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Relatorio Drenagem urbana

Por:   •  2/6/2016  •  Artigo  •  874 Palavras (4 Páginas)  •  686 Visualizações

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O presente relatório é o quarto da série que integra o Plano Municipal de Saneamento do Município de São Lourenço do Oeste, conforme Termo de Referência de Elaboração do Plano e ao que estabelece a Lei Federal no 11445 de 11 de janeiro de 2007 e a Lei Municipal no 1.623 de 22 de novembro de 2006. O conteúdo deste relatório contempla o Diagnóstico do Sistema Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas. Apresenta uma visão da situação atual do Município no que diz respeito à drenagem urbana e numa etapa posterior apresenta propostas de ações para a solução das deficiências encontradas. A urbanização das bacias gera um acelerado processo de impermeabilização da superfície dos terrenos. As impermeabilizações reduzem a infiltração no solo aumentando o volume e a velocidade de escoamento superficial. Outras alterações das características naturais de escoamento e infiltração como os aterros, escavações, modificações de macrodrenagem com revestimentos, erosão, eliminação de armazenamentos naturais, assoreamento e estrangulamentos de cursos de água, também são causadoras da mudança de comportamento e da resposta das bacias nos diferentes tipos de chuvas. Todas estas alterações se refletem no aumento da vazão e no surgimento de problemas de enchentes e alagamentos. Outro aspecto a ser levado em conta é o lançamento irregular dos esgotos sanitários na rede pluvial causando impacto ambiental por contaminação dos cursos de água e a propagação de doenças de veiculação hídrica. RELATÓRIO IV DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LOURENÇO DO OESTE MARÇO/2010 4 de 31 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS 2.1 Histórico Os homens começaram a manipular água em grande escala em resposta à necessidade de irrigação, na antiga sociedade agrária. O primeiro projeto conhecido de irrigação em grande escala foi realizado no Egito, aproximadamente 5 mil anos atrás. Nos milênios seguintes muitos outros projetos surgiram no Mediterrâneo e no Oriente Próximo. Os projetos incluíam represas, canais, aquedutos e sistemas de esgoto. O transporte de água através de tubos foi também desenvolvido há muito tempo. Na China, tubos de bambu foram usados em 2500 a.C., e os romanos utilizaram tubos de chumbo e de bronze por volta de 200 a.C. A capacidade dos romanos como engenheiros foi amplamente demonstrada em seus sistemas hidráulicos. Os famosos aquedutos estavam entre as maravilhas do mundo e permaneceram em uso durante dois milênios. Os gregos também deram importantes contribuições às teorias sobre hidráulica. Arquimedes é considerado o primeiro a contribuir com a hidráulica baseandose em trabalhos realmente científicos. Por volta de 250 a.C. ele publicou um trabalho escrito sobre hidrostática que apresentou os princípios do empuxo (Princípio de Arquimedes) e da f1utuação. Ele é considerado o Pai da Hidrostática. De 500 a.C. até a Idade Média, a irrigação e os sistemas de abastecimento de água foram construídos e mantidos em locais diversos, como China, Império Romano e América do Norte. Tal engenharia foi projetada e construída por artesãos que usavam regras baseadas meramente em observações, que apesar dos trabalhos de Arquimedes, careciam dos benefícios da pesquisa científica. Os grandes engenheiros romanos, por exemplo, não entendiam o conceito de velocidade, e somente depois 1500 d.C. a relação entre precipitação e escoamento foi ser considerada seriamente. Com o fim do Império Romano (460 d.C.), muitos dos avanços feitos durante o período greco-romano foram esquecidos, e depois redescobertos na RELATÓRIO IV DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO LOURENÇO DO OESTE MARÇO/2010 5 de 31 Renascença, no início do século XVI. Foi nesse período que a hidráulica começou a se desenvolver como ciência. O primeiro esforço para organizar os conhecimentos da engenharia foi a fundação, em 1760, da École des Ponts et Chaussées, em Paris. Em 1738 Daniel Bernoulli publicou sua famosa equação Bernoulli, formulando a conservação de energia na hidráulica. Nos séculos XVIII e XIX, chamados de período clássico da hidráulica, avanços na engenharia hidráulica lançaram as bases para outros desenvolvimentos durante o século XX. No final de 1850, entretanto, os projetos de engenharia se baseavam principalmente em regras empíricas, desenvolvidas com base na experiência e ajustados com fatores de segurança. A partir daí, a utilização de teorias aumentou rapidamente. Hoje a maioria dos projetos é constituída de uma vasta quantidade de cálculos meticulosos. O termo gestão de águas pluviais refere-se às práticas de engenharia e às políticas regulatórias aplicadas para abrandar os efeitos adversos do escoamento de águas pluviais. Esses esforços usualmente estão associados a problemas de escoamento resultantes de vários tipos de uso e ocupação dos solos. 2.2 Questões Legais e Ambientais Nas últimas três décadas, questões legais e ambientais mudaram dramaticamente a maneira como engenheiros civis praticam a sua arte, e a engenharia hidráulica/hidrológica não é exceção. A gestão de águas pluviais já se baseou nos princípios das boas práticas de engenharia, mas hoje o projeto deve também satisfazer uma variedade de regras impostas por vários níveis de agências públicas. Quando o projeto hidráulico e hidrológico afeta o público, há uma questão legal; quando ele afeta o ambiente, há uma questão ambiental. Essas duas questões geralmente se sobrepõem, pois qualquer coisa que afeta o ambiente sempre afeta o público. Apesar da abundância de questões legais e ambientais em todas as áreas da engenharia civil, algumas envolvem a

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