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RESENHA SOBRE A PAISAGEM, ECOLOGIA URBANA E PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Por:   •  30/3/2017  •  Resenha  •  599 Palavras (3 Páginas)  •  1.128 Visualizações

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O texto retrata o grande e desordenado desenvolvimento das cidades interferindo na organização do espaço urbano.

O êxodo rural contribui para o inchamento das cidades, onde a população cresce em maior proporção que a rede urbana As pessoas saem do campo em busca de melhores condições econômicas e sociais, gerando conflitos, expulsões, violência, destruição ambiental e miséria. Isso acarreta também no aumento dos ambientes degradados e em situações extremamente precárias, satura os serviços de saúde e educação, além de propiciar agravamento nas condições ambientais.

Os interesses de determinados grupos sociais são voltados para expansão do capital na natureza, assim a ecologia acaba ficando de lado a mercê das decisões políticas que atendem aos interesses distantes da população local. Quando a cidade se torna "escrava" de projetos econômicos e de maior acumulação do capital, o espaço urbano é tratado como uma mercadoria e usado de forma desordenada, mal utilizados.

O autor cita que as cidades são organizadas de uma maneira lógica que é a do capitalismo. A privatização dos meios produtivos é em cada época a maior responsável pela diferenciação dos padrões urbanísticos e arquitetônicos dentro da cidade, onde o crescimento destas e seu processo de urbanização e industrialização, as modificações feitas na cultura e a ocorrência de novas tecnologias provocadas pela mídia no “desenvolvimento” do ambiente urbano são expressões de uma das maneiras de apropriação e de acumulação do capital.

Ressalta-se que esse crescimento urbano desordenado pode agravar as condições ambientais, levando-se em conta os fatores políticos, sociais e econômicos. Essa expansão sem planejamento é gerada pelo poder público e pelo capital financeiro alterando consideravelmente todo o ecossistema urbano.

De acordo com Maricato, "o direito à cidade para todos passa tanto pelo acesso à urbanização como à condição habitacional legal. Embora a ocupação ilegal da terra urbana seja genérica e crescentemente tolerada, seu reconhecimento legal é raro” (MARICATO, 2001, p.229).

O planejamento das cidades deve ter como principio uma postura ética, de condições políticas e econômicas, compatibilizando a manutenção dos processos ecológicos. A correta gestão ambiental acarreta na melhoria do bem-estar dos habitantes garantindo atividades sócio-econômicas e a qualidade ambiental urbana evitando os processos de degradação em áreas menos desprovidas de recursos no meio urbano.

Em detrimento das Leis contidas no Plano Diretor das cidades, a situação do uso e parcelamento do solo agravou-se em função de políticas públicas associadas aos interesses dos agentes do capital imobiliário e financeiro, demonstrando fragilidade no instante em que não conseguiu, a contento, pôr em prática o controle da expansão urbana. O alastramento das áreas periféricas e da concentração da população de baixa renda associados aos empreendimentos habitacionais de maior liquidez, trouxe o revés do modelo de expansão da cidade em função de se levar em conta os fatores físicos da paisagem em si, e não, por considerar as contradições de classe sociais existentes.

Se o governo local investisse em projetos adequados que proporcionasse o restabelecimento da vegetação natural e das matas ciliares, mas evitando a erosão, a limpeza constante dos córregos, impedindo o assoreamento e o acúmulo de detritos sólidos urbanos, enfim, um manejo que permitisse compreender o meio físico e social, integrando a sociedade com o órgão público. Onde as ocupações do uso do solo contribuíram para acentuar os paradoxos das questões ambientais, do ponto de vista da paisagem, do ponto de vista social.  Conclui-se que a comunidade poderá definir as políticas de proteção e gerenciamento dos recursos naturais e se integrar de forma definitiva pela identidade do lugar com vistas para uma duração maior da qualidade de vida da cidade.

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