Resenha Arquitetura, Projeto e Conceito
Por: Martha Pitta • 2/9/2019 • Resenha • 1.025 Palavras (5 Páginas) • 1.016 Visualizações
Texto resumido:
MACIEL, Carlos Alberto. Arquitetura, projeto e conceito. Vitruvius [online].
São Paulo, dezembro, 2003. Disponível em:
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.043/633.
Acesso em: 01 de ago. 2019.
Perfil biográfico do(a) autor(a) do texto:
Carlos Alberto Maciel é arquiteto e urbanista, mestre em Teoria e Prática de Projeto pela EAUFMG, professor no Unicentro Izabela Hendrix e na Universidade de Itaúna, possui projetos
premiados em diversos concursos nacionais, como o Centro de Arte Corpo, o 4o Prêmio Jovens
Arquitetos e a 4a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.
Palavras-chave:
Construção; lugar; premissa; programa; projetar.
Resumo:
Carlos Alberto inicia citando as premissas próprias da arquitetura, como o programa que deve ser atendido, o lugar onde a construção será implantada e o modo de construir determinado, não exatamente nessa ordem. Esses elementos são representados graficamente a fim de ser um mediador entre a ideia do projeto e sua realização como perceberemos.
Segundo o autor, o conceito, utilizado elemento indutor do processo de projeto, é externo a essas premissas. Além disso, ele se opõe àqueles que consideram que existe um conceito que norteie o projeto e propõe pensarmos no conceito como o esforço do arquiteto em compreender, interpretar e transformar os dados em fundamentos para o seu trabalho, onde se encaixaria, então, as premissas ditas anteriormente, eliminando a subjetividade do mesmo, direcionando para resolver os problemas que o mundo traz ao arquiteto. “No processo de projeto, a compreensão e interpretação de cada aspecto colocado como premissa exige por parte do arquiteto a tomada de sucessivas decisões. Cada uma dessas decisões é um ato racional, operado a partir do conhecimento específico do problema, relativizado pela experiência vivida do arquiteto e pelo momento em que se realiza o projeto.” (Carlos Alberto Maciel, 2003).
Carlos Alberto ainda divide o texto em subtextos a partir das premissas lugar, programa e construção e também aborda o desenho como mediador entre o imaginário do arquiteto e a construção.
Do lugar são extraídos dados pré-existentes fundamentais para o início do projeto através de uma análise cuidadosa do mesmo pelo arquiteto, a qual se encaixa a geografia, a topografia, a geometria do terreno, sua conformação física e cultural, a estrutura urbana, o sol, os ventos e as chuvas e ainda a legislação de uso e ocupação do solo. Cada um desses aspectos se coloca de antemão ao conhecimento do arquiteto: tudo já está ali, demandando apenas um esforço rigoroso de observação.
Com essa compreensão, o arquiteto evita equívocos banais, como a incompatibilidade em relação ao clima e à natureza, que implicam ainda em gastos futuros de reparos, alterações na arquitetura do projeto por conta dos reparos ou um desgaste mais acelerado do edifício pela ação do tempo e o desequilíbrio das forças naturais ocorram. É imprescindível que o arquiteto tenha a compreensão de todos esses dados, pois o edifício terá o poder de afetar, alterar e compor todo o seu entorno.
O termo programa designa o conjunto de dados, ações e instruções que devem ser observados e atendidos, para o desenvolvimento do projeto. O uso e as atividades a que o edifício dará sua funcionalidade são o início de um projeto, acompanhados pela economia, o quanto será disponibilizado para a construção. A consideração das questões de economia, quando se opera com recursos limitados, é antes de tudo uma premissa que pressupõe a viabilidade da construção. Deixado de lado por muitos arquitetos que geralmente querem altos valores de verba para a construção, tal ponto é visto pelo autor como uma irresponsabilidade com o seu cliente, seja ele público ou privado, assim como o arquiteto que passa uma mensagem de não preservação dos recursos naturais.
Outra informação muito importante no programa é a determinação das dimensões dos espaços
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