O IMPACTO TRANSITÓRIO-PESSOAL DA DÉCADA DE 60: A ARQUITETURA PÓS-MODERNA E O FUNCIONALISMO DESCARTÁVEL DO ARCHIGRAM.
Por: lipebc • 23/6/2015 • Artigo • 1.062 Palavras (5 Páginas) • 313 Visualizações
O IMPACTO TRANSITÓRIO-PESSOAL DA DÉCADA DE 60: A ARQUITETURA PÓS-MODERNA E O FUNCIONALISMO DESCARTÁVEL DO ARCHIGRAM.
Filipe Barros da Costa*
RESUMO
O pós-modernismo foi extremamente rápido e massivo, em seu sentido mais simbólico, e nada poderia escapar deste furacão de ideias e tecnologia. As guerras deixaram alguns espaços, e a rápida recuperação mundial também. Marcas foram ocupadas, assim como todos os espaços em geral, gerando uma necessidade de industrialização e substituição ao antigo sistema reparador.
PALAVRAS-CHAVE: Archigram; pós-modernismo; movimento; substituição.
* Estudante de Arquitetura e Urbanismo
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UNILESTE
E-mail: filipe.bc@live.com
INTRODUÇÂO
Contém, por todo este artigo, uma crítica apresentação, com base em um artigo e um livro, sobre como foi transitado do moderno ao pós-moderno, visto por um olhar instigante, e mostrando, principalmente, como foi o impacto do grupo Archigram para com a época em questão.
A busca de entendimento e de saber como pensavam e trouxeram, de modo crítico, o que o mundo passava naquele momento, utilizando-se da forma mais comum, a mídia, para transportar suas ideias futurísticas e planejamentos irreais e fantasiosos. Com a visão geral dada por Montaner e um estudo mais profundo articulado em um artigo, que examinam cada qual a sua época e a sua respectiva experiência, fatos que comprovam como o impacto do grupo ocasionou, hoje, o que é chamado de “Sistema de Consumo”, e a sua inutilidade material, e substituível.
CORPO DO TRABALHO
Segundo Montaner (Montaner, 2001) “A arquitetura deve abandonar seu reduto artístico, artesanal e histórico e entrar no mundo da produção industrial sem escusas nem exigências de um trato especial”. Analisado na segunda metade do século XX, após citar e repassar as fortes ideias do Archigram, grupo radical da época.
Nesta época pós-guerra, houve um boom de experimentação e críticas, e muitos países do primeiro mundo entravam em um período de grande expansão econômica e tecnológica, impulsionando o desenvolvimento de revolucionários meios de transporte e de comunicação (Silva, 2004). Ora, se o mundo estava em transformação, por que não as ideias também não estariam? O desenvolvimento e o bem estar estavam ficando em foco, assim como o individualismo causado pela revolução tecnológica e uma nova cultura de massas, saturando-se de informações e novidades.
De ideias em tempos, apareciam grupos radicais de ideologias diversas, mas nenhum como o Archigram, constituído na Grã Bretanha em 1960. De acordo com Dominique Rouillard, poderia ser o primeiro grupo de arquitetos a se lançar como um produto da mídia. Ao se utilizar o que estava no auge para se camuflar e ganhar forças aproveitou a mídia manipuladora para fazer críticas sublimes e eufemistas, passando, após algum tempo, para um novo conceito arquitetural de projetos futuros, e utilizados até os dias atuais como conceito e teoria.
Em base, utilizavam da bricolage, com o estilo pop desencadeado pela mídia, para criticar e questionar a monotonia dos processos arquiteturais, ao ver deles. O mundo estava em movimento, e por que a arquitetura não poderia estar também? As ideias e os projetos arquitetônicos repercutiram em todo o mundo, redefinindo o modo de ver, de entender e de lidar com a arquitetura. Os seus procedimentos influenciaram vários arquitetos a entrarem num mundo de experimentações, da ficção científica e do nunca visto. Idealizaram arquiteturas que se fundamentavam em idéias de transporte, de rapidez e do descartável, aonde se podia moldar, destacar e colocar um novo no lugar. Vidência? Transposição para o futuro?
O grupo estava totalmente certo no que estava a vir, de que aquela tecnologia toda viria a ser totalmente concreta e aceita, e apesar dos absurdos, os projetos deram certo, apesar de que a maioria nunca saiu do papel.
IMPACTO CAUSADO
O impacto da época foi evidente. Segundo Montaner, Peter Cook, um dos fundadores do Archigram, propunha em um de seus escritos [...] a necessidade de recuperar o espírito pioneiro e de ruptura dos primeiros mestres.
Ainda segundo Montaner, outra ideia básica é a da confiança em que os novos materiais e as novas disponibilidades tecnológicas vão permitir superar todos os condicionantes da arquitetura convencional.
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