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Resenha As Origens da Urbanística Moderna

Por:   •  11/3/2023  •  Resenha  •  754 Palavras (4 Páginas)  •  186 Visualizações

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A resenha a seguir se baseará na junção de dois textos: o primeiro, “As

origens da Urbanística Moderna” (pág. 11 a 31) foi escrito por Leonardo

Benevolo, arquiteto e urbanista italiano pela faculdade de Roma “La Sapienza”,

nascido em Orla em 1923, e falecido no ano de 2017. Seus livros, considerados

clássicos, são grandemente utilizados para o estudo da arquitetura e urbanismo

e para a compreensão das cidades e desenho urbano. O segundo, denominado

“Avanços e limites na historiografia da legislação urbanística no Brasil” foi

produzido por Sarah Feldman, graduada em arquitetura e urbanismo pela

faculdade Mackenzie, mestra e doutora em arquitetura e urbanismo pela FAU-

SP. Ela é atualmente professora, pesquisadora e orientadora de mestrado e

doutorado do programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo no

Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

O livro de Leonardo Benevolo conta toda a história da urbanística

moderna e seus principais fatores de mudança. De maneira muito

esclarecedora, se compreende já no início que o fator mais significativo para a

história da urbanística moderna é o aumento da população inglesa a partir de

1760, devido a diminuição da taxa de mortalidade, e consequentemente, a

mudança de sua distribuição no território. Em seguida, é explicado as mudanças

nas áreas trabalhistas em virtude do desequilíbrio entre a cidade e o campo,

dando foco na produção em massa na substituição da mão de obra humana,

tornando-se mais mecanizada e tecnológica.

Posto isto, a grande demanda da busca de trabalho pelos operários e da

possibilidade de se reconhecerem como classe, e ainda com o movimento

comercial em expansão, que as cidades começaram a crescer sem precedentes,

mudando totalmente a paisagem e a utilização do solo. A cultura política e

econômica da época é marcada principalmente pela queda das estruturas

tradicionais, e as cidades também se mudavam lentamente, podendo as vezes

serem consideradas imutáveis em um período de tempo.

Benevolo afirma que partir do ano de 1815, as famílias que abandonavam

o campo e iam para os aglomerados industriais se alocavam nos vazios

disponíveis, ou em construções erigidas na periferia. Pelo salário baixíssimo que

recebiam, pelas piores condições trabalhistas e horários estendidos, o nível das

construções era baixíssimo, e ainda contavam com uma carência higiênica

insuportável. Resumidamente, o livro aborda todo esse contexto, e de uma

maneira riquíssima e clara é possível compreender todas as etapas, que são

indispensáveis para o conhecimento de um arquiteto e urbanista, uma vez que

para a tomada de atitudes no presente, é necessário o saber e entender o

passado e as origens da relação cidade e ser humano.

Já o artigo de Sarah Feldman, aborda também um aspecto histórico

urbanístico, que por sua vez é da legislação no Brasil. Seu objetivo é analisar a

produção recente no campo da história da legislação urbanística brasileira e

analisar os avanços, lacunas e limites da reflexão do desenvolvimento urbano e

práticas urbanísticas.

A autora, de maneira detalhada, realiza uma reflexão desde a origem da

legislação urbanística, até os dias atuais, sobre a relevância, eficácia e

inefetividade da legislação em cada época do processo do desenvolvimento

urbano

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