Resenha do texto: "Estratégias de flexibilidade na arquitetura doméstica holandesa: da conversão à multifuncionalidade
Por: karolypereira • 29/11/2018 • Trabalho acadêmico • 530 Palavras (3 Páginas) • 515 Visualizações
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Karoline Pereira
RESENHA
Resenha do texto: "Estratégias de flexibilidade na arquitetura doméstica holandesa: da conversão à multifuncionalidade", apresentado como requisito para a matéria Arquitetura VI, do curso de Arquitetura e Urbanismo, no Instituto Metodista Izabela Hendrix.
Prof. José Beggiato
Belo Horizonte
2018
Resenha
O texto aborda a questão da flexibilidade na arquitetura doméstica, suas estratégias e questionamentos citando sempre a experiência Holandesa como local de grande aplicação desses conceitos. Com a mudança no estilo de vida e hábitos da sociedade, além da formação de diferentes famílias com interesses distintos, surge a necessidade de adaptação dos espaços por questionamentos e críticas aos modelos tradicionais, tendo em vista a busca por projetos adaptáveis, duráveis e mais econômicos de modo inovador. Pela experiência Holandesa é nítido o investimento nesses modelos de construções flexíveis e também modulares, que podem ser alterados de acordo a necessidade do morador, em constante envolvimento da indústria e tecnologia, na utilização de novos materiais e novos modos construtivos. A habitação social é analisada como um sistema convencional frágil e as estratégias de flexibilidade devem ser aplicadas também nesse sistema, no qual a influência estatal é necessária para o financiamento e estabelecimento de normas, que podem limitar a inovação. Além disso, as empresas atuais visam ao lucro e a venda da sua mercadoria acima dos interesses em fazer uma arquitetura que atende aos moradores, independente de quem seja.
De acordo o texto, o uso do espaço doméstico é um processo variável e dinâmico e possui cinco tipos de estratégias de flexibilidade: conversão, polivalência, expansão, multifuncionalidade e diversidade. Estas aplicadas em um sistema de construção no qual as camadas do edifício devem assumir autonomia, com variação em elementos permanentes e variáveis, modulares. Desse modo, se distinguem seis elementos arquitetônicos: envolvente, estrutura, invólucro exterior, serviços, acessos/circulação e configuração espacial - elementos funcionando de forma independente. Importante lembrar que a flexibilidade não é ilimitada, ela prevê diferentes usos e aplicações em um único espaço como possíveis “cenários”.
Foram selecionados, na Holanda, um conjunto de projetos de habitação coletiva flexível para análise do funcionamento do sistema em cada edifício através de entrevistas aos autores dos projetos e também a moradores, informações documentais e observações diretas, na busca do conhecimento de todo processo da obra, planeamento/construção/ocupação nos princípios das estratégias de flexibilidade. Assim, foi elaborado um estudo de caso dos 4 projetos escolhidos em função da sua fase de pós-ocupação. O resultado da pesquisa comprovou a aprovação dos moradores por espaços de possível adaptação e a conversão foi considerada a estratégia mais adequada por eles. Os projetos tiveram diferentes resultados quanto aos aspectos de flexibilidade, assim como alguns questionamentos pelos residentes e foi percebido que o grau de flexibilidade deve ser medido em relação a possibilidade de: compartimentação interior, organização do setor funcional e facilidade de estabelecer alterações.
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