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Resenha Incompleta A Alegoria do Patrimônio, Françoise Choay

Por:   •  19/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  332 Visualizações

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2) Desenvolver uma resenha de no máximo 1 lauda sobre os capítulos descritos abaixo, livro do livro “A Alegoria do Patrimônio”, de François Choay.

1 – Humanismos e Monumento Antigo

2 – Época dos antiquários

3 – Revolução Francesa

4 – Consagração Monumento histórico

5 – Invenção do Patrimônio Urbano

6 – Patrimônio Histórico na era da Indústria Cultural

RESENHA

1 – O nascimento do patrimônio histórico tem sua data marcada por volta de 1420, na capital da Itália, Roma, a fim de preservar o passado e história da região com suas ruínas antigas. Porém, houve posteriormente descobertas sobre obras antecedentes a esta, presentes ao final do século III a.C., as quais foram consideradas como monumentos históricos em anos futuros junto a diversos monumentos romanos como sendo pontos de referência.

Esculturas e objetos de arte condecorativa produzidos na Grécia clássica não tiveram seus interesses em conservação ou coleção na época, mas fizeram-se presentes no cotidiano público da região. Comparando-se a modernidade ocidental, os princípios de preservação viriam de causas aleatórias, sem proibição da destruição de objetos de arte ou edifícios pois não tem investimento em seu valor histórico.

“Dois traços – étnico e cronológico – marcaram sua diferença em relação aos monumentos e ao patrimônio histórico ocidental. Todos os objetos que encantaram os atálidas, depois os romanos, são de origem grega.”

“Não se tratava de uma medida reflexiva e cognitiva, mas de um processo de apropriação: fragmentos de arquitetura ou de escultura, objetos de artesanato grego, que adquiriam um valor de uso uma vez assimilados à decoração das termas, da rua, dos jardins públicos e privados, da residência, ou ainda após terem sido transformados em repositórios da vida doméstica.”

A partir do século III a.C., desenvolve-se consciência pela beleza, vinda em sua maior fonte da Grécia clássica, onde existiram colecionadores e influências diretas tomaram conta dos atálidas e romanos, os quais inspiravam-se no meio de transmitir suas decorações aos espaços apropriando a arquitetura ou escultura, como um projeto deliberado de preservação, porém com um distanciamento histórico de interesses.

Saques foram cometidos por povos posteriormente e perdido parte de seus bens, porém escavações e pesquisas feitas descobrem objetos e relatos históricos locais

Durante o fim da idade média, relacionando os monumentos da Antiguidade clássica, a Europa passava por uma enorme destruição de monumentos e edifícios públicos provindos da colonização romana. Invasões e interesses políticos afetavam diretamente obras locais, onde certas obras foram selecionadas em meio a estas como objeto de conservação deliberada por meio do clero.

“Encanto intelectual, claro, mas também sensibilidade: as obras antigas fascinaram por suas dimensões, por seu refinamento e a maestria de sua execução, pela riqueza de seus materiais.”

“Móveis ou imóveis, as criações da Antiguidade não desempenham, pois, o papel de monumentos históricos. Sua preservação é, de fato, uma reutilização. Ela se apresenta sob duas formas distintas: reutilização global, combinada ou não com formas; fragmentação em peças e pedaços, utilizáveis para fins diferentes e em lugares diversos.”

[...] “apesar das dolorosas incertezas do século IV e dos sucessivos saques feitos pelos bárbaros, a cultura clássica transmitida pelos patrícios convertidos continuava na cidade.” [...]

Após os papas serem nomeados como herdeiros de Roma, contra diversas tradições, exerciam através da arquitetura as responsabilidades tradicionais dos imperadores romanos.

“Em 408, faz-se um decreto favorecendo o uso secular dos templos a serem protegidos como monumentos públicos.”

Como Roma passava por uma presença visual simultânea entre duas tradições distintas, teve-se uma impressão de diferença entre estes, ocasionando uma diferenciação entre monumentos antigos. Porém, neste cenário já havia interesse do Senado romano em proteger monumentos, deixando a intriga entre a tipologia de serem ou não monumentos históricos, o que acabou perdendo-se posteriormente por abandono aos saqueadores e ervas-daninhas.

Uma abordagem literária, nomeada “efeito Petrarca”, desenvolvida por Petrarca, traz um modelo descoberto que institui a distância histórica, dando um novo valor a edifícios antigos. Porém, com cartas e correspondências contemporâneas de diversos, davam a entender mais com a preocupação do espaço, moral, política, e não visual.

Em 1452 o resumo das limitações já superadas, segundo Alberti, seriam: “(Os) túmulos dos romanos e os vestígios de sua antiga magnificência que vemos à nossa volta nos ensinaram a dar crédito aos testemunhos dos historiadores latinos que, com toda certeza, de outro modo nos pareciam menos críveis.”

Em meio a virada do século XIV ao XV, uma abordagem feita pelos “homens da arte” relata um maior interesse pelas formas, deixando a mercê dos escultores e arquitetos descobrirem o universo formal da arte clássica em Roma.

Assim, em 1420 e 1430, arquitetos e artistas tem um aprendizado conjunto revelando a perspectiva histórica e riquezas humanitárias greco-romanas, tais com visões das formas antigas como sendo de grande profundidade e conhecimento, mas não deixando o conhecimento histórico a frente da estética.

Cabe aos papas a tarefa de preservação em Roma, dotada aproximadamente durante a época de 1540 a.C. onde passou pela mudança de seu conceito para conservação moderna com medidas de proteção e manutenção.  A atitude destes, é ditada por políticas econômicas e técnicas ligadas à necessidade de embelezar e modernizar a cidade, transformando-a em uma grande capital secular.

Este trabalho atualmente é seguido com a ideologia por empreiteiros e construtoras, além do trabalho de destruição, unindo assim o processo de perspectiva histórica, artística e de conservação.

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