Resenha Arquitetura da Destruição

A arte sempre foi motivo de discussão entre os filósofos, podemos citar Platão por exemplo, que em República denominou a arte como sendo mera imitação. “Marcel Duchamp e o fim do gosto” é um artigo de Athur C.Danto, em que o crítico e filosofo debate com Jean Clair, “crítico feroz da arte contemporânea”, e argumenta a tese de que Duchamp foi o responsavel pela possibilidade de uso de “materiais abjetos” na arte.

Para o autor essa mudança aconteceu e a partir dali, uma pergunta : O que é arte? Até qual ponto uma pilha de objetos arrumados entre si pode ser chamado de arte, Danto faz sua critica a partir disso, no momento em que estamos tudo pode ser chamado de arte, não importando se é belo ou não, ele discute como Marcel Duchamp conseguiu isso ao denominar um simples urinol como arte, e a forma como as pessoas receberam tal coisa, e no fim aceitaram como uma obra de arte.

Podemos perceber na leitura que apesar de sua crítica á Duchamp, o autor não o condena, de fato uma pessoa que teve tal sensibilidade a ponto de ver beleza em algo tão simples merece tal respeito, a grande crítica de Danto está no fato das pessoas terem esquecido a historia da arte, ao fato das pessoas não se dedicarem mais para serem artistas, pinceladas simples e discretas deram lugar a traços fortes com cores exóticas, tornando toda arte abstrata. O que diferencia a arte de coisas simples do cotidiano então? E como as pessoas vão entender o sentido de uma arte tão abstrata? Verdade seja dita a arte contemporânea exige um domínio de interpretação, o qual a maioria não tem, tornando ainda mais difícil a admiração desta “arte”.