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RESENHA CRÍTICA A ARQUITETURA DA FELICIDADE – ALAIN DE BOTTON

Por:   •  1/3/2017  •  Resenha  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  3.663 Visualizações

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Centro universitário do Sul de Minas/ UNIS-MG

Arquitetura e Urbanismo

ESTÉTICA II

RESENHA CRÍTICA

A ARQUITETURA DA FELICIDADE – ALAIN DE BOTTON

Prof.ª .:Daniella

Gabriel Ferreira

Varginha 2016

O presente trabalho foca no documentário de Alain de Botton que inicia uma discussão sobre algo que todos já vivenciaram, mas a maioria nunca parou para refletir: a arquitetura não nos proporciona apenas refugio físico, mas também psicológico e atua como guardiã da nossa identidade levando em conta quando decoramos nosso lar com objetos e mobiliários que trazem à memória momentos de nossas vidas que nos fazem lembrar quem somos. A casa em si não possui soluções para os problemas que nos afligem, mas evidencia a felicidade à qual a arquitetura proporciona a seus moradores.

 O filósofo De Botton trata a arquitetura de forma poética e romântica, a partir de aspectos filosóficos, psicológicos, históricos e artísticos. Ele usa a filosofia para observar os sentimentos que a arquitetura pode passar para as pessoas, e também sobre como o ser humano quer deixar sua marca no planeta, e geralmente faz isso por meio da arquitetura. No primeiro episódio, o foco principal do autor é nos levar a pensar em como nossas casas devem refletir a época em que vivemos. Nossos projetos não devem ficar presos no século passado, seja por questões de gosto ou nostalgia, o ideal é se adaptar ao mundo atual.

Botton diz que o ser humano trata a casa um objeto construído praticamente como um ente querido que sirva como símbolo da felicidade em seus materiais, carregando nossa bagagem de dores, experiências, beleza, etc. Acredito que isso se deve um pouco ao fato de a casa ser uma conquista, assim como cada uma das coisas dentro dela, tudo é resultado de esforço e trabalho, então, olhar uma sala aconchegante e poder usufruir dela traz sentimento de satisfação, conforto, lembranças do que foi preciso fazer para alcançar essa conquista, e consequentemente felicidade e satisfação.

O autor questiona a definição do belo e atraente, porque cada pessoa tem uma visão, e a arquitetura é nada mais que o resultado de uma obra que procurou agradar somente a si. Na segunda parte do documentário, é feita uma analise da evolução da arquitetura ao longo dos anos, onde sempre havia um consenso de belo a ser alcançado pelos arquitetos, chegando ao modernismo de Le Corbusier e sua estética racionalista.

Após séculos da imposição do belo, a arquitetura atingiu a liberdade onde não se pode definir o belo, e a meu ver, é algo muito subjetivo, apesar da busca pelo “belo” ser uma constante parte do ser humano e defini-lo é praticamente como discutir política ou religião, cada um tem sua própria opinião. Enquanto para uns o Pompidou é a referência do belo, para outros somente se pode admitir ser belo o que remeta à Catedral de Notre Dame ou à Torre Eiffel. Porém, tomando como uma análise da arquitetura através da sua funcionalidade vai além das suas formas ou referências e até mesmo personalidades e emoções humanas. Ainda sobre o tema do belo, Alain explica que a construção do belo precisa se basear na união de fatores como o meio-ambiente, a história, o período histórico, economia e pensamento filosófico. Esclarece também que na arquitetura nada é feio, pode estar simplesmente no lugar errado ou ser do tamanho errado.

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