais, porém expressam a ordem estrutural subjacente. Elementos verticais adicionais foram soldados aos painéis de vidro, não só para travar a estrutura e resistir às cargas de vento, mas também para reforçar a camada estrutural do edifício.

Externamente, o vidro topázio cinza foi utilizado nas grandes janelas, que partem do chão ao teto, como meio de proteção do sol e calor. Além disso, o arquiteto queria manter o aspecto uniforme da grande fachada envidraçada, entretanto, iria haver uma irregularidade inevitável causada pelo uso das persianas, pois as pessoas as colocariam   em   alturas   diferentes.   Para   reduzir   esse   aspecto   desproporcional, Mies especificou persianas que só podem ser operadas em três posições: totalmente aberta, meio aberta/fechada ou totalmente fechada. Essa mistura de detalhes contribui para um aspecto mais sóbrio da obra.

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