TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

RESENHA CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO: ENTRE RIOS - A URBANIZAÇÃO DE SÃO PAULO

Por:   •  10/5/2019  •  Resenha  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  3.010 Visualizações

Página 1 de 3

RESENHA CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO: ENTRE RIOS - A URBANIZAÇÃO DE SÃO PAULO

O documentário “Entre Rios” se propõe dar uma reflexão sobre a urbanismo da cidade de São Paulo, com um enfoque geográfico-histórico, permeando também as questões sobre o meio ambiente e a política, “Entre Rios” fala sobre o processo de transformação sofrido pelos cursos de águas paulistanos e as motivações sociais, políticas e econômicas que orientaram a cidade a se moldar como se eles não existissem.

Realizado no ano de 2009 como trabalho de conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual pelo SENAC-SP. O documentário conta a história da cidade de São Paulo sob a perspectiva de seus rios e córregos. Onde até o final do século XIX esses cursos de águas foram as grandes fontes da cidade. Hoje, escondidos pelas canalizações, passam despercebidos pela maioria dos paulistanos. Mas, na época de chuvas a cidade para, e as enchentes mostram a face soterrada da natureza local.

No documentário reuniu-se estudiosos, professores, geógrafos e outros profissionais interessados pelo tema, cada um com declarações que chamam atenção, pois mostram que os rios cederam seus espaços e foi quem pagou a conta das reformas urbanas, os rios que eram a razão da existência das cidades se tornaram obstáculos ao seu crescimento. A declaração da Profª Odete Seabra, FFLCH-USP foi inteligente e sucinto no que diz respeito ao crescimento desordenado da cidade, afirma que “a urbanização de São Paulo foi uma coisa tão violenta que ocupou o lugar do rio, então enchente é coisa que inventamos, entende!? Ela é produto da urbanização”.

Os espaços das águas se transformou em espaços para os carros, mas isso não mudou a natureza dos rios, quando a chuva cai é pra lá que a água vai e se não tiver espaço ela toma o que for necessário.

A grande falha das reformas urbanas no Brasil é que ao invés melhorar a acomodação e reorganizar a cidade de forma que não prejudique a natureza e nem a população, simplesmente dão prioridade ao veículo ao invés de priorizar a circulação dos pedestres como é feito na Europa, uma vez que abrimos espaço para os carros, mais carros vão existir, e mais problemas irão surgir, como trânsito congestionado, poluição, entre outros.

        Em Campina Grande não foi diferente, a reforma urbana nos anos de 1935-1945 teve como proposito os ideais de higiene, circulação e embelezamento, para isso foi necessário demolir várias edificações para abertura de largas avenidas, que para a época deve ter gerado um grande impacto para as pessoas. A principal avenida que fez parte dessa reforma urbana é a Av. Mal. Floriano Peixoto, tornando-se o eixo principal da cidade ligando a zona leste há zona oeste da cidade, e mais uma vez a prioridade foi o veículo.

        Toda reforma urbana se não for bem estudada e bem elaborada, irar fazer com que as cidades cresçam desordenadamente e as soluções que deveriam ser um urbanismo para toda a cidade e para um bem coletivo, acaba privilegiando setores privados e incentivando o interesse individual, então devemos pensar aonde queremos viver, pensar na cidade que queremos transformar, caso contrário iremos ter que lhe dar com grandes consequências.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.3 Kb)   pdf (63 Kb)   docx (7.9 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com