Projeto Urbanístico de Desenho Urbano II
Por: Leandro Ramos • 15/3/2019 • Trabalho acadêmico • 2.454 Palavras (10 Páginas) • 348 Visualizações
Projeto Urbanístico de Desenho Urbano II
INTRODUÇÃO
Mudança de Paradigmas
A cidade e seus espaços públicos são para o bem-estar das pessoas.
A qualificação urbana para o conjunto da sociedade humana só se justifica se o arquiteto e urbanista compreender
que se acentuam nas mais recentes políticas públicas em diversas cidades a redução de facilidades
para os veículos motorizados de uso privativo: o automóvel.
As pessoas, e reforçando aqui, fora de seus veículos motorizados privados, são a razão do que podemos
chamar de um urbanismo contemporâneo e sustentável. Neste sentido o projeto urbanístico nos espaços
das cidades não pode desconhecer a questão da mobilidade e acessibilidade das pessoas, principalmente
as com alguma dificuldade de locomoção como crianças, gestantes, doentes, deficientes, idosos,
gordos, altos, etc., o que demanda a aplicação do Desenho Universal1. Para tanto o Brasil estabeleceu a
sua política urbanística com o Estatuto da Cidade (Lei No. 10.257/2001) na proposta de “cidades sustentáveis”
e com a Lei No. 12.587/2012 com vistas a reverter o cenário negativo da mobilidade urbana no país.
Para tanto há que se rever a configuração predominante do desenho no nível urbanístico, principalmente a
do sistema viário que centraliza proposições para o estacionamento de veículos privados motorizados em
espaços públicos como uma obrigatoriedade; não prioriza o uso dos biciclos não motorizados; ignora o
conforto para as pessoas proporcionado pelas rampas de acessibilidade nas calçadas e passeios ou produz
o efeito de corte entre o espaço privado com o público, quer com os acentuados recuos das edificações do
alinhamento de gradil quanto por extensos emparedamentos de muros das edificações e dos condomínios
dificultando o saudável diálogo público-privado que articula e produz a dinâmica da vitalidade da cidade.
Em diversos novos bairros nas cidades inexiste vida presente nas suas ruas quando há existência de emparedamentos.
São ambientes que se tornaram perigosos para a caminhada.
Segundo Jane Jacobs uma grande cidade é um local onde a grande maioria das pessoas com as quais nos
relacionamos, fazemos trocas e compartilhamos os espaços públicos e ressalta que o controle social que
impede a violência nas ruas é construído pela interação social, pela disseminação da ‘urbanidade’ entre as
pessoas recém-chegadas às grandes cidades e como bem desenvolveu o professor arquiteto e urbanista
dinamarquês Jan Gehl.
Projeto Urbanístico de Desenho Urbano II
Observações Gerais
Providências e esclarecimentos iniciais
- As atividades têm por objetivo a elaboração de um Projeto Urbanístico para um novo bairro em Salvador, tecni-
1 O conceito de Desenho Universal é uma resultante evolutiva da criação do termo Desenho Livre de Barreiras (Washington, EEUU, 1963). Este
último enfocava a eliminação de barreiras arquitetônicas nas edificações, equipamentos e áreas urbanas. Na concepção do Desenho Universal
avançou-se para além do projeto e considerando a diversidade humana de forma a respeitar as diferenças entre as pessoas (adultos, crianças,
idosos, doentes, gestantes, deficientes, com sequelas, em pé, sentado, caminhando, etc.) e a garantir a acessibilidade a todos os componentes do
ambiente (Fonte: Guia para mobilidade acessível em vias públicas, PMSP/SEHAB, 2003).
UNIME
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
URBANISMO II
Prof. Arq. Armando Branco
TERMO DE REFERÊNCIA
Projeto de Urbanismo II
Revisado fevereiro de 2018 Pág. 2 de 5 páginas
camente detalhado em pranchas de desenho;
- Cartografia com topografia (curvas de nível): providenciada pelo(a) acadêmico(a) para a atividade a ser desenvolvida
na área de pesquisa na base SICAR, na escala 1:1.000.
- Adotar a metodologia da pesquisa científica para monografia da ABNT.
- Observar em todas as pranchas o padrão ABNT e contendo:
Representação do Norte geográfico;
Toponímia da área de pesquisa;
Legendas em todas as pranchas e nas fotos ou imagens;
Carimbo nas pranchas no padrão do Termo de Referência – Anexo 2;
Escala gráfica quando necessária para reduções;
Boa qualidade ortográfica e dos desenhos.
Notas:
1. Durante as aulas não serão aceitos trabalhos em tela de notebook. Todas as atividades em sala de aula serão realizadas
em meio físico (maquete) ou mídia “papel” manteiga ou sulfite, o que permite riscar livremente e expressar
conceitos.
2. A avaliação para nota é processual considerando o avanço, desenvolvimento e boas soluções propostas pelo(a)
acadêmico(a) e contínua presença na sala de aula com efetiva participação nas atividades.
Etapas das Atividades Técnicas
ORIENTAÇÕES
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