Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo
Por: jeesy95 • 14/6/2018 • Dissertação • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 402 Visualizações
THAU III - Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo
Geovanna Pelegrini - 41640691
Jessyka Rodrigues - 41642694
Ensaio Crítico - Grupo 1
As obras Steel Hut e Silver Hut do arquiteto Toyo Ito que foram destinadas a nós para fazer a constelação. Elaboramos ela, utilizando os pontos mais marcantes da obra e do trabalho do arquiteto, como o entorno, relevo, geometria, formas, infraestrutura, materiais e o contexto em que essa obra está inserida. A partir disso, iremos relacionar os textos e as aulas para este ensaio crítico ao nosso tema que é o relevo e o entorno.
Esta obra é composta por dois edifícios, como foi mencionado anteriormente, Steel Hut e Silver Hut, foram construídas em 2011, estão situadas no Japão- Ibarim, um local que foi atingido por um Tsunami e Furacão que prejudicou praticamente todo o Japão. Com o ocorrido, Toyo Ito foi um dos arquitetos que se dedicou imediatamente a ajudar a ilha a retomar ao que se era antes da catástrofe.
Desta forma, Toyo Ito conseguiu com suas obras inovadoras e de alta tecnologia, tendo sempre a arquitetura japonesa como uma base e inspiração para seus projetos, utilizando os tradicionais elementos de construção japoneses e por seu trabalho filantrópico, uma indicação ao prémio Pritzker, ganhando em 2013, sendo o sexto arquiteto japonês a ganhar este prémio.
A arquitetura japonesa é reconhecida mundialmente pela inovação, qualidade e originalidade, privilegiando características da natureza, novas formas e estruturas. O relevo e o entorno são muito utilizados para a criação de um projeto, tanto como inspiração para projetar a forma do edifício, a partir do que eles veem no local, como também são muito bem pensados para se integrarem com a natureza de maneira harmônica e sustentável.
A preocupação dos arquitetos japoneses não está só na elaboração de plantas para o interior, mas também em enaltecer o entorno. Por isso, vemos projetos com enormes janelas e varandas que são projetadas para que o morador possa admirar a natureza próxima e aproveitar recursos como a iluminação e ventilação naturais.
Alguns arquitetos, da década de 60, usaram o entorno das edificações para o desenvolvimento de suas construções que são: Kiyonori Kikutake, Kisho Kurosawa, Arata Isozaki e Fumihiko Maki. Em suas obras, Toyo ito é também um arquiteto que faz a natureza e entorno intervirem nas suas construções, que além de utilizar táticas minimalistas para desenvolver a leveza na arquitetura, que se assemelha aos elementos ar e ao vento, mas também tem a capacidade de inovar pensando nas qualidades que podem ser tiradas do local sem impactar o meio ambiente. Em uma das suas frases podemos entender como pensa em relação a isso.
“ A arquitetura não é muito mais do que uma árvore. As árvores crescem de acordo com seus arredores. Mas alguns arquitetos sem consideração para o meio ambiente, criam uma ordem particular. Eu não, porque acho que cumprimos o nosso trabalho somente quando resolvemos o meio ambiente. ” Toyo Ito
Essa relação entorno e relevo com a obra, vimos bastante na aula sobre o Centro cultural de San Sebastian, Espanha, podemos ver que o arquiteto Rafael Moneo compreendia e incorporava todas essas qualidades ambientais e também na análise do texto do “Fenômeno do lugar”, de Christian Norberg-schulz, a qual destacamos um trecho que demonstra essa maneira de pensar no local para compor um projeto.
“ É evidente que o lugar faz parte da existência. Então, o que se quer dizer com a palavra “lugar”¿ É claro que nos referimos a algo mais do que uma localização abstrata. Pensamos numa totalidade constituída de coisas concretas que possuem substancia material, forma, textura e cor. Juntas, essas coisas determinam uma “qualidade ambiental” que é a essência do lugar. (...) Portanto, um lugar é um fenômeno qualitativo “total”, que não se pode reduzir a nenhuma de suas propriedades, como as relações espaciais, sem que se perca de vista a sua natureza concreta. ” Texto o Fenômeno do Lugar (P. 445).
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