OS FUNDAMENTOS BIM
Por: Luís Souza • 4/4/2021 • Resenha • 1.907 Palavras (8 Páginas) • 329 Visualizações
Resumo do Volume 1 - Fundamentos BIM, da Coletânea Implementação do BIM Para Construtoras e Incorporadoras
Eduardo Sbardelotto Borba[1]
Gabriel Pierezan Moraes Da Silva[2]
Luís Henrique de Souza[3]
Mariane Mazzutti Adorian[4]
A coletânea de implementação do BIM para construtoras e incorporadoras Volume 01, “Fundamentos do BIM” começa com uma breve apresentação que destaca os principais valores e benefícios de se adotar a tecnologia BIM dentro do processo.
O BIM tem trazido importantes mudanças tecnológicas para a área da construção. Esse instrumento tem potencial para mudar a cultura dos agentes de toda a cadeia produtiva do setor. O desafio para o uso dele é reunir informações multidisciplinares sobre o empreendimento, desde a concepção até as fases de uso e manutenção. A integração das informações gera a possibilidade de diagnosticar rapidamente as necessidades de compatibilidade na construção, além dos dados sobre materiais, prazos e custos. Trata-se de uma mudança na construção civil, que eleva seus índices de produtividade e precisão. O BIM inseridos nos cenários mais comuns do Brasil. Dividida em cinco (5) fascículos:
Volume 1: Fundamentos BIM; Volume 2: Implementação BIM; Volume 3: Colaboração e Integração BIM; Volume 4: Fluxos de Trabalho BIM; Volume 5: Formas de Contratação BIM.
No início do volume em si, ele descreve como desde cerca de cinco mil anos antes de cristo o ser humano já cooperava para a construção, estabelecendo as primeiras proporções e possivelmente relações como de clientes/construtores. Na continuidade da história, até o renascimento a relação do arquiteto com a obra era muito mais próxima, pois sem os instrumentos de desenho como a perspectiva, ele comandava a obra diretamente, diferentemente de hoje que o arquiteto é praticamente um visitante da obra. Com o desenvolvimento da perspectiva e das maquetes físicas, essa relação se alterou um pouco, tornando os arquitetos mais projetistas que construtores. Somente nos últimos 30 anos com o advento da tecnologia é que essa relação mudou novamente, digitalizando os projetos e acelerando a cadeia de produção.
O que é BIM e o que não é Bim, A primeira conceituação de BIM é: “um modelo digital que representa um produto, que, por sua vez, seria o resultado do fluxo de informações do desenvolvimento do seu projeto”. E este conceito surgiu em detrimento a uma norma de intercambio padrão de dados sobre produtos a ISO10303. O uso de tal integração de informações não é novo, o que é novo é o acesso da indústria da construção civil a essa ferramenta, que só se tornou possível pelo advento da tecnologia.
O BIM é essencialmente 3d, mas nem todo 3d é BIM, soluções que não disponibilizam todas as informações do componente, apenas representam em 3d não são BIM, assim como os programas que só possibilitam o 3d por meio de leitura de desenho, ou abstração. Outra característica marcante do BIM é o uso de objetos paramétricos e inteligentes, de fácil alteração.
Principais benefícios e qualidades do BIM: A principal qualidade do BIM é a visualização instantânea em 3D do que está sendo feito, com todas as informações já contidas no objeto como materiais, espessuras, tamanhos, Etc. além da correta visualização das interferências (estrutural/Arquitetônico) que podem vir a ocorrer em processos não BIM, pois são necessários todos os projetos separados, causando conflitos que não ocorrem no BIM. O AUTOCAD por exemplo é uma ferramenta 2D, e o REVIT pode ser 5D, unindo o 3d ao tempo e custo necessários para o empreendimento de forma automática.
A previsão de quantidades, as simulações virtuais, a identificação de interferências, a consistência de projetos, o aumento de complexidade possibilitado pelo sistema, viabilidade industrial das peças, a leitura de laser scanning são qualidades totalmente próprias do BIM, basta estar preparado para este uso.
A construção civil, embora tradicionalista, tem aderido rapidamente ao BIM em diversas partes do mundo. Em alguns países a plataforma é utilizada na política, onde todas as obras financiadas com dinheiro público precisam ser desenvolvidas com o uso da plataforma BIM. Já no Brasil, a adoção BIM ainda pode ser considerada incipiente, com poucas empresas de renome utilizando a plataforma.
Combinando recursos BIM, como a construção virtual, a identificação automática de interferências e o planejamento 4D, podem-se realizar simulações e análises da construtibilidade com um nível sem precedentes de confiança e precisão.
A partir dos próprios modelos BIM desenvolvidos, são criadas maquetes eletrônicas para que se possa ver e entender a volumetria e funcionalidade. A partir disso é possível criar imagens renderizadas e utilizando um código de cores para identificar partes e componentes que tenham sido modificadas, incluídas ou excluídas. Também é possível ter acesso para futuras manutenções, adaptadas as medidas do ser humano, que precisará acessar áreas das instalações e realizar tarefas com condições mínimas de segurança. Além disso é possível o agrupamento de componentes de um modelo, criando-se listas de atividades considerando suas precedências e inter-relações de dependência e prioridade, quantidades e durações. Outro diferencial é a redução de incertezas e riscos associados aos custos e prazos estimados para a obra e acelera os processos de decisões que precisam ser tomadas, relacionadas aos detalhes construtivos e especificações de um determinado projeto, e aos métodos construtivos que serão utilizados.
Antes do início das obras, estão as grandes e mais significativas oportunidades para obter reduções de custos e definir racionalizações. Nessas fases do desenvolvimento do projeto, o foco dos esforços deve estar nas atividades de concepção, pesquisas e desenvolvimentos de sistemas, de soluções construtivas e de engenharia. Após o início das obras, numa situação ideal, a maioria das especificações e decisões sobre os métodos construtivos a serem utilizados já terá sido tomada e estaria congelada. Portanto, o foco dos esforços deverá migrar para a gestão de suprimentos de materiais e dos demais recursos logísticos.
Desenvolvem-se modelos BIM específicos para cada uma das principais disciplinas que compõem uma edificação ou instalação, isto é, um modelo para arquitetura, outro para estrutura, outro para instalações elétricas e hidráulicas, e assim por diante. Embora sejam modelos distintos, os desenvolvimentos são realizados seguindo um encadeamento lógico e considerando as definições e evoluções já realizadas, ou seja, seguindo a premissa do ‘trabalho colaborativo’, no qual o esforço realizado por um participante do processo pode ser totalmente aproveitado por outro, que atuará no projeto em fases subsequentes do ciclo de vida de um empreendimento.
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