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Relações da Sabesp com Joanópolis

Por:   •  8/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  152 Visualizações

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RELAÇÕES COM A SABESP

Joanópolis conta com diversas riquezas naturais distribuídas pelo município, como suas águas, montanhas que compõe as paisagens do município. Contudo, a cidade está em crescimento e se desenvolvendo desordenadamente, agredindo e descaracterizando toda essa paisagem.

Com o crescimento e o desenvolvimento desordenado das atividades humanas sempre prejudicam o meio ambiente, deixando as marcas inevitáveis em Joanópolis. Tanto a administração pública quanto a população têm sua parcela de responsabilidades pelos impactos negativos causados pela urbanização.

Joanópolis, apesar da riqueza natural bastante valorizada, e com um grande enfoque turístico, apresenta poucas áreas verdes no perímetro urbano, que não são suficientes para atender sua própria população. As ruas e praças arborizadas estão localizadas na área central da cidade, especificamente onde acontecem suas atividades festivas municipais, deixando a periferia sem opção de áreas verdes, exceto alguns matagais no entorno dos corpos d’água, assoreados e poluídos por esgoto clandestino e algumas árvores plantadas por algum morador em frente de sua residência ou algum terreno que pode ser usado como espaço público.

Há pontos onde as construções invadem os limites das áreas de proteção de mananciais, tomando o lugar das matas

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Construções ao lado do córrego.

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Madeireira instalada às margens de um córrego na área urbana de Joanópolis.

Como há diversos rios e córregos que nascem ou atravessam o município de Joanópolis e que são contribuintes de reservatórios do Sistema Cantareira de Abastecimento de Água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), as suas áreas verdes e matas ciliares são partes da proteção dos mananciais que constituem áreas de recarga para o abastecimento da RMSP. Por isso, Joanópolis que já fazia parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Piracicaba/Juqueri-Mirim (Área II), criada em 1987, por pertencer à bacia hidrográfica do Rio Piracicaba, foi incluída também na APA Sistema Cantareira, criada em 1986. As duas APAs têm uma área em comum, em sobreposição, e que Joanópolis tem seu território municipal integralmente incluído nas duas áreas.

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Era de se esperar que, ao menos depois do reconhecimento da sua importância e sua inclusão em duas APAs, justamente por causa de suas águas, os aspectos ambientais de Joanópolis fossem tratados com especial interesse pela administração pública, visando à melhor conservação e preservação de suas áreas verdes, matas ciliares e mananciais, tão relevantes para os locais, quanto para muitas outras pessoas que vivem relativamente distantes, infelizmente, não é isso que acontece.

A situação atual do rio Jacareí é um exemplo do abandono e descaso da administração pública em relação aos mananciais. O rio Jacareí nasce no município e é um dos principais afluentes do reservatório Jaguari-Jacareí, mostrado em dois momentos na Figura 38, parcialmente localizado em seu território municipal e que é um dos mais importantes mananciais do Sistema Cantareira. O rio atravessa a área urbana e vai formar o reservatório juntamente com o rio Jaguari, que nasce no estado de Minas Gerais, como afluente menor, contribuindo com sua vazão de cerca de 1,5 m3 /s, representando pouco mais que 5% da água fluvial que chega ao reservatório.

O rio Jacareí, que está parcialmente canalizado no percurso que atravessa a cidade, recebe diretamente, ou através de seus afluentes, parte do esgoto que deveria ser recolhido e tratado e está praticamente desprovido da proteção de matas ciliares.

O esgoto que invariavelmente chega ao rio Jacareí mostra o descaso com a poluição das águas em Joanópolis. Menos de 60% das residências da área urbana são atendidas por um sistema deficiente de coleta e tratamento de esgoto. O restante das residências não é atendido e o volume não-recolhido acaba depositado em fossas domésticas, ou é despejado diretamente nos corpos d’água que terminam no rio Jacareí, ou tem escorrimento livre, contaminando solo e água.

Em Joanópolis, do volume de esgoto recolhido, perto de 90% passa por uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) simples formada por uma composição de uma lagoa aerada e uma lagoa facultativa.

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A parte do esgoto recolhido e não-tratado (10%) é liberado in natura no rio Jacareí, a jusante da cidade. Apesar da importância do rio Jacareí para o Sistema Cantareira, o problema da coleta e tratamento do esgoto em Joanópolis ainda não foi resolvido, permanecendo praticamente inalterado ao longo dos últimos anos, revelando, ainda, uma tendência ao agravamento da situação face ao contínuo crescimento da cidade, trazendo um aumento da carga orgânica poluidora sem aumento da capacidade de atendimento do serviço de coleta e tratamento de esgoto. A porcentagen de domicílios atendidos e de esgoto captado têm permanecido praticamente o mesmo, assim como a carga orgânica remanescente, ou seja, a rede de captação e tratamento, apesar de aumentar sua extensão, não consegue se igualar à demanda apresentada que aumenta com o crescimento da cidade.

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