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Resenha do Texto: Observando o familiar

Por:   •  4/10/2015  •  Resenha  •  910 Palavras (4 Páginas)  •  5.359 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE UBERABA

ARQUITETURA E URBANISMO

RESENHA DO TEXTO "OBSERVANDO O FAMILIAR"

FREDERICO AUGUSTO DE OLIVEIRA

Uberaba

2014

FREDERICO AUGUSTO DE OLIVEIRA

RESENHA DO TEXTO "OBSERVANDO O FAMILIAR"

Resenha do texto de Gilberto Velho, "Observando o familiar" e reflexões pessoais.

Componente: Antropologia e sociologia urbana.

Orientador: Thiago Reis.

Uberaba

2014

RESENHA DO TEXTO "OBSERVANDO O FAMILIAR"

O texto de Gilberto Velho, "Observando o familiar", trata da maneira como a antropologia lida com seu objeto de estudo, seja em qualquer escala. Propondo ideias para aprimorar os estudos antropológicos e garantir resultados mais fiéis.

Dentro das ciências sociais o método mais utilizado de pesquisa é o qualitativo, em que os dados recolhidos do objeto estudado (sociedades, grupos, indivíduos, etc) não são meramente números ou informações mesuráveis, como acontece no método quantitativo, utilizado em áreas exatas. O método qualitativo por sua vez é passivo reflexão e interpretação. Preferencialmente, existe a necessidade da imparcialidade e abstenção dos preconceitos do pesquisador sobre as informações dos dados, porém é praticamente impossível a imparcialidade completa por parte do pesquisador.

Como diz o autor, é impossível o pesquisador se abstenha totalmente de seus preconceitos e ideologias durante o estudo da sociedade ou indivíduo, porém, na antropologia, é imprescindível que tenha a interação, o contato direto do antropólogo e seus objetos de estudo. Somente então, o pesquisador conseguirá se ver no lugar do outro para poder compreendê-lo de forma mais completa e imparcial.

Outro ponto debatido no texto é sobre a distância social e distância psicológica, aspectos sempre levados em conta pelo cientista social. Ambas tem como função a diferenciação e relação entre indivíduos. A primeira, por exemplo, seria a separação das pessoas em classes sociais, que por desfrutarem de determinada capacidade financeira, costumes, variações linguísticas, entre outros aspectos, são classificados em classes. Essa distância seria a usada para medir o grau de diferenciação de um integrante a alta classe com outro de classes mais baixa, por exemplo.

Enquanto a distância social é um modo de identificar as diferenças entre grupos sociais, a distância psicológica abrange o indivíduo por si só. É possível que pessoas, consideradas exóticas entre si (pertence ou compartilha de interesses, costumes, lugares, aspectos diferentes entre sociedades, indivíduos, grupos, entre outros) por pertencerem a sociedades diferentes ou classes diferentes, partilharem de aspectos, gostos que os tornam familiares. Desse modo, a definição de exótico e familiar é muito imprecisa e depende muito do critério escolhido.

A pré-rotulação das categorias sociais e do que é exótico ou familiar, vem da ideologia imposta pela sociedade ou classe social dominante. Isso interfere na determinação de um padrão de costume, cultura, comportamento esperado pelos indivíduos ali inseridos. Porém, em sociedades contemporâneas, há uma maior propensão à quebra de hierarquia de classes, rompimento de costumes. Diferentemente do que acontece em sociedades tradicionais, em que esses conceitos se encontram enraizados no psicológico de seus integrantes.

Quando lidamos com um meio em que nos é familiar, podemos ter conhecimento de seus variados grupos sociais, talvez, a grosso modo, de seus costumes, porém não compreendo a lógica das relações vigentes entre os indivíduos. por isso a necessidade de tentar se libertar ao máximo dos preconceitos, e ideologias pré-formadas na que foram impostas pelo meio em que vivemos. O estranhamento, depois de liberto das pré-concepções, poderá ser o mesmo vivenciado em ambientes e sociedades consideradas exóticas. A questão não é enxergar o que é familiar como exótico, mas sim, entender que é muito mais complexas as relações ali existentes que as pré-concepções mostram (VELHO, Gilberto; pág. 131).

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