Projeto Escola Comunidade
Por: Clau Souza • 12/11/2018 • Projeto de pesquisa • 1.797 Palavras (8 Páginas) • 346 Visualizações
1 Introdução
O artigo ¬1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) apresenta a educação da seguinte forma:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Para o professor Imídeo Giuseppe Nérici, a educação deve levar o indivíduo a atuar na realidade, porque é dela e nela que ele vive.
As transformações ocorridas no mundo contemporâneo, tem contribuído para que a escola questione seu papel dentro e fora da comunidade escolar. Pois, na perspectiva atual, viver isolado é desprezar o próprio crescimento e ignorar as forças existentes dentro das relações sociais. Sendo assim, a escola em sua visão democrática e inclusiva empenha-se em aproximar e integrar os distantes. Para isto, ela conta com a colaboração de professores conscientes, cuja meta é trabalhar a expansão das práticas escolares.
É Sobre esta perspectiva de aproximação, que chegamos a proposta do presente trabalho. Com este projeto, cujo título é: “DE MÃOS DADAS”, pretendemos contribuir para que a comunidade onde a Escola Estadual José Abílio de Paula, está inserida, possa perceber a instituição, além de sua prática tradicional, ou seja, percebê-la também na sua dimensão político social.
OBJETIVO GERAL
- Conscientizar a comunidade sobre a importância da escola e de seu papel dentro e fora do ambiente escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Romper as barreiras que separam escola e comunidade, para isto trabalharemos o sentimento de pertencimento, valorizando a interdependência nas relações.
- Tornar a escola mais visível através de ações que possam fortalecê-la.
- Promover a pluralidade de ideias, o debate, os saberes múltiplos. Enfatizar a necessidade da participação coletiva nos processos educativos.
- Infundir uma nova visão a partir de ideais progressistas; apresentando aos moradores locais, uma escola forte, inovadora e engajada nas transformações sociais. Uma escola não idealizada, porém, uma escola feliz.
- Combater as contrariedades existentes entre a escola, comunidade, comunidade, escola. Fomentar o diálogo e desestimular atitudes reativas.
- Despertar na comunidade o desejo em participar e contribuir na prática educativa.
JUSTIFICATIVA
Ora, o professor no exercício da docência percebe que educar é um ato que depende da sensibilidade de quem educa. Não há educação sem percepção; necessário é, a identificação de lacunas e vazios para que a educação aconteça. Do educador, espera-se, não somente a detecção, mas, a intervenção no mundo.. É Como bem disse o mestre Paulo Freire:
Como presença consciente no mundo não posso escapar à responsabilidade ética no meu mover-me no mundo.
Conversando com moradores e comerciantes da comunidade estudada, percebemos que ainda há muita desinformação em relação a atuação da escola no espaço social. A abertura das portas, o alargamento do espaço educativo, e a participação de diferentes sujeitos na educação, são temas pouco compreendidos; portanto, a pertinência deste projeto.
DESENVOLVIMENTO
A integração da escola com a comunidade faz parte do desenvolvimento de ideias de cunho democrático, onde o espaço escolar torna-se local de acolhimento, inclusão e diálogo. Na perspectiva desta visão, a educação não acontece de forma desintegrada, fora de seu contexto imediato. Sendo assim, a participação é uma troca de saberes múltiplos e diversos, com incentivo a pluralidade de pensamento, e o respeito às diferenças.
Contudo, no meio educacional ainda persiste visões arcaicas em que a escola é vista como um organismo autossuficiente, pouco aberta, e limitada as funções sistemáticas de ensino.
Sobre isto nos alerta a pesquisadora Dnair:
No Brasil, a herança colonial continua a pesar sobre a escola, tornando-a, em muitos casos, até mesmo um corpo estranho ao seu contexto social imediato, instituição importada, visava em suas origens apenas transmitir uma cultura ornamental, europeizante, a um grupo restrito de pessoas de elevada condição socioeconômica.
Certo é, que em alguns aspectos, mudanças ocorreram, hoje a escola pública já não é elitista, porém, em outros casos, o isolamento continua, dificultando a disseminação da cultura e a inovação dentro do sistema educacional.
Nesse contexto, vejamos de forma sintética o que o pensador Edgar Morin diz:
“A religação deve substituir a disjunção e apelar à “simbiosofia”, sabedoria de
viver junto”
É com esse intuito, de viver junto, de ligar, de aproximar, mas também, de divulgar, e esclarecer a dimensão político social da escola, que esse projeto se propõe.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do projeto contaremos com a mobilização da comunidade escolar e a colaboração de profissionais de diferentes áreas; comércio, indústria, órgãos governamentais, universidades etc. Estudantes universitários, moradores da região, e a presença de gestores e professores de outras escolas da cidade.
A ação será divulgada
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