O Manual de Elaboração de Projetos de Preservação

Nome: Waley Michael de Carvalho Nogueira[pic 1]

Curso: Arquitetura e Urbanismo 9° Período

Disciplina: Técnicas Retrospectivas Professora: Marine Mattos

Resumo – Manual de Elaboração de Projetos de Preservação

O Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio Cultural tem como finalidade consolidar e transmitir os conceitos, normas e preceitos que orientam a preservação do Patrimônio Histórico e Artístico estabelecidos pelo governo federal.

O documento é composto por sete capítulos e foi elaborado no ano de 2000 nele compreendem basicamente roteiros e orientações para elaboração de projetos ligados a preservação do patrimônio sendo eles espaços edificados ou espaços públicos urbanos

Uma intervenção em património edificado é um conjunto de elementos necessários e suficientes para a realização de ações destinadas a prolongar a vida útil de um determinado edifício ou conjunto de edifícios, incluindo restauro, manutenção, estabilização, restauro ou outros conceitos definidos. Portanto, mesmo considerando benefícios protegidos por lei ou de especial significado histórico-cultural, devem ser tomados os procedimentos específicos necessários. É desenvolvido de forma gradual e por etapas para que a autoridade competente possa acompanhar, avaliar e orientar a sua atribuição.

Pontos Relevantes  

4.1 IDENTIFICAÇÃO E CONHECIMENTO DO BEM

Seu objetivo é compreender e analisar a arquitetura em termos de sua história, estética, arte, forma e tecnologia. Seu significado atual e ao longo do tempo é entender sua evolução, principalmente entender seu valor como patrimônio cultural. Normalmente constitui principalmente fontes de pesquisa, tais como:

• Arquivos do IPHAN, institutos federais de pesquisa, governos estaduais e municipais, sedes e arquidioceses metropolitanas correspondentes, confrarias, cartórios, museus, etc.;

• Fontes bibliográficas: livros e publicações existentes sobre o tema, como anuários, revistas, jornais, etc.;

• Arte informatizada e bancos de dados históricos;

• Fontes orais: cartas de recomendação de ex-moradores da área, lugares ou famílias que possuem ou moram em edificação e outros

• Banco de dados informatizados de cunho artístico e histórico;

A verificação de dados históricos e pesquisas deve ser suficientemente rigoroso de modo a evitar falsas interpretações, comprometendo a autenticidade das informações, ou a necessidade de novas pesquisas.

4.1.1. Levantamento Técnico

Reunir o máximo de material referente ao conhecimento da forma da edificação, obtidos por meio de vistorias e levantamentos, representados graficamente fotos, mapas ,plantas entre outros.

4.1.2. Levantamento Físico

Compreende as atividades de leitura e conhecimento da forma da edificação, obtidos por meio de vistorias e levantamentos, representados gráfica e fotograficamente.

4.1.2.1. Levantamento Cadastral

Compreende rigorosamente e detalhada representação gráfica das características físicas e geométricas da edificação que envolve planta de situação, planta de locação, planta baixa, cortes, fachadas, planta de cobertura.

4.1.2.2. Topografia do Terreno

Representação gráfica do levantamento planialtimétrico do terreno, contendo ângulos, pontos, distâncias, referências de níveis, curvas de nível e perfis longitudinal.

4.1.2.3. Documentação Fotográfica

Deverão conter fotos externas e internas.

4.1.2.4. Elementos Artísticos Integrados

Dependendo das peculiaridades do acervo do edifício, a investigação, o diagnóstico do estado de conservação, no entanto, deve ser parte integrante do projeto, das especificações e detalhes necessários para a execução da conservação do acervo durante a intervenção.

4.1.3. Análise Tipológica, Identificação de Materiais e Sistema Construtivo

a) descrição das características arquitetônicas da edificação: partido de composição, proporções volumétricas, estilo ou influência artística, aparência atual e outras características;

b) avaliação da autenticidade do conjunto e de suas partes, com indicação do grau de integração ou interferência dos elementos que foram acrescentados ao conjunto original;

c) indicação, em planta e elevações, dos elementos que foram suprimidos ou alterados e suas características originais básicas;

d) caracterização dos acréscimos meramente utilitários cuja inclusão não tenham obedecido a razões arquitetônicas;

e) análises e considerações da relação da edificação com seu entorno, qualificando as interferências do espaço externo: edificações vizinhas, iluminação (luminárias, postes, fiação etc.), calçamento, mobiliário urbano, tráfego e comunicação visual.

4.1.4. Prospecções

Fornecer informações complementares à pesquisa histórica e levantamento cadastral, possibilitando análises e deduções de hipóteses de diagnóstico, alternativas de soluções de projeto.

4.2. Diagnóstico 

Ele é projetado para investigar em uma representação gráfica todos os danos existentes e estabelecidos em uma edificação e vinculá-los aos seus proxies e causas. Todos os tipos de danos e perdas materiais e estruturais são considerados danos, tais como: rachaduras, degradação induzida pela umidade e erosão por fagos de madeira, flacidez, deformação, descascamento de argamassa, corrosão, etc.

Evolução do mapeamento de danos, análise do estado de conservação, ensaios geotécnicos, ensaios e ensaios (compreensão dos danos aos materiais, definição de intervenções, por exemplo: limpeza de pedras, definição de marcas de argamassa).

4.3. Proposta de Intervenção

Inclui um conjunto de ações necessárias para caracterizar intervenções, identificar soluções, definir usos e implementar procedimentos, tanto técnica como conceitualmente.

Para melhor desenvolver as propostas, testar hipóteses para melhor acompanhamento, avaliação e orientação pelo órgão competente, para discussão com os diversos técnicos e departamentos envolvidos no processo.

Estudo Preliminar; Projeto Básico; Projeto Executivo. Para elaboração da proposta, todos os estudos desenvolvidos nas etapas anteriores, Identificação e Conhecimento do Bem e Diagnóstico.