A Atividade Individual FGV
Por: João Victor Rodrigues • 22/8/2023 • Trabalho acadêmico • 1.606 Palavras (7 Páginas) • 76 Visualizações
1. Introdução
Neste trabalho, iremos realizar uma análise econômica da empresa Magazine Luiza S/A, com o objetivo de apresentar aos sócios e acionistas informações financeiras que são de extrema importância. Através da medição de métricas econômicas relevantes, poderemos demonstrar a eficiência da situação financeira da empresa. É importante ressaltar que durante o período analisado, a organização enfrentou vários obstáculos, incluindo a COVID-19, que impactou todo o mercado. Vamos examinar alguns indicadores importantes, como análise horizontal, análise vertical, demonstração do resultado do exercício (DRE), cálculos de liquidez, cálculos de rentabilidade e estrutura de capital. Através dessa análise, busca-se proporcionar ao leitor uma compreensão aprofundada por meio de um diagnóstico que auxilie na formação de uma conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa durante o período analisado (2019) e (2020).
2. Análise vertical e Análise horizontal
A análise horizontal tem como objetivo examinar o desempenho e a evolução das contas presentes no balanço patrimonial e na demonstração do resultado ao longo de dois ou mais períodos. Essa abordagem eficiente possibilita destacar o desempenho da entidade, identificar como os itens do patrimônio e os índices se comportam e realizar uma análise das tendências.
É evidente que houve um considerável aumento de 609% no valor em caixa, enquanto os investimentos financeiros sofreram resgates e diminuíram em -73%. Além disso, os estoques registraram um crescimento de 56%.
[pic 1][pic 2]
A análise vertical tem como propósito avaliar a representatividade das contas em relação aos subtotais, permitindo identificar quais contas dentro de cada grupo possuem maior importância. Seu objetivo é apresentar a porcentagem que cada conta representa em relação ao total de ativos ou passivos. A análise vertical desempenha um papel relevante ao localizar os índices de receita, custos e despesas, e revelar os fatores que mais influenciaram a formação de lucros e perdas durante o período analisado. Com base no estudo realizado, observa-se que não houve mudanças significativas na conta de estoque. Anteriormente, ela representava apenas 19% do total, enquanto agora representa 24% conforme imagem abaixo:
[pic 3]
Ao analisar as contas do Passivo, podem-se observar os seguintes pontos:
Houve um aumento significativo na concentração das obrigações de curto prazo, conforme evidenciado pelo aumento do passivo circulante de 39% para 52%. Esse aumento é destacado principalmente pela conta de fornecedores. O passivo não circulante apresentou uma redução de 21% para 16%, devido à diminuição dos empréstimos de longo prazo. O Patrimônio Líquido registrou uma redução em termos percentuais, porém, em valores absolutos, essa redução não foi tão drástica.
[pic 4] [pic 5]
Ao analisar a demonstração de resultado, é possível observar que, na análise vertical, não ocorreram grandes alterações na representatividade das contas. No entanto, é importante destacar que o Lucro Líquido da empresa apresentou uma diminuição de 5% em 2019 para 1% em 2020.
DRE
[pic 6]
3.1 Cálculo dos índices de liquidez
INDICADORES DE LIQUIDEZ | |||
Exercícios Findos em: | 2020 | 2019 | |
LIQUIDEZ GERAL | (Ativo Circ + RLP)/(Passivo Circ + ELP) | 0,8826 | 0,9655 |
LIQUIDEZ CORRENTE | Ativo Circulante/Passivo Circulante | 1,29 | 1,69 |
LIQUIDEZ SECA | (At Circ – Estoque)/Passivo Circulante | 0,8114 | 1,2006 |
LIQUIDEZ IMEDIATA | Disponibilidades/Passivo Circulante | 0,2173 | 0,6424 |
Em 2019, a empresa tinha R$0,96 disponível para cada R$1,00 de endividamento total, o que indica uma boa posição de liquidez. No entanto, em 2020, esse valor caiu para R$0,88, o que significa que o endividamento aumentou. Essa redução na disponibilidade de recursos em relação ao endividamento total pode indicar uma possível pressão financeira ou menor capacidade de pagamento das obrigações.
4. Cálculo da estrutura de capital
INDICADORES DA ESTRUTURA DE CAPITAL (Endividamento) | |||
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Exercícios Findos em: | 2020 | 2019 | |
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO | (Passivo Circ./Capital Terceiros) x 100 | 76,89% | 65,20% |
IMOBILIZAÇÃO DO PATRIM. LÍQUIDO | (Ativo Permanente/Patrimônio Líquido) x 100 | 80,70% | 65,61% |
IMOB. DOS RECUR. NÃO CORRENTES | (Ativo Permanente/(Passivo Não Circulante+ Patrimônio Líquido)) x 100 | 54,82% | 43,51% |
PASSIVO ONEROSO | (Passivo circulante financeiro+ Passivo não circulante financeiro / Ativo total). | 38,51% | 35,58% |
ENDIVIDAMENTO GERAL | (Passivo total/Ativo total x 100). | 67,15% | 59,35% |
Quando uma empresa acumula um alto nível de dívidas, ela enfrenta desafios adicionais na gestão de suas finanças. O pagamento de juros e a necessidade de reembolsar os empréstimos podem reduzir a disponibilidade de capital para investimentos em expansão, inovação ou melhoria das operações. Além disso, um alto endividamento pode aumentar a pressão sobre a empresa para gerar lucros consistentes, a fim de cumprir as obrigações financeiras.
No setor varejista, a competitividade é intensa, e as empresas precisam estar preparadas para enfrentar desafios e se adaptar às mudanças do mercado. Um alto endividamento pode limitar a flexibilidade financeira da empresa e dificultar sua capacidade de investir em estratégias de crescimento e se manter competitiva.
É importante ressaltar que a análise da situação financeira de uma empresa deve levar em consideração outros fatores, como a capacidade de gerar fluxo de caixa, a gestão eficiente dos recursos e a estratégia de negócios adotada. Recomenda-se que a empresa avalie cuidadosamente sua estrutura de capital e tome medidas para equilibrar seu endividamento, garantindo assim sua sustentabilidade e competitividade no mercado varejista.
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