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RESENHA - TEXTOS ESCOLHIDOS GIOVANNONI

Por:   •  4/11/2017  •  Resenha  •  1.041 Palavras (5 Páginas)  •  1.798 Visualizações

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Gustavo Giovannoni (1873 – 1947)

Gustavo Giovannoni cursou engenharia em Roma e atuou em vários campos da arquitetura, do urbanismo e do restauro, sobretudo, urbanismo e restauro.Autor de produções multifacetadas e abundantes escreveu diversos textos e ensaios.Beatriz MugayarKühlautora do livro que aborda e comenta textos e ensaios de Gustavo Giovanni, optou por quatro deles, que foram escolhidos por serem a primeira exposição sistematizada de um modo de compreender a cidade de forma orgânica:

  1. “VecchieCittàedEdiliziaNuova”
  2. “Il DiradamentoEdilizio de Vecchi Centri. Il Quartiere dela Rinascenza in Roma”
  3. “La RestaurationdesMonuments em Italie”
  4. “Restauro dei Monumenti”

Giovannoni deu importantes passos para a consolidação da arquitetura e do urbanismo como um campo disciplinar na Itália. Também fez importantes observações que são levadas em consideração ainda hoje na aplicação do urbanismo atual, além de ter participado de planos diretores em diversas cidades italianas.

O primeiro texto escolhido pela autora traz teorias e conceituações relacionadas ao urbanismo e arquitetura para criar uma forma orgânica com caráter preservativo da cidade e do urbano.

Já o segundo texto valida as fundamentações teóricas do primeiro e estabelece metodologias de intervenção na área urbana.

OS dois últimos textos abordam fundamentações teóricas para métodos de restauro de obras arquitetônicas e ganharam reconhecimento internacional o que levou o pensamento Giovannoniano a outros ambientes culturais. Um desses textos que foi apresentado no primeiro congresso mundial de arquitetura contém teorias metodológicas à Giovannoni, que deu origem à carta de Atenas. Esse congresso aconteceu em 1931 e a participação de Giovannoni foi notável.

Teve atuação nas discussões relacionadas ao ensino da arquitetura e a formação do arquiteto, como profissional, a do “arquiteto integral” que não possuísse só as técnicas e ciências envolvidas, mas também a preparação técnica, histórica e artística, questões urbanas e de restauração, abordando aspectos econômicos e jurídicos. Trabalha com aspectos iguais a de Camilo Boito. Boito em suas propostas sobre ensino de arquitetura, buscava afastar a arquitetura do Empirismo das escolas Belas artes, para integrá-la as ciências e ao pensamento critico.

Giovannoni considerava a formação dos arquitetos insuficientes, pois segundo o próprio faltava preparação teórica e humanística, o domínio de aspectos científicos ligados ao campo e preparo para trabalhar com restauro. Com tudo isso teve a criação da Escola Superior de Arquitetura em Roma, onde foi diretor de 1927 a 1935, a disciplina de restauro foi obrigatória.

Além disso Giovannoni foi também consultor no serviço publico, com papel importantíssimo no conselho superior das Antiguidades e Belas Artes, e muitas associações culturais em especial a atual “Centro de estudos para história da Arquitetura. Ajudou a fundas a revista Palladio, lembrando seu ativo papel em defesa do centro de Roma, em especial o bairro do Renascimento. Um dos aspectos que mais despertou polemicas foi a dificuldade em entender manifestações modernistas, Após seu falecimento seu papel começou a ser reavaliado de maneira mais intensa nos anos de 1960, mais em especial 1970, Alessandro Curuni volta seus estudos a reordenação do material e ao projeto Giovannoni para a Cervejaria Perono.

Gustavo foi uma  pessoa de suma importância no que se diz respeito ao panorama cultural italiano da primeira metade do século XX. Entendido de tudo um pouco seu conhecimento  chagava a todos os campos, o que lhe renderam críticas consideráveis. Ao se tem registrado a mais dura delas veem de sua falta de entendimento em relação ao modernismo.

Giovannoni, no que se trata do urbanismo, seu interesse age de forma internacional. Em como o urbanismo se relaciona com a arquitetura e preservação do patrimônio. Ele entendia a cidade como um organismo complexo a ser trabalhado em sua inteireza. Onde tratava da cidades existente, das novas áreas de expansão e zonas de interesse de preservação. Sempre  justificando todas as demolições do ponto de vista da arte e da história, ou seja ele só demolia algo para dar valor mais vista a outro, seja um prédio novo ou velho.

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