Resumo Capítulos Livro "Loteamentos Urbanos" de Juan Luis Mascaro

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC CAMPUS VIDEIRA

ARQUITETURA E URBANISMO – 5ª FASE

DESENHO URBANO I

PROFESSOR: JEAN MARCELO ZIERO

ACADÊMICOS: Ana Claudia Dal Pizzol

                           Camila Gregório

                           Elisandra Mara Baretta

                           Mauricio dos Santos Ozório.

RESUMO CAPÍTULOS 04 E 05

4. LARGURA DAS VIAS PARA PEDESTRES

A largura mínima recomendável de 1,20m para transito de pedestres em duas direções, uma faixa de 0,60m para mobiliário urbano de pequeno porte e um espaço de 0,60 entre a faixa de circulação e a linha de edificação. Em caso de transito de deficientes físicos a largura reservada a pedestres deve atingir 2,60 a 2,70m. Mas a ideais são maiores, 1,00m de mobiliário urbano, 1,60m para transito de pedestres, 1,00 a 1,40m para locação de  rede subterrânea de infraestrutura de água e esgoto, atingindo 3,60 a 4,00m.

4.1 CALÇADÕES E VIAS SEM SAÍDA

No caso que a calçada esteja no centro da cidade, e tenha uma quantidade grande de instalações subterrâneas, que precisem de manutenção preventiva e corretiva, e por outro lado a via pode receber pavimentação nobre e não possa ser quebrada. Uma alternativa seria a criação de galerias superficiais, uma em cada lado da via, como no caso da Rua Lavalle, em Buenos Aires, bem como a implantação de tubulações de passagem, disponíveis a cada 15 ou 20m.

4.1.1 Vias Cicláveis

São quatro tipos básicos:

-Alargamento de vias veiculares: trafego compartilhado de veículos motorizados e biciclos leves.

-ciclo faixa: faixa exclusiva para trafego de biciclos leves, sepada das outras faixas de trafego por uma linha pintada no pavimento.

-ciclovia: faixa de trafego exclusiva para a circulação de biciclos leve separada, fisicamente, das faixas de trafego motorizado por um canteiro. Pode ser unidirecional ou bidirecional.

-ciclovia independente: ciclovia é inteiramente desvinculada do sistema viário existente. É utilizada somente em situações excepcionais.

A ciclo faixa é geralmente usada em vias locais. O aproveitamento do sistema viário dependerá da melhoria da pavimentação, controle de velocidade, e do tratamento dos obstáculos. A ciclo faixa é uma medida barata, deve ser sempre unidirecional. Sua localização há duas posições, junto ao meio fio, ou entre a linha de carros estacionados e o meio fio quando houver faixa de estacionamento entre a linha de carros estacionados e as faixas de trafego.

A cilovia bidirecional, apesar de ser mais barata e ocupar menos espaço, tem maiores problemas de segurança. A situação ideal para sua implantação é quando os pontos de origem e destino são bem definidos, situando-se do mesmo lado da via e não havendo interseções e acessos muito frequentes.

A ciclovia pode se localizar em canteiros centrais ou nas laterais das vias.

4.1.2 Largura De Vias Cicláveis

No caso de tráfego de biciclos leves e veículos, sem separação de faixas, o alargamento da via deve ser no mínimo de 1,50m. O alargamento de uma faixa para o total de 3,90m, mesmo sem separação física, já permite veículos leves.

4.1.3 Ciclo Faixa

Quando o tráfego motorizado for no mesmo sentido, deve ter largura total de até 2,00m, podendo ser reduzida excepcionalmente a 1,00m de largura, no caso de trechos curtos ou sobre obras de arte, não permitindo ultrapassagens. A linha de limitação pintada no solo deve ter 0,30m de largura, e deve ser interrompida nos cruzamentos e entradas de garagens ou similares. Faixa no contra fluxo, deve ter uma largura total de 2,30m, incluindo a linha de delimitação. Em trechos curtos a largura pode ser reduzida ao mínimo de 1,20m.

4.1.4 Ciclovia Unidirecional

Largura recomendada de 2,00m, podendo ser reduzida em trechos curtos ou aumentada em pólos geradores de tráfego. O canteiro separador largura mínima de 0,60m, em casos de garagens e situações similares pode ser substituídos por pinturas no solo, recomenda-se uso de ciclo faixa se essas interrupções forem muito frequentes.

4.1.5 Ciclovia Bidirecional

Largura mínima de 3,00m podendo ser reduzida até 2,50m, deve existir linha de delimitação entre os dois sentidos. A largura de cada sentido será menor que 2,00m não sendo inferior a 1,20m.

4.1.6 Declividades E Outras Características Das Vias Cicláveis

Com a sensibilidade dos biciclos às irregularidades do pavimento, e recomendável, um revestimento liso, sem lombadas, buracos, com antiderrapantes e sem desníveis transversais. A declividade lateral mínima é de 0,5% e o raio mínimo de curvatura, de 30,00m.

4.1.7 Espaços Urbanos De Uso Misto

Devido a necessidade de rapidez e agilidade das pessoas nos dias atuais, as ruas estão sendo projetadas com focos nos diversos tipos de veículos e sua velocidade, esquecendo-se do seu usuário.

Pensando nas cidades medievais que utilizavam suas ruas não apenas para trafego de carruagem, mas também como ponto de encontro das pessoas, para festas e lojas comercias, tornando-a assim mais humana, o ideal seria mudar o foco na elaboração das vias para os pedestres e ciclistas, projetando de fato um espaço multifuncional. Isso não significa uma mistura de diferentes tipos de circulação, uma vez, que já são elaboradas pistas exclusivas para automóveis, como as artérias por onde o trafego deve fluir mais rapidamente e com segurança, uma pista exclusiva para bicicletas ou uma calçada para pedestres.

Existem também as ruas residenciais, de praças e de parques, onde os usuários incorporam-nas às suas vidas. É extremamente necessário projetar ruas que incentivem o uso de transportes mais lentos, como bicicleta ou a pé, para reduzir ao máximo a utilização não necessária do automóvel, para isso se faz necessária a reestruturação de elementos que gerem interesses ao usuário de permanecer ali.

Uma condição básica é a diminuição o tráfego motorizado, pois a superfície viária que tem-se hoje é limitada, isso indica que para o aumento da área de pedestres e ciclitas é necessária a diminuição do espaço destinado aos automóveis. Outra forma de diminuir o tráfego é através do traçado de Slalon, onde as ruas são projetadas em forma de curva continua, diminuindo a velocidade, mas sem impedir o trafego.