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RESENHA: UMA CIDADE NÃO É UMA ARVORE

Por:   •  16/8/2017  •  Resenha  •  890 Palavras (4 Páginas)  •  1.039 Visualizações

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

SÍNTESE CRÍTICA

“UMA CIDADE NÃO É UMA ÁRVORE”

DAVI DOS SANTOS FERREIRA

RA: 201411897

4º CARM

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE PROJETO DE URBANISMO

SÃO PAULO, 2017

Christopher Alexander inicia fazendo uma comparação entre as cidades que surgem de forma espontânea que possuí uma organização semilattiice, em relação às cidades projetadas que possuem uma organização em forma de árvore. O autor deixa claro logo de inicio que as cidades modernas e projetadas falharam por falta de algum elemento que está presente na cidade espontânea já deixando claro sua opinião de qual é a mais adequada para a acidade contemporânea.

Alexander explica as definições de conjuntos e sistemas que formam uma cidade, explicando a partir diagramas suas composições e relações entre um grupo de conjuntos, que podem ou não se relacionar ou mesmo fazer parte de conjuntos ainda maiores de elementos que compõe a cidade, e afirma que quando a estrutura encontra algumas condições, ela é chamada semilattiice e quando ela encontra outras condições restritivas, ela é chamada de árvore. O que o autor realmente quer analisar é a diferença entre estruturas nas quais nenhuma sobreposição ocorre e aquelas estruturas em que ocorrem e também sua complexidade, já que as semilattiice são muito mais complexas que as árvores.

 As estruturas em árvores (cidades artificiais planejadas) possuem um determinado numero de peças e nenhuma dessas peças está conectada de alguma forma com as outras unidades, exceto pela unidade global possuindo uma grande organização e modulação. Enquanto as semilattiice (cidades espontâneas) são como um emaranhado de linhas que se conectam de uma forma muito complexa, mesmo assim, o autor afirma que as semilattiice são muito mais organizadas que as cidades árvores, além disso, esse tipo de cidade é definida pela relação entre os bairros, onde as pessoas se locomovem para outro bairro para realizar algum tipo de atividade, sobrepondo então as unidades.

        O autor então cita exemplos de cidades árvores, que possuem uma organização muito clara que é possível ser descrita através de diagramas simples. Cita como exemplo Maryland, Londres, Brasília, Mesa City, Communitas, Hilberseimer entre outras cidades, e o que todas têm em comum são as subdivisões que não se sobrepõe, não importa o numero de divisões ou a sua forma, uma não está sobrepondo a outra.

Para o autor a cidade moderna em forma de árvore não funciona, pois a sociedade não está formada no mesmo molde, ou seja, a sociedade pensa em forma de semilattiice e vive dessa forma, e a cidade moderna só daria certo caso a sociedade também funcionasse como uma árvore. A sociedade moderna não funciona mais como a tradicional, as relações entre as pessoas estão muito mais expandidas e não formam um circulo fechado.

Para o autor a limitação da mente humana no processo projetual é o que impede o arquiteto urbanista de planejar uma cidade de relações complexas e sempre irá subdividir seus usos de acordo com semelhanças e diferenças.

É nítida a critica feita pelo autor ao movimento moderno e sua produção de cidades que buscavam solucionar os problemas habitacionais do pós-guerra e da revolução industrial. Porém Christopher Alexander parece ter uma visão deturpada do real objetivo das moradias propostas por Le Corbusier e seus seguidores modernistas baseados nas CIAMs e na carta de Atenas. O ideal utópico destes projetistas era de “modificar” a sociedade através da arquitetura e de um planejamento urbano. Sua organização era realizada para separar os usos e permitir que pessoas de classes diferentes tivessem a mesmas possibilidades.

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