O que é arquitetura - Carlos Lemos
Por: Danielle Monteiro • 2/10/2019 • Resenha • 864 Palavras (4 Páginas) • 465 Visualizações
No livro O Que é Arquitetura, o autor Carlos A. C. Lemos, fala da Arquitetura desde o início dos tempos. O livro nos transporta a diversos lugares, nas mais variadas épocas, tudo para esclarecer como isso se iniciou. O mesmo escreve de forma resumida e detalhada, todos os pontos necessários para denominar a Arquitetura, de modo a ser que, quem quer que leia o livro perceba claramente do que se trata.
No primeiro capitulo das oitenta e cinco páginas, intitulado de “A Construção Bela”, o autor apropria-se do termo “providência de construção bela” para definir a arquitetura, já que de acordo com o mesmo, as pessoas buscam um vínculo entre a arquitetura e a beleza.
Logo na sequência, o mesmo realiza ainda uma separação dos diversos tipos de trabalhos, isto é, das construções em geral, classificando-as em três grupos: primeiro, a construção a partir de um critério artístico qualquer, mas que seja conhecido por todos; a construção projetada sem nenhuma referência ou preocupação com o meio artístico, mas ainda assim admirada por seus poucos elementos da sociedade contemporânea; e por último, mas não menos importante, as construções feitas ao acaso, nascidas de pessoas destituídas de senso estético e que a ninguém agradam.
No capítulo seguinte, denominado como sendo “A Arquitetura ao Longo do Tempo”, já conseguimos compreender a ordem cronológica e específica do que é Arquitetura, acompanhada também das mutações que ela sofre até chegar aos dias de hoje, visto que a Arquitetura não foi criada intencionalmente, e sim para atender as necessidades do homem.
Como já dizia Platão e é citado no livro: “A Arquitetura e todas as artes manuais implicam numa ciência que tem, por assim dizer, sua origem na ação e produzem coisas que só existem por causa delas e não existiam antes”. Desde então foram surgindo diversas opiniões e fundamentos para especificar claramente o que é Arquitetura.
Sabendo que um dos conceitos mais usados até hoje foi o de Marcos Vitrúvio Polião, um arquiteto romano que viveu no século I a.C, e é tido como o criador da estética da arquitetura, Lemos faz referência á uma obra do antigo; mais especificamente ao seus “Dez livros da Arquitetura”, explanando acerca do pensamento deste, que destaca a percepção de três aspectos relativos á arquitetura: a solidez, a utilidade, e a beleza.
Ao mesmo tempo, o autor dispõe também da proposta de Vitrúvio, que propõe seis ”divisões” acerca do que seja a arquitetura, baseado no seu próprio ponto de vista, sendo estas a ordenação, disposição, euritmia, simetria, conveniência, e por fim a distribuição. Obviamente, todos esses conceitos passam por alterações, e são disseminados em um leque de tópicos de acordo com o tempo, por diversas pessoas, como de costume.
Segundo o relato de Carlos Lemos, já no fim e início do século XIX, as definições da arquitetura assumiram um modo de olhar diverso, fazendo com que surgisse outro protagonista nesse elenco de elementos significativos: o espaço. Até então, enquanto todos ficavam muito presos á construção e ás paredes, Auguste Perret ousou ir mais longe dizendo que, móvel ou imóvel, tudo aquilo que pertence ao espaço pertence ao domínio da arquitetura.
Dessa forma, foram surgindo na arquitetura, fundamentos mais concretos, bem como experimentos mais específicos, dando
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