PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE
Por: Roberth Neves • 1/10/2017 • Resenha • 1.273 Palavras (6 Páginas) • 259 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL
PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE
SEMESTRE: 2° / ANO: 7°
PROF. ROGÉRIO CRUZ
PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE
8412150456 – ROBERTH GOMES NEVES
RESENHA: Carlos Nelson
TEXTO “Como e quando pode um arquiteto virar antropólogo?”.
Referência: SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. “Como e quando pode um arquiteto virar antropólogo?” In: VELHO, Gilberto (org). Rio de Janeiro, Editora Campus, 1980, p.37-57.
“Como e quando pode um arquiteto virar antropólogo?”, do arquiteto Carlos Nelson faz uma análise do urbanismo e da arquitetura brasileira a partir da sua trajetória profissional. Em sua escrita assume a antropologia como um campo de conhecimento relevante para analisar e entender a realidade urbana que influenciará seus projetos e ideários.
O autor indaga uma questão logo no início do texto sobre como as coisas passam a se complicar e você encontra um obstáculo no seu caminho, uma “rua sem saída”, logo ele se dá quatro opções para resolver esse empecilho, e a última delas lhe parece a mais provável mas também a mais difícil. Dada essa questão o autor começa a contar seu ingresso na faculdade de Arquitetura e como foi um grande choque perceber a variedade de pessoas com ideologias extremamentes diferentes da dele, por ter sido criado em colégios de padre bastante rigorosos e reservados, se viu em um ambiente totalmente diferente e caótico, porém não se deixou levar pelos seus ensinamentos e resolveu dar uma chance aquela nova experiência, a fim de conhecer e aprender mais.
Feito isso, se viu decepcionado com a faculdade por que viu que os ensinamentos que ela dava não era aquilo que ele procurava e acabar se formando como um “arquiteto-tipo” não era o que ele ansiava.
Mais tarde ligou-se a um grupo de jornalismo chamado “Arquitetura e Realidade” mas devido a rotina sentiu-se iludido e cansado. Passando pelo golpe de 64 acharam que iriam participar de novas ordens e seriam convocados para novas tarefas, mas não ocorreu como pensavam e logo se viram desorientados sem saber o que fazer. No início da década de setenta um novo campo da Arquitetura começava a surgir, ligados a favelas, habitações e problemas urbanos ligados a camada mais pobres, que não era bem visto e só eram permitidos de forma idealizada. Devido a essa falta de prática e ensino e a grande preocupação com suas carreiras profissionais seu grupo decidiu colocar-se em prática e começar a trabalhar com favelas.
Aproveitaram como eram numerosas em sua cidade e que se iniciava naquela época os planos de remoção no Rio de Janeiro. Começaram a trabalhar nisso, faziam de tudo, e se viam de novo naquela rotina mas não perderam a vontade de continuar mesmo tendo pouca ajuda. Depois de um tempo encontraram profissionais da área e de outros campos que partilhavam dos seus mesmos pensamentos e conseguiram com eles aprender de forma mais concreta e confiável.
Descobertos pela FAFEG (Federação das Associações dos Favelados do Estado da Guanabara) e pelos tempos heróicos, foram convidados a ser seus “assessores de assuntos urbanísticos e habitacionais”, ele achava esse título soberbo demais para quem ainda era um mero estudante que só estava tentando compreender as coisas. Considerados de extrema importância pelos favelados, por serem “doutores” e pudessem apoiá-los contra o Estado também eram considerados desconhecidos por serem de fora e que não deveriam merecer total confiança, eram sempre colocados a provas para descobrir de quem realmente eram aliados. E mais uma vez sentiu-se desapontado, porque a FAFEG não tinha o que eles buscavam e sim a mesma rotina de sempre e acabava sendo muito exaustivo.
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