Paisagismo e o poder “pseudosupremo” de projetar
Por: Luan Saulo Pureza Callins • 4/3/2016 • Trabalho acadêmico • 475 Palavras (2 Páginas) • 283 Visualizações
Luan Callins
(01/10/11)
Texto para a prova que não ocorreu.
Paisagismo e o poder “pseudosupremo” de projetar
A grande ideia que é fixada em nossa mente ao estudar paisagismo é que a paisagem não é apenas adorno ou enfeite, mas sim uma parte importante do projeto trabalhado por causar a maior impressão no cliente, visitante ou morador. A paisagem não deve ser tratada apenas como plano de fundo pro que há de acontecer no ambiente, ela deve ser funcional e agradar a quem interagir.
O homem modifica, classifica, caracteriza e/ou “monetariza” a paisagem no momento em que põe sobre ela os olhos que enxergam bem mais que uma floresta, o mar ou uma montanha. A paisagem natural, na sua essência, deixa de existir e dá lugar a um espaço/lugar/local de interesse do ser naturalmente modificador que é o ser humano.
O maior problema enfrentado, quando se fala de paisagismo, é saber introduzir-se em um meio sem causar total modificação ou destruição irremediáveis. Há conceitos que tornam a inserção em um meio menos agressiva, como manter grandes manchas da vegetação natural, fazer corredores entre essas manchas e manter a variação genética do ambiente. Os aspectos para o planejamento da paisagem podem ser o ecológico, que respeita o que já estava no espaço, e o geográfico, que visa à inserção consciente do homem.
Mais difícil do que inserir-se sem causar danos irremediáveis é tentar recuperar áreas demasiadamente danificadas por modificações sem planejamento e sem consciência. Um projeto que se saiu bem na tentativa de recuperação de áreas de igarapé é o PROSAMIM, em Manaus/AM. O projeto visa realocar as pessoas que viviam nessas áreas para apartamentos em vilas bem estruturadas, deixando assim os igarapés livres e prontos para a revitalização e recuperação.
Outro projeto de revitalização e recuperação, com foco também no social, ocorre na China em áreas de preservação, parques e comunidades do interior do país. Parques e palácios antigos do país foram abandonados e destruídos anos atrás, agora o governo quer transformar os parques em atrativos turísticos. Para um melhor aproveitamento, as populações das respectivas áreas estão sendo treinadas e conscientizadas para a recepção do turista.
Além de formar uma massa de trabalho para as pousadas, hotéis e trilhas que se instalarão nos parques, o poder público visa reviver a cultura quase perdida do povo tão influenciado pelo modo de vida estrangeiro. Os costumes e a agricultura originais serão novamente fortalecidos e protegidos pelos próprios moradores com incentivo do governo e da nova função dada a eles e a área que habitam.
O planejamento da paisagem é indispensável, não só pelo valor estético, mas muito mais pela qualidade de vida que agregará. O que deve ser somente contemplado é uma parte importante, mas perde seu valor se vier acompanhada de irresponsabilidade e falta de função, pois o planejamento deve envolver as duas principais diretrizes do projeto de paisagismo: Beleza e funcionalidade.
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