O Urbanismo da Brasilândia

DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL

A partir da visita técnica e dos estudos até agora do distrito da Brasilândia podemos fazer algumas correlações daquilo que acontece hoje no local com o  texto de FERREIRA discutido em sala.

Podemos começar citando o  processo de urbanização rápido e desordenado de grandes cidades no Brasil com os altos índices de periferização e informalidades o que acabar no surgimento desses bairros mais afastados dos centros comercias e urbanos e do surgimento das favelas. No texto de FERREIRA ele diz:

" É bastante comum ouvirmos que a dramática situação em que estão as cidades brasileiras é uma decorrência natural do crescimento acelerado de suas metrópoles. É como se o caos urbano, as favelas, o transporte precário, a falta de saneamento, a violência, fossem características intrínsecas às cidades grandes, justificando a enorme dificuldade do poder público em resolver esses problemas e gerir a dinâmica de produção urbana.

Essa é, entretanto, uma visão ingênua. Ao contrário dos países industrializados, o grave desequilíbrio social que assola as cidades brasileiras (...) É resultante não da natureza da aglomeração urbana por si só, mas sim da nossa condição de subdesenvolvimento."

Os grandes desafios na região envolvem tanto problemas ambientais como problemas na estrutura, sociais, econômicos e políticos. Esses problemas surgiram com o processo de urbanização e com o fortalecimento do capitalismo, e também porque muitas vezes os centros urbanos acabam crescendo de uma forma não planejada. E isso é algo que não só a Brasilândia mas todas as grandes cidades do mundo enfrentam e tentam combater diariamente.

A infraestrutura no distrito sofre com a precariedade em diversos pontos, dentre essas precariedades estão a água encanada, a pavimentação das ruas, a eletricidade e redes de esgoto.

A poluição dos córregos e dos rios acontece pelo lixo e esgoto que são jogados dia a dia  nas águas pela falta de infraestrutura e planejamento no local. É um ponto muito sério, pois afeta a saúde da população, causando doenças graves. Para combatê-la, são necessários além do tratamento de esgoto, coleta de lixo e saneamento básico, além de uma reeducação para criar consciência na sociedade.

O bairro foi crescendo e os problemas também. As favelas foram se multiplicando, sem controle do poder público. Casas e barrancos foram ocupando morros e a pouca mata nativa e as nascentes de água quase todas destruídas.

Segundo FERREIRA os princípios do Movimento Nacional pela Reforma Urbana são o Direito à Cidade e à Cidadania, Gestão Democrática da Cidade e Função Social da Cidade e da Propriedade. Ou seja, há então uma comunicação entre o poder e direito público e privado que está verbalizada na Constituição Federal.

A lei sozinha é claro, não resolverá os históricos problemas urbanos. Contudo, com a nova legislação, os Municípios têm a oportunidade de cumprir da melhor maneira, e ativamente, seu papel de sujeitos, responsáveis que são pela formulação, implementação e avaliação da política urbana, permitindo que, de fato, todos os moradores de nossas cidades participem do processo e sejam os beneficiários de suas justas ações. Assim como citado no texto é necessário :