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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “MARCEL DUCHAMP E O FIM DO GOSTO: UMA DEFESA DA ARTE CONTEMPORÂNEA

Por:   •  31/8/2018  •  Resenha  •  799 Palavras (4 Páginas)  •  706 Visualizações

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INSTITUTO ITAPETININGANO DE ENSINO SUPERIOR

ARQUITETURA E URBANISMO

JÉSSICA DA COSTA

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “MARCEL DUCHAMP E O FIM DO GOSTO: UMA DEFESA DA ARTE CONTEMPORÂNEA”

ITAPETININGA

2018

 DESCRIÇÃO DA OBRA

           Arthur C. Danton, Professor Emérito da Universidade de Colúmbia e crítico de arte da revista The Nation. É autor, entre outros, dos livros The abuse of beauty e after the end of art, escreveu esse artigo “Marcel Duchamp e o fim do gosto: uma defesa da arte contemporânea”, em resposta ao crítico feroz da art contemporain, Jean Clair.

            Em 1975, Jean Clair organizou uma retrospectiva da arte a exposição inaugural no Centre Pompidou – e escreveu o catalogue raisonné da sua obra. Mas impressionantemente ele passou a considerar esse artista responsável, pelo que ele considera “a condição deplorável da arte contemporânea”, o que Arthur C. Danton se exprimiu contra.

  ANÁLISE CRÍTICA

           Com grande arrojo, Marcel Duchamp trouxe uma grande revolução no mundo da arte, onde se aniquilou o conceito de opiniões, do que é e o que não é arte. Trazendo algo que foi de suma importância para a arte contemporânea, a inclusão da arte abjeta, que trouxe com ela muitas críticas e muita rejeição, como qualquer atitude que fosse fora do padrão ou contraria ao costume na época.

           O conceito dominante e o que definia o que era arte até então, era a estética, a busca pelo prazer através das obras, o que não gerava discussão se era do gosto de todos, mas é o que a maioria deveria preferir. Ora, não deveríamos preferir somente por aquilo que nos traz o prazer, mas também pelas obras que nos remete à algo em suas entrelinhas, que nos faça pensar, nos levar longe e até mesmo querer adentrar nos pensamentos do artista.

           A arte abjeta tem essa missão, não de nos fazer aprender a sentir prazer, nos acostumar com o que nos traz repulsa, horror, mas nos trazer o desejo de entender o porquê daquela obra e o que através dela o artista quer expressar. Ela nos é necessária, pois o belo muitas vezes não nos causa comoção. Como por exemplo, num contexto de guerra, se somente nos fosse revelado a beleza da organização, da luta, da união para almejar a vitória, talvez não nos faria tomar proporção do grande caos que há por trás, pois nós somente conseguimos compreender o caos que é gerado quando nos é transmitido o grande número de pessoas mortas, feridas, imagens de destruição, crianças que quando não morrem, se perde de suas famílias, entre outros inúmeros fatos horríveis que ocorrem e que seu objetivo é certamente nos causar repulsa pela guerra, não prazer.

           A partir da luta de Duchamp, a arte se tornou arte sem ter qualquer relação com gosto de bom ou ruim, pondo um fim nos padrões estéticos da arte, criando a opção do artista poder utilizar qualquer material, formas e substancias em suas obras, sejam belas ou completamente repulsivas, fazendo com o que a era do gosto fosse tomada pela era do sentido, onde o significado tem muito mais valor do que a estética, enaltecendo a arte e tirando-a da superficialidade.

           Abrindo as portas para a arte, já não há mais limites para os artistas, tudo pode ser arte, desde uma um vaso folhado a ouro, até um pedaço de papelão. Marcel Duchamp conseguiu mudar o conceito desse mundo, onde tudo pode ser considerado arte, mas talvez isso não venha favorecer um verdadeiro artista, nem mesmo venha dar o devido valor a como, por exemplo, Michelangelo, que com muito esforço, trabalho, tempo e dedicação criou grandes obras de arte como a Capela Sistina e o juízo final, pondo na mesma condição um determinado artista que, nem tem conhecimento do que seja a arte simplesmente fique nu e diga que isso é arte, e também é chamado de artista.

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